Livro: A dama inesquecível
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... Louisa Rawlings Clássicos Históricos 37 Série Gêmeos Bouchard Livro 1 – No Jardim das Tulherias Livro 2 – A dama inesquecível Copyright © 1993 by Sylvia Baumgarten Publicado originalmente em 1993 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá. Título original: WICKED STRANGER Tradução: Elsa Joanna Frezza Copyright para a língua portuguesa: 1994 CIRCULO DO LIVRO LTDA. EDITORA NOVA CULTURAL uma divisão do Círculo do Livro Ltda. Alameda Ministro Rocha Azevedo, 346 — 9— andar CEP 01410-901 — São Paulo — Brasil Fotocomposição: Círculo do Livro Impressão e acabamento: Gráfica Círculo Este livro faz parte de um projeto sem fins lucrativos. Sua distribuição é livre e sua comercialização estritamente proibida. Cultura: um bem universal. Disponibilização do livro: Rosangela (Nutri Rosangela) Digitalização: Palas Atenéia Revisão: Valdilea Souza Ela era um desafio para os homens… Elizabeth Babcock sempre vivera à sombra de suas belas irmãs, jovens de destaque na sociedade de Nova York. Os poucos pretendentes à sua mão, chocados com a língua ferina e o temperamento exaltado de Elizabeth, retraíam-se assustados. Jogador, soldado e aventureiro , Armand esperava jamais se entregar à monotonia de uma vida doméstica. O casamento, se tivesse de acontecer, seria uma aventura arrebatadora, apaixonante. Ele queria uma mulher enérgica e espirituosa. Sensual e inteligente. Alguém como Elizabeth Babcock! PRÓLOGO — Gêmeos! A semelhança é espantosa, monsieur. Reconheci o general em cada um de seus traços e, no primeiro momento, julguei estar diante dele. Armand Bouchard permitiu-se um sorriso, enquanto colocava o chapéu e as luvas de montaria sobre a mesa do elegante vestíbulo. Em seguida, endireitando-se, retrucou num inglês claro e preciso: — Posso garantir-lhe, sir, que Jean-Philippe é cioso de seus deveres. Não sairia para um passeio, se tives ...

e um compromisso. Quanto a mim… Armand olhou para a tarde clara e ensolarada de março e chegou quase a sentir a tranqüila pulsação da terra e o cheiro de grama pisada de fresco pelos cascos duros do cavalo. — Quanto a mim, mandaria meu rei às favas, se os deveres de Estado me tolhessem a liberdade de cavalgar num dia tão lindo! Nesse instante, uma risada musical flutuou no vestíbulo silencioso. Ele virou-se para a linda mulher que descia as escadas e sorriu-lhe seu sorriso mais afetuoso. Era o encanto de Charmiane esse riso espiritual. — Não diga absurdos, Armand — ela objetou, avançando e oferecendo-lhe a face, em que ele depositou um beijo carinhoso. Depois voltou sua atenção ao ministro inglês. — Sir Alfred, não leve a sério meu cunhado. Armand faz questão de parecer irresponsável, quando é apenas zeloso de sua independência. O inglês tomou-lhe a mão e reverenciou-a: — Está com um ótimo aspeto, madame la comtesse.Armand envolveu-a num olhar embevecido. Charmiane estava realmente esplêndida, no singelo vestido rosa, de cintura alta, que mal lhe escondia a gravidez avançada. Os lustrosos cabelos negros derramavam-se por seus ombros, emoldurando um rosto de madona renascentista. E os olhos cinzento-escuros riam. Não conhecia criatura mais agradável do que ela. Casada com Jean-Philippe havia quatro anos, dirigia com eficiência o castelo e a criadagem numerosa. Ah, se tivesse… “Que idéia!”, disse a si mesmo, rejeitando logo o incômodo pensamento. Jean-Philippe, conde de Moncalvo, era um personagem importante na corte da França. General sob as ordens do imperador Napoleão I, era agora Conselheiro do monarca restituído ao trono, Luís XVIII. Possuía um magnífico castelo, uma casa em Paris, gozava de estima e consideração. E não por obra do acaso, mas como resultado de uma vida dedicada ao país. Quanto a ele próprio, dos sete anos passados sob o comando de Napoleão, conseguira apenas um ferimento na per ...

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