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A Eterna Rival - Pamela Pope

Livro: A Eterna Rival - Pamela Pope

Autor - Fonte: Pamela Pope

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... CAPITULO I Corinne já não estava de muito bom humor quando entrou no bar New Inn. Seu carro tinha enguiçado a um quilómetro dali e ela fora obrigada a andar esse trecho com suas sandálias de salto alto. Além disso, a mala pesada havia deixado seu ombro doído de tanto fazer força. O dono do bar conversava com outro homem e nem prestou atenção à sua chegada. Não demorou muito para Corinne perceber que os dois falavam sobre ela. — Dizem que a filha de Howard Paxton vai voltar para cá — o dono do bar comentava. —- O que você acha disso? — Nada. Ela não teve sorte mesmo, perdeu uma boa colocação. Afinal, era secretária e algo mais de um milionário que morreu num acidente de avião! — É uma história bem picante, não é? Os jornais fizeram o maior sensacionalismo desse caso. Mas você deve ter melhores informações. — Não. Os Paxton são gente muito boa. Só espero que a filha mimada não comece a criar problemas para eles. Corinne ficou furiosa. Como dois estranhos se atreviam a falar daquele jeito, como se tivesse cometido um pecado? Que direito tinham de julgar alguém que nem conheciam? Não havia justificativa para a insinuação maliciosa: "secretária e algo mais"! Aquilo era injusto, imperdoável! Colocou a mala no chão e caminhou de queixo erguido em direção aos dois homens. — Por favor, podem me informar onde há um telefone público? — perguntou com educação. — Meu carro está enguiçado e preciso ir para casa. —- Há um telefone naquele corredor, à esquerda — o dono do bar explicou. ■— Obrigada. A propósito, meu nome é Corinne Paxton. O dono do bar franziu a testa e começou a enxugar os copos sobre o balcão. O outro homem ergueu a cabeça e olhou-a de alto a baixo com cinismo. Os olhos dele eram verdes e tinham um brilho intenso e perturbador. Seus traços eram fortes e o cabelo loiro caía sobre a testa. Nenhum dos dois pediu desculpas pelos comentários que tinham acabado de faz ...
r e, não gostando do jeito que a olhavam, Corinne virou-se com desdém. Seria difícil para ela acostumar-se a uma vida parada, depois de ter vivido numa cidade enorme. Mas, até alguns minutos atrás, achava que gostaria de tentar essa experiência. Tinha adorado viver em Londres, mas sem Peter não havia mais sentido permanecer lá. Além disso, não queria continuar na cidade que guardava tantas lembranças de tempos felizes. Só não estava preparada para enfrentar fofocas maldosas como aquela que acabava de ouvir. Não entendia por que uma briga de família era assunto para estranhos. Achava bom reconciliar-se com seus pais após dois longos anos e rezava para que a velha briga tivesse sido esquecida. Discou o número e olhou-se no espelho que havia na parede oposta. Seus olhos acinzentados pareciam tristes e inquietos. O cabelo castanho continuava impecável em seu coque sóbrio e elegante. — Combe Lodge — soou uma voz do outro lado. — Aqui é a sra. Paxton. — Mamãe, sou eu. Estou aqui no bar New Inn. — Corinne, querida! Que bom ouvir você, mas o que está fazendo aí? — Meu carro enguiçou. A senhora poderia pedir ao papai para vir me pegar? — Seu pai saiu, querida. Saiu depois do almoço e não sei a que horas vai voltar. E meu carro está na oficina, você pode pegar um táxi? Não vejo a hora de chegar para me ajudar: estou fazendo geléia para uma feira de caridade. — Estarei aí assim que puder. Corinne desligou e sorriu. Nada tinha mudado. Era exatamente como nos tempos em que vinha nos fins de semana e sua mãe estava sempre às voltas com obras de caridade. Ao contrário do que esperava, sentiu um nó na garganta de emoção. Não tinha mais dúvidas de que seria bem recebida de volta. Voltou para o balcão, esperando que o homem de olhos verdes já tivesse ido embora, mas ele estava lá. — Meu pai saiu e terei de tomar um táxi — disse para o dono do bar. -— O senhor tem fichas telefónicas? — Tenho, sim. Deve ...

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Comentários:
Ju: Gostei muito....
Mary Santos: O romance é maravilhoso gostei muito .
Adriana: É um bom livro...19062015...Sem muitas emoções, mas mesmo assim, bom!.
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