Livro: A Força da Atração Página 2

... juntos, está bem? Quem pode limpar a maior parte? — Eu, eu! — exclamou Harry, e as lágrimas ces¬saram como mágica. Após pedir aos dois para que pegassem um pano e o rolo de papel toalha, Blossom olhou para as sobri¬nhas menores. As duas tinham parado de chorar e levavam as mãozinhas à boca para limpar o restante do chocolate que ainda estava colado nos dedos, ao mesmo tempo em que davam risadinhas enquanto pedaços do bolo que ficaram grudados nos cabelos e nas roupinhas caíam ao chão. Erguendo as gêmeas nos braços, Blossom carregou as pequenas até a sala de estar e acomodou-as no chiqueirinho até que pudesse voltar a dar atenção a elas novamente. Retornando para a sala de jantar, encon¬trou Harry e Simone ocupados com a limpeza. Isso demorou um tempo. Finalmente, a sala voltou a ficar em ordem e, após dar banho nas quatro crianças, ela as colocou para dormir. Só então desceu as escadas para tomar um café. Contudo, após a parte mais estressante do dia, quando teve a chance de se sentar um pouco e pen¬sar, quase desejou que as crianças estivessem acor¬dadas. Quase. Desde que seu cunhado Greg ligou para ela na¬quela manhã, dizendo de forma desesperadora que Melissa tivera de ir às pressas para o hospital, pois estava sentindo terríveis dores no estômago, ela ficara tão ocupada com as crianças que nem conse¬guira pensar tanto na irmã. Porém, agora que tudo estava calmo e tranqüilo, temia que Melissa se tor¬nasse a sua maior preocupação. Blossom havia se apressado durante a manhã em sair do seu flat em Londres para ir à casa da irmã no subúrbio de Sevenoaks e ao chegar encontrou Greg totalmente desesperado. — Ela estava tão bem ontem à noite — ele havia informado a ela, assim que se dirigiu para a porta de entrada, segurando Rebecca e Ella nos braços. — E, então, ela acordou às três horas da madrugada, di¬zendo que não estava se sentindo bem e uma hora depois, a dor aumentou repentinamente. Após a ...

gum tempo, ela não conseguia mais ficar em pé e nem se mover, de tão mal que estava. O médico disse que pode ser o apêndice. E informou que isso às vezes acontece de forma inesperada. — Bem, mas agora estou aqui e ficarei o tempo que for preciso — dissera Blossom com firmeza na voz. — Você pode ir para o hospital e se esquecer de tudo por aqui. Greg havia partido como um raio, Blossom agora refletia com certa melancolia, pois na verdade não achava que ele fosse se esquecer a ponto de deixá-la sem notícias. Alcançando o telefone, ligou para o hospital e, após ser transferida duas vezes, finalmente conseguiu falar com a Irmã Pearson, que gentilmente a informou que no momento Melissa estava na sala de cirurgia: — O dr. Robinson, clínico geral encarregado dos cuidados com a sua irmã, acha que ela deve ter sofrido diversas crises de apendicite e o apêndice pode ter rompido. — A Irmã fez uma pausa e depois prosse¬guiu: —Temo que seu cunhado. esteja um pouco ten¬so no momento. Quer que eu peça para ele ligar para você, assim que a sua irmã sair da sala de cirurgia? — Ah, sim. Obrigada. — Blossom recolocou o fone na base e alcançou novamente a xícara de café. Talvez a Irmã Pearson fosse do tipo que falasse meias verdades, pois Greg sem dúvida deveria estar "subindo pelas paredes", pensava Blossom. Ele era um físico brilhante que tinha um emprego de desta¬que na maior firma de eletrônicos em Londres, mas dentro de casa não era muito útil. Desde que ele e Melissa se entreolharam pela pri¬meira vez na universidade, tornaram-se inseparáveis. Greg contava com ela para tudo. Ele não saberia di¬zer nem em qual dia da semana estavam, se ela não lhe informasse. Ohl Melissa, Melissa. Blossom inclinou-se e, apertando a xícara entre as mãos, cerrou as pálpebras com força. A irmã tinha que ficar bem, ela pensava. Embora não fossem gêmeas idênticas, Blossom e Melissa eram muito ligadas, mesmo após Melissa ter se cas ...

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