Livro: A Força de Um Olhar
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... Maureen Child PUBLICADO SOB ACORDO COM HARLEQUIN ENTERPRISES II B.WS.à.r.l. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, o armazenamen¬to ou a transmissão, no todo ou em parte. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Copyright © 2006 by Maureen Child Título original: STRICTLY LONERGAN\'S BUSINESS Originalmente publicado em 2006 por Silhouette Desire Editoração Eletrônica: TopTextos Edições Gráficas Ltda. Tel: (55 21) 2240-2609 Impressão: RR DONNELLEY MOORE Tel: (55 11)2148-3500 www.rrdonnelley.com.br Distribuição exclusiva para bancas de jornais e revistas de todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S/A Rua Teodoro da Silva, 907 Grajaú, Rio de Janeiro, RJ — 20563-900 Tel.: (55 21) 3879-7766 Editora HR Ltda. Rua Argentina, 171, 4o andar São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ — 20921-380 Correspondência para: Caixa Postal 8516 Rio de Janeiro, RJ — 20220-971 Aos cuidados de Virgínia Rivera virginia.rivera@harlequinbooks.com.br CAPITULO UM — É facílimo. — Kara Sloan disse a si mesma, franzindo os olhos para seu reflexo no espelho re¬trovisor. — Ele abre a porta e você diz: "Estou me demitindo." Certo. Se fosse assim tão fácil, ela teria dito aquelas três palavrinhas seis meses atrás. Droga. Há um ano. Assim que percebeu que tinha cometido o enorme erro de se apaixonar pelo chefe. O problema era que todas as vezes que estava em algum lugar próximo ao chefe, Cooper Lonergan, seu cérebro desligava e ela era tomada pelas emoções. Um olhar vindo daqueles olhos castanho-escuros e ela transformava-se em uma manteiga derretida. Ela ainda não sabia como isso foi acontecer. Deus sabia que não tinha planejado. Ela já era assistente dele há cinco anos, e desses cinco, quatro foram óti¬mos. Tinham uma amizade agradável e um relaciona¬mento profissional tranqüilo. Até que ...

de repente, há mais ou menos um ano, ela começou a perceber que estava apaixonada por ele. E, desde então, sentia-se péssima. E não podia ficar brava com Cooper por ele não perceber que seus sentimentos haviam mudado. Por que perceberia? Para ele, ela era uma visão tão fami¬liar em sua vida como o sofá de couro vermelho da sala da casa dele. E tão confortável quanto. O que não é uma boa coisa. Essa situação era por culpa dela mesma. Tinha mudado as regras e ele nem mesmo sabia disso. Ela o estava amando enquanto ele apenas gostava dela. — E é por isso — disse ela seriamente, ainda olhando para o reflexo de seus enormes olhos verdes no espelho retrovisor —, que você tem de pedir de-missão. Simplesmente respire, encare-o de frente e diga isso. Ela respirou fundo, soltou o ar, bateu a porta e ba¬lançou a cabeça com tristeza. Ela era capaz de fazer isso. Faria isso. Resmungando, colocou as pernas para fora do car¬ro, bateu a porta com força e olhou fixamente para a enorme casa de campo vitoriana amarela. Cooper ti¬nha alugado para passar o verão. Parecia. de alguma maneira, acolhedora. Como se a casa estivesse espe¬rando por ela. Poderia parecer tolo, mas estava triste porque não iria ficar lá. Triste porque teria de partir e voltar para Nova York em apenas duas semanas. Havia algo na¬quele lugar que "falava" com ela. A casa ficava na parte de trás de um gramado ver¬de e bem-cuidado, e diversas árvores cercavam a es¬trutura. Persianas reluziam ao sol da manhã, flores em vasos de terracota alinhavam-se na varanda, as cores vividas de verão ofuscadas pela luz da manhã. Ela respirou fundo, sentindo o cheiro da grama há pouco cortada e do oceano, a apenas alguns quilôme¬tros de distância. Kara sempre se considerara uma ga¬rota urbana. Feliz em Manhattan, ela amava a corre¬ria das pessoas, a sinfonia das buzinas e insultos dos táxis que dirigiam como se cada quilômetro percorri¬do significasse uma vitória pessoa ...

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