Warning: Undefined global variable $_SESSION in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 18

Warning: Trying to access array offset on value of type null in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 18

Warning: Undefined array key "exibir" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 24

Warning: Undefined array key "membro" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 19

Warning: Undefined array key "ver" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 23

Warning: Undefined variable $testa_titulo in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 65
A descoberta da Índia
You are using an outdated browser. For a faster, safer browsing experience, upgrade for free today.
<br />
<b>Warning</b>:  Undefined variable $legenda in <b>/home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php</b> on line <b>144</b><br />
A descoberta da Índia

Livro: A descoberta da Índia Página 3

Autor - Fonte: COELHO NETTO

Anterior 3 / 30 Próxima
... uma demora de tres dias esperando o vento que as levasse. A doce manhã nascia, fresca e rosada, quando os sinos da capella de Nossa Senhora de Belém, entraram a repicar em festa pondo no ar, fino e azul, a alegria christã d\'uma alleluia e despertando as gentes que, avisadas da grande expedição e curiosas de verem aquella aventureira partida, haviam acudido de longe estabelecendo aduares nas visinhanças da ermida onde, os que se faziam ao mar, costumavam deixar as suas promessas, recebendo contrictamente os preparativos espirituaes para que a morte os não tomasse em peccado sobre essas ondas affrontosas e desconhecidas. Uma grossa multidão formigava com os olhos anciosos postos no templo de onde deviam sair os novos argonautas para as naus empavesadas que arfavam no rio 20 A DESCOBERTA DA INDIA como grandes aves marinhas que experimentassem as plumas para o vôo arrojado. A paisagem, larga e calma, toda verde com o favor do tempo, dava uma funda saudade aos que, já de aprestos feitos, esperavam o momento angustioso da partida, apartando-se incertamente da patria, e os moinhos, velejando nos pendores dos outeirinhos, pareciam acenar aos que partiam amargurados adeuses e para o sempre, tão afflictas andavam as azas ao vento, esse mesmo vento que devia apojar as velas exploradoras. Marujos, que se haviam engajado na frota, despediam-se dos seus parentes com palavras de conforto promettendo-lhes uma volta breve e favorecida e, por todos os meandros eram suspiros e lagrimas, juras e conselhos e permutas de prendas ; as mesmas arvores serviam como de fiadoras aos namorados porque em suas grossas cortiças entravam fundamente pontas de cutellos abrindo signos para que, á volta, fosse provado o juramento feito se os temporaes não levassem d\'arranco o tronco, depositario ou se o perjurio não apagasse o emblema d\'aquella fé. A DESCOBERTA DA INDIA 21 Era a velha mãe a lembrar ao filho a sua vida solitaria, os ...
cabellos brancos da sua fronte veneravel, as rugas da sua face, os tremores do seu coração. Como haviam de sentir as ovelhas quando se achassem no monte com outro pastor tomado a salario que, por certo, não as estimando como dono, não havia de as regalar abeberando-as em fontes frescas ou escolhendo macios pastos e, já alquebrada, como havia ella de subir ás rampas para recolher na clareira a lenha necessaria ao lume caseiro quando os cortantes ventos de Dezembro começassem a zimbrar vergando e desfolhando os castanheiros e açulando os lobos famintos contra os redis. Ai! que magua a de o ver partir! Outra dizia, com os braços em volta do pescoço do homem — que elle não veria, ao tornar, o campo como deixava porque não só de soes e de chuva carece a arvore senão tambem que d\'ella cuidem abacellando-a com terra virgem ou ablaquecendo-a para que as suas raizes ganhem força á luz e ao ar, tratando-lhe o tronco e os ramos. Os trigos dourados ficariam em palha resequida, murchariam as vinhas sumarentas, as abelhas emigrariam não 22 A DESCOBERTA DA INDIA achando mel e os cortiços, calados e seccos, viriam abaixo e os ventos os levariam como levam as folhas murchas. Ella! pobre d\'ella! sosinha e fraca e tendo um lume a guardar e um berço a embalar como havia de sair, com ferros, á campina e á encosta ? Deus a guardasse com vida e não faria pequena caridade. Outra, chorosa e presaga, lembrava noites de luar e cantos de rouxinóes, juras feitas tremulamente entre roseiraes, á luz fraca das estrellas, emquanto as moças da herdade debulhavam e bailavam com descantes e musicas de doçainas. Creanças, vendo as mães em pranto, agarravam-se-lhes ás saias chorando, não porque comprehendessem a razão d\'aquella angustia, tão só por verem lagrimas e o anciar dos collos opprimidos. E, por entre as gentes lastimosas, iam e vinham lentos vendedores, uns que offereciam fructos em gigos de vime, outros que ...

Anterior 4 / 30 Próxima

Warning: Undefined global variable $_POST in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 252
Comentários:

Warning: Undefined global variable $_POST in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 258

Warning: Trying to access array offset on value of type null in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 258
Deixe aqui seu comentário sobre este livro:
Nome:
Comentário: