... c Janine. O casamento de ambos parecia-lhe um desfecho natural para o caso. Um súbito movimento ao lado da noiva atraiu-lhe a atenção. Era Trisha, a filhinha de seis anos de Cameron, que ajeitava os babados de seu vestido de dama de honra. Saber que a sobrinha encontrara uma nova mãe alegrava Cody. E pelos olhares de adoração que a garotinha lançava à noiva, que fora sua professora na pré-escola, era possível ver o quanto ela estava feliz. Cody suspirou. Graças a Deus, seu irmão encontrara um novo amor! Depois que sua primeira esposa, Andréa, morrera no acidente de automóvel que também quase tirara sua vida, Cameron mergulhara num profundo desespero. Todos pensaram que ele jamais se recu¬peraria do trauma. O acidente, porém, nunca fora aceito como tal por Cody e Cole. Afinal, anos antes, outro desastre de carro tirara a vida dos pais deles. Era coincidência demais. E Cody não acreditava em coinci¬dências. Desde então ele havia seguido várias pistas, tentando descobrir o que na verdade acontecera. O trabalho que executava na fronteira era útil às suas investigações. E fora para comunicar a Cole suas últimas descobertas a respeito dos dois “acidentes” que decidira voltar à cidade natal, pois na ocasião ainda não estava sabendo que Cameron iria casar-se. Por sorte, decidira antecipar a viagem em um dia, o que lhe permitira chegar a tempo para a cerimônia de núpcias. Órfão aos dez anos, Cody tinha aprendido, por força das circuns¬tâncias, a ser autossuficiente e a confiar em si mesmo. Apesar da presença dos irmãos mais velhos e da tia dominadora, passara a seguir bem cedo os seus próprios caminhos. Hoje, quase vinte anos depois da morte dos pais, ele sabia que boa parte da independência que havia conquistado devia-se à necessidade de desafiar o domínio férreo de tia Letty. Uma independência que acabara transformando-se em hábito. E um estilo de vida. Nesse momento, os acordes da marcha nupcial tornaram a encher ...

igreja, enquanto Cameron inclinava-se para beijara noiva. A ternura do gesto emocionou Cody. Seus dois irmãos haviam encontrado a felicidade no casamento. Por um breve instante quase chegou a invejá-los, mas sabia que esse tipo de relacionamento não servia para ele. Em pouco tempo iria sentir-se sufocado. Prezava demais a própria liberdade para desejar vê-la tolhida por “laços conjugais”. Ainda assim, alegrava-se em poder celebrar a felicidade dos irmãos. Na saída do cortejo precedido pelos noivos, os familiares foram aos poucos lhe notando à presença. O primeiro a vê-lo foi Cameron, cujo rosto se abriu num largo sorriso amplamente retribuído por Cody. Depois foi a vez da pequena Trisha que, com um gritinho de alegria, atirou-se no colo do tio, cobrindo-o de beijos. Uma voz profunda interrompeu a troca de carinhos entre tio c sobrinha. — Que bom que você conseguiu vir. Colocando a pequena Trisha enganchada no quadril, Cody ignorou a mão estendida de Cole e preferiu abraçar longamente o irmão. — Também estou feliz por ter vindo — disse, sorrindo ao reparar o forte rubor que cobriu as feições de Cole, sempre avesso a de¬monstrações públicas de afeto. — Por onde andou? Fiz o diabo para avisá-lo do casamento de Cameron — reclamou o irmão mais velho, libertando-se do abraço fraterno. — Que mania você tem de desaparecer! Cody ficou meio sem jeito. — Eu não pretendia ficar ausente tanto tempo, Cole. Os últimos meses foram terríveis. Mas consegui uma informação que você vai gostar de ouvir, assim que tivermos alguma privacidade. Agora me conte, quais são as novidades da família? Vejo que minha querida cunhada Allison recuperou a antiga forma. Correu tudo bem no parto? Nasceu menino ou menina? Foi Trisha quem respondeu, batendo palmas de alegria: — São dois meninos, tio Cody. Eles se chamam Clint e Cade. São tão engraçados! Sabe uma vez me deixaram carregar Clint no colo. Entusiasmado com a notícia, Cod ...

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