Livro: A Condessa e o Selvagem
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... A luta pela vida. e pelo amor! América do Norte, 1839 Josiah Jones era um urso selvagem, nada parecido com os homens que haviam cortejado Tatiana até então. Mas ele personificava a terra indomável que atraía seu coração sofrido em busca da liberdade e era impossível ignorar a atração que aquele homem exercia sobre ela. Ao ver Tatiana pela primeira vez, Josiah teve certeza de que aquela mulher aristocrática, bela e cheia de vida não podia fazer parte dos seus sonhos. Ele era um homem amargurado, que vivia perambulando sem destino, sem nunca se prender a ninguém e Tatiana não era o tipo de mulher que aceitaria uma vida errante. Digitalização: Afrodite Revisão: Irany Formatação: Aliane Título original: Countess in Buckskin Tradução: José Batista de Carvalho Editor: Janice Florido Chefe de Arte: Ana Suely Dobón EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Rua Paes Leme, 524 – 10º andar CEP 05424-010 – São Paulo – Brasil Copyright para a língua portuguesa: 1998 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Fotocomposição: Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e acabamento: Gráfica Círculo. Copyright © 1998 by Merline Lovelace Publicado originalmente em 1998 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá. Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada por acordo com a Harlequin Enterprises B.V. Todos os personagens desta obra, salvo os históricos, são fictícios. Qualquer outra semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. PRÓLOGO Algum lugar ao largo da costa do Pacífico Norte. Dezembro de 1839. ― Precisa descer, Condessa! Tatiana Grigória, Condessa Karamzin, mal ouviu o grito do Capitão por causa do vento e da chuva no convés. Por mais que quisesse obedecer à ordem, não podia. Deus misericordioso! Não podia enquanto não tivesse certeza de que a preciosa carga confi ...

da a ela estava em segurança. Com as entorpecidas mãos, segurou no cabo que os marinheiros haviam esticado no convés momentos antes da tempestade começar. O coração batia freneticamente enquanto ela, já com as roupas encharcadas, ia pondo um pé na frente do outro no chão perigosamente inclinado. A água a açoitava no rosto, nos olhos e nas mãos. Quando uma enorme onda escura atingiu o casco de madeira da escuna ela soltou um grito de terror. O barco inclinou-se para o lado, quase emborcando. Tatiana sentiu que os pés saiam do chão e só o cabo, por cima do qual havia providencialmente passado o braço, impediu que ela fosse jogada ao mar. Graças a Deus o barco se equilibrou. Sentindo-se nauseada, Tatiana expeliu água salgada pelo nariz e pela boca, arrastando-se com dificuldade no convés molhado. Conseguiu ajoelhar-se e procurou ficar de pé, o que se tornava difícil por causa das anáguas, do vestido de veludo e do casaco de pele, todos encharcados e pesando muito. Como já não ouvia os gritos do Capitão, não sabia se ele havia sobrevivido à avalanche de água que varrera o convés. Segurou com a duas mãos no cabo e foi se adiantando, sentindo o vento cortante no rosto e respirando com dificuldade. Viu o grande baú de madeira onde estava o tesouro do Czar bem na hora em que outra enorme onda surgiu à direita. Imediatamente ela se projetou para frente, soltando um grito de terror. Agarrou desesperadamente nas cordas que mantinham o baú preso ao convés. Para horror dela, descobriu que aquelas cordas haviam se afrouxado com as oscilações do navio. O baú começou a escorregar no liso convés, levando-a junto. O último pensamento de Tatiana antes de ser coberta pela água foi no Czar. Nicolau tinha dito que ela pagaria com a vida se aquela carga se perdesse, e agora tudo levava a crer que isso aconteceria. Maldição! Três vezes maldito fosse o Czar! Capítulo I Vale dos Hupas. Fevereiro de 1840. Chogam, chefe d ...

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