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À Flor da Pele - Margaret Way

Livro: À Flor da Pele - Margaret Way Página 2

Autor - Fonte: Margaret Way

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... longos cílios, a boca bem-feita, de lábios cheios e sensuais, \', apesar do ar sério e compenetrado. Não se cansava de olhar para ele e não era apenas porque se parecia com o pai… ele era realmente fascinante! Coyne era um homem cativante. Tudo o que fazia era com convicção e de um jeito decidido; mesmo num simples gesto de virar uma página podia-se notar isso. Deter¬minação e exatidão era isso! Ellenor sorriu e seus olhos azuis se enterneceram. Coyne era perfeito! Ele sempre fora assim, desde menino; às vezes nem parecia criança, tal a seriedade com que agia. Agora, lá estava ele, atento ao relatório da fazenda, uma ruga vertical na testa, os olhos negros impacientes percorrendo as linhas da página. Aquele tinha sido um dia trabalhoso para ele e ainda tinha que conferir o relatório. Nem era preciso dizer… pela cara dele, El-lenor sabia que Lacey tinha errado outra vez. Ao lado do irmão, Lacey sempre se tornava inseguro, instável e teimoso. Ellenor sabia que essa era uma reação natural ao fato dele viver à sombra majestosa do irmão mais velho. Ela o compreendia, em¬bora reconhecesse que às vezes fazia travessuras que davam trabalho a Coyne. Aos vinte e seis anos, Lacey ainda continuava sem juízo e rebelde como um adolescente. Já estava na época dele assentar um pouco e ajudar o irmão, tão sobrecarregado de serviço cui¬dando daquela vasta propriedade sozinho. Coyne andava tão ocupado ultimamente que nem mesmo tinha tempo para pra¬ticar seu esporte favorito, o pólo. Aliás, os dois irmão jogavam muito bem. Ellenor lastimava que Lacey fosse tão cabeça-oca e irresponsável, mas de certa forma o compreendia. Não era fácil para Lacey ter tido um pai como Justin e depois um irmão como Coyne. Isso parecia roubar dele um certo senso de identidade, fazendo com que se rebelasse quase todos os dias contra o irmão mais velho para se auto-afirmar. Sem dúvida, ele devia sofrer com algum tipo de complexo ao qual Ellenor não queria ...
dar um nome exato. Apenas rezava para que Lacey superasse isso tudo e se tornasse o homem maduro que deveria ser. Se isso não acontecesse, ela iria sentir que falhara. Afinal, ela o criara desde os seis anos de idade. Ellenor amava igualmente os dois sobrinhos, mas apreciava e respeitava muito Coyne, embora não demonstrasse isso diante de Lacey. Toda vez que havia uma pequena discussão sobre algo sem muita importância, ela tomava o partido de Lacey. Mas, quando a coisa era mais séria, desaparecia de cena habil¬mente para não ter que concordar com Coyne. Lacey, sempre revoltado, arranjava encrencas memoráveis, algumas até bas¬tante graves. Coney não era um homem de natureza paciente, mas esforçava-se para tratar o irmão com bondade e compreen¬são. Queria ser para ele pai, mãe e irmão, tudo ao mesmo tem¬po. Mas era evidente, agora, que sua paciência estava por se esgotar. Ele abafou uma exclamação e ergueu os olhos para a tia, percebendo que ela estava apreensiva. — Vamos lá, tia! Você anda muito agitada já há algum tem¬po, eu percebi… o que há, afinal? Ellenor tirou os óculos e limpou as lentes para ganhar tempo. — Ah… você sempre me desconcerta quando fala assim… — Tia — insistiu o sobrinho —, vamos lá, o que é? É alguma coisa com Lacey outra vez? Você sempre fica com essa cara quando quer interferir a favor dele… Pode ser que desta vez não funcione, mas em todo caso não custa tentar. — Não não é com Lacey — disse Ellenor, esboçando um sorriso. Coyne olhou de novo para as páginas do relatório que tinha diante de si, impaciente pelos erros que encontrara. — Olhe, tiazinha, eu nunca fui de fazer isso, mas acontece que agora estou com pressa, tenho que revisar tudo isso aqui, ainda… A essa altura você já deve saber que eu não mordo, não é? — É, mas não duvido nada que algum dia morda! — respon¬deu a tia e ouviu a risada sonora dele. — Você se lembra de Moya? Moya Fitzgerald? ...

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Comentários:
LUCIA MATOS: Amei o romance lindo.
Maria da Conceição Simões: Já li esse livro antes. Está faltando muitas páginas. Todos são assim?.
Mary Santos: O romance é tão lindo mais porque eles tem que se castigaram tanto e so no final ele declarar o amor que sente por ela,.
carine: bom, mas o fim meio sem graça.
Ana : Gostei.
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