Livro: A Lei do Amor Página 3

... eliz aqui? — Não! — Samantha despejou, virando-se de frente, e depois estremeceu no íntimo, sabendo que havia soado contraditória e que ele iria se perguntar por quê. Para ser sincera, ela havia ficado um pouco entristecida desde que a irmã de Blake, Melissa, ha¬via anunciado sua gravidez há algumas semanas. Samantha ficara feliz por Melissa e não sabia o porquê de isso tê-la aborrecido. Ainda assim, desde então, ela não conseguira se livrar da sensa¬ção de estar ligeiramente deprimida. Blake endireitou as costas e se afastou da mesa. — Então, qual é o problema? Você é o problema. Eu quero que você me note. Droga, eu apenas quero você. Mas como se diz isso para um homem que sequer repara em você como uma mulher? Ela era a assistente de confiança dele, e só isso. Samantha nunca havia agido de forma excessivamente feminina perto de Blake. Ela mantinha tudo de maneira profis-sional entre eles. Em retrospecto, talvez ela devesse ter revelado mais o seu lado feminino em algumas ocasiões. Se tivesse feito isso, quem sabe agora ela não estivesse nesse dilema. Por outro lado, também não era como se ela estivesse apaixonada. Esta¬va fortemente atraída por ele. Blake era um homem excitante e carismático que seduzia as mulheres sem esforço, como se elas estivessem em extinção, e ainda assim, era seletivo com quem levava para a cama. Samantha queria ser seduzida por ele. Ela queria estar em sua cama e nos seus braços. Oh, Deus, agora ela se dava conta dolo¬rosamente de que nunca estaria no foco de Blake. Até agora, uma ponta de esperança havia possibilitado que seguisse em frente, mas depois da maneira subconsciente que ele a rejeitou nessa noi¬te, ela percebeu que se Blake soubesse de seus desejos por ele, tudo iria mudar. Ela ficaria totalmente constrangida e ele também. Samantha não poderia trabalhar daquela forma. Ela seria humi¬lhada da mesma forma que havia sido com Carl. Era melhor partir com alguma dignidade. — ...

amantha? Ouvir o seu nome sendo pronunciado pelos lábios de Blake atin¬giu-a de uma forma que nunca havia atingido antes. Ela sacudiu a cabeça para ele. — Quer saber de uma coisa, Blake? Você nunca me chamou de Sam. Nenhuma vez. Sempre é Samantha. Blake uniu as sobrancelhas. — O que isso tem a ver com a sua decisão? Tudo. Ela queria ser Sam de vez em quando. Sam, a mulher que havia deixado sua criação comum em Pasadena para abraçar a emoção de Vegas, depois de um caso de amor unilateral que deu errado. A mulher que queria ter um caso puramente físico com um homem que ela admirava, sem jamais arriscar o seu coração novamente. Não Samantha, a assistente pessoal que ajudava a administrar o escritório e a vida dele e que deixava todo o restante de lado por ele, exatamente do jeito que ele gostava. Ela não podia crer que realmente pensara que tinha uma chance. E ele estava esperando por uma resposta. — Eu tenho meus motivos para me demitir e acho que isso é tudo o que você precisa saber. — Alguém está lhe causando problemas? — Blake indagou com severidade. —Alguém da minha família? Eu converso com eles, se estiverem. Me diga. Ela meneou a cabeça. — Sua família é ótima. É que. — Samantha hesitou, desejando que tivesse dado tempo a si mesma para inventar uma explicação apropriada. Era desnecessário mencionar que ela não esperava estar aqui hoje à noite redigindo sua demissão, ou tampouco que ele a abor¬daria. Ela presumiu que ele provavelmente sairia para a badalação noturna com a srta. Hollywood. — Eu apenas quero algo mais para mim, está bem? Não é nada contra você ou sua família. Isso é sobre mim. Ele arqueou uma sobrancelha. — Você quer algo mais do que viagens de primeira classe e um lugar de primeira categoria para viver? — Sim — ela teve que pronunciar com cuidado suas palavras. — Na verdade, estou pensando em ir para casa em Pasadena por um tempo — ela mentiu, e depois percebe ...

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