Livro: A Aposta - Barbara Joel Página 4

... te espaço para Boomer esticar as pernas. Ele seria muito feliz, lá. — Não posso fazer isso com meu cão! — Reese protestou. — Ele já foi abandonado uma vez, quando era filhote. Se eu o der para meu irmão, ele não compreenderá. Vai pensar que o abandonei. Syd afastou-se e olhou Reese com frieza. — Como Bobby me abandonou? — indagou. — Deixando-me no altar de uma igreja cheia de convidados? "Diabos", ele ralhou consigo mesmo. "Não é nada disso." — Não, Syd, verdade, eu. — Esqueça, Sinclair. Acha que pode me convencer com esse seu sorriso e me fazer sentir pena do seu cachorro? Isso não vai acontecer. A vida é muito maior do que você e este bar que você administra. — Ei, isto aqui é uma taverna, não um bar. Há uma grande diferença. — Talvez você ache que sou mesquinha, ou que flores destruídas não significam nada, mas sua falta de respeito com minha propriedade não tem cabimento e é insensata. — Ei, sou mais sensato que seu último noivo. — Se está se referindo a Bobby Williams. E Reese estava. Não era nem um pouco parecido com Bobby. Já tinha irritado Syd bastante por uma noite. Olhou para Boomer e, em seguida, para a mesa, mais precisamente para as cartas e as fichas espalhadas. — Que tal jogarmos uma partida para acertar as coisas entre nós? — sugeriu. — O quê? — Um jogo de cartas. Canastra, buraco, talvez vinte-e-um. — Do que está falando? — Escolha um jogo para acabarmos com nossas brigas de uma vez por todas. Se você ganhar, mantenho Boomer trancado dentro de casa, e se eu ganhar. Do que Reese estava precisando? De algo que não somente mantivesse a boca de Syd fechada, mas também a colocasse em seu devido lugar. Abriu um amplo sorriso. Syd nunca aceitaria aquilo que passara por sua mente. Mas ele desejava ver a expressão dela. — Se eu ganhar, você vem trabalhar na taverna por uma semana — propôs. — Só tenho duas garçonetes, no momento. Syd não acreditou no que tinha ac ...

bado de ouvir. — Espera acertar nossa situação com um jogo de cartas? — questionou. — Isso é insano! Ele apenas sorriu. — Você não está brincando, não é? — ela murmurou. — Está falando sério. — Estou. "Agora eu quero ver", Reese comentou consigo mesmo. "Ela perdeu a pose. Vou dar o golpe final." — Você terá de fazer o que eu mandar — disse. — O quê?! — Não se encha de esperanças, Syd — ele alertou, adorando ver as faces dela corarem. — Estou falando de negócios, mas podemos estender o assunto, se você quiser. — Vamos ver se entendi. — Ela prendeu uma mecha de cabelos atrás da orelha. — Se eu ganhar, você promete cuidar de Boomer e mantê-lo longe de minhas flores. Se eu perder, terei de trabalhar para você durante uma semana. — São três horas por dia. Alguém tão organizada como você com certeza arranjará três horas para trabalhar aqui Syd riu. — Mesmo vindo de Reese Sinclair, essa proposta é a mais absurda que já ouvi — falou. Ele sabia que Syd jamais concordaria com sua proposta, porém seria divertido, se concordasse. — Se está com medo de perder. — murmurou. — Medo? — Ela estreitou os olhos e aproximou-se de Reese. — Não estou com medo. — Sei. — Ele deu os ombros e revirou os olhos. — Acredito. — Muito bem, Reese Sinclair. — Syd ergueu o queixo. — O que podemos acrescentar a essa proposta para que fique mais interessante? Se eu perder, Boomer não apenas ficará livre como um passarinho, como virei trabalhar aqui duas semanas. Se eu ganhar, Boomer ficará preso, e você irá trabalhar para mim durante duas semanas. Ele riu. — Está brincando, não está? — indagou. — Com medo de perder? — É, você está falando sério. — Reese fitou-a com incredulidade. — Quer mesmo seguir em frente? — Não só quero seguir em frente como honrarei minha palavra, perdendo ou ganhando. E você? — Estou nessa. — Certo. — Certo. Foram até a mesa e se ...

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