Livro: A Força do Destino
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... Só um destino muito cruel faria com que Joanne se apaixonasse tão perdidamente por Ben Norris. Primeiro, porque ele nem notava que Joanne existia, empenhado apenas em conquistar sua mãe, Clea, a grande estrela de cinema. Depois, porque Clea era uma mulher vaidosa, que tinha horror a parecer velha, e mantinha a filha à sua sombra. Joanne quase não podia sair de casa, tinha de se vestir e se comportar como uma menina, proibida de crescer. Onde Joanne encontraria forças para rebelar-se contra Clea, assumindo a mulher que despontava dentro dela? Onde buscar coragem para roubar o namorado da própria mãe? Twist of fate Charlotte Lamb Este Livro faz parte do LivrosFlorzinha, sem fins lucrativos e de fãs para fãs. A comercialização deste produto é estritamente proibida. CAPITULO I Ele entrou e ficou parado na porta. Seu olhar lera superior, ignorando os convidados que estavam à sua volta e que o fitavam cheios de curiosidade. — Quem é ele? — Ouvindo alguém perguntar, Joanne virou-se para ver quem tinha chegado. Nunca tinha visto aquele homem, tinha certeza, ele não era do tipo que pudesse ser esquecido. A expressão dura do rosto e do olhar de¬monstrava que ele tinha muita confiança em si mesmo. Joanne achou estranha a presença dele ali, no meio de tantos artistas. As festas de Clea eram povoadas por artistas jo¬vens, não importava se bons ou maus, contanto que fossem bonitos, e o sul da França estava cheio deles. Mas aquele homem era diferente. Não era um ator. Parecia intocável e seu olhar pedia distância. — Onde está Clea? —-Joanne perguntou para si mesma e começou a procurá-la pelo salão. A casa estava cheia de pessoas bonitas, bem tratadas. As roupas eram as mais caras da moda de Paris. Joanne ia caminhando e ouvindo os cochichos dos convidados com relação ao recém-chegado. — Onde está sua mãe? — Sam Ransom perguntou a Joanne. — Ela vai adorar o novo convidado. Preciso encontrá-la. A voz d ...

le era maliciosa. Ultimamente Sam, que era jor¬nalista, não estava se dando muito bem com Clea. Na sua última entrevista, ele tinha levado um copo de Martini na cara como resposta de Clea às suas perguntas. Por que ele tinha agora aquele tom de voz tão ansioso? Quem era o novo convidado? Era óbvio que Sam o conhecia; provavel¬mente era alguém famoso e muito importante, mas isto todos os convidados de Clea eram. A não ser ela mesma, claro. Joanne sorriu levemente ao pensar nisto. — Clea está de bom humor? — Sam perguntou, receoso. Ele não tolerava as crises temperamentais de Clea, de resto bem conhecidas. Clea era alegre e doce como um anjo, mas podia virar uma fera se alguém a incomodasse. Seus olhos azuis penetravam na vitima e os lábios ficavam duros e tensos. Além de sua beleza indiscutível, o temperamento de Clea também tinha ajudado a aumentar sua fama. Não teve nenhuma dificuldade em se tornar uma atriz. Seus papéis eram bons e isso ajudava no resultado de suas in¬terpretações. Sam, um jornalista que frequentava os meios artísticos, gostava do trabalho dela. — Que bom que você veio, Ben! Ótímo mesmo! Uma voz alta saudou o novo convidado. Joanne viu que Lester Swann caminhava para a porta para cumprimentar o estranho. Lester era um dos produtores dos filmes de Clea. Era um industrial americano que tinha mudado para a França por motivos financeiros e que estava sempre dis¬posto a arranjar novos meios de lucrar mais. Era um velho amigo de Clea. Então Lester conhecia aquele estranho? Isto era uma no¬vidade, pois Lester costumava se comportar com seus atores e atrizes de uma maneira paternal, tratando-os como se fossem crianças, coisa que aquele homem não parecia permitir. Joanne olhou para eles, caminhando para o salão. O estranho sorria educadamente para os convidados que Lester apresen¬tava, mas seu olhar continuava superior. Pelas atitudes dos convidados, Joanne percebeu que o recém-chegado era muito rico e influente ...

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