Livro: A Amante do Sheik Página 3

... ensou com interesse im¬parcial, e contrastava fortemente com o rosa de seus lábios. Ah, aqueles lábios! Uma das coisas que ele percebera primeiro fora seu biquinho natural, que al¬gumas mulheres gastam milhares de dólares para ten¬tar recriar. E aqueles mesmos lábios tremiam diante da obser¬vação dele, enquanto ele ansiava por sentir a maciez deles com os próprios lábios. Mas isso teria que espe¬rar. e a espera só faria aumentar seu eventual prazer. — Sienna — ele murmurou, enquanto sentia o sangue pulsar em todo seu corpo. A maneira como ele falou a levou de volta a um lo¬cal longínquo, e seu coração acelerou dolorosamente quando ela olhou para o homem pelo qual acreditou um dia estar apaixonada. Ele era lindo e feio ao mesmo tempo, com o rosto peculiar, definido por contornos rígidos e estilhaços de um confronto armado. Um rosto exótico. A ponta cruel do nariz e a dureza de sua boca compunham sua postura e aqueles hábeis olhos negros podiam fazer uma mulher sentir que estava sendo lentamente des¬nudada. Sienna já tinha imaginado como seria o reencontro várias vezes, mas ultimamente esses pensamentos não a atormentavam tanto. Seria a simples natureza hu¬mana conspirando para quando ela o encontrasse novamente? Conforme o tempo passara, ela se conven¬cera de que seus dias de tristeza e autodestruição ha¬viam dado lugar a uma mulher confiante que sorriria levemente para ele e diria Hashim! Há quanto tempo! Como estava errada. Como estava errada e como era burra, Como se qualquer mulher pudesse olhar para aquele homem sem derreter aos seus pés, indefe¬sa de desejo. Mas o desejo estava sendo ofuscado por outra emoção, a prudência. ou seria medo? Que dia¬bos ele estava fazendo ali? — Hashim — ela sussurrou. — É você mesmo? — Sim. — Seu olhar duro zombava dela, aprovei¬tando seu desconforto. — Você parece surpresa, Sienna. — Surpresa implica algo positivo — ela falou, trê¬mula. Ele arqueou as sobran ...

elhas ironicamente. — E isso não é? — Claro que não! — Nervosa, ela passou a língua pelos lábios para umedecê-los e desejou não tê-lo fei¬to, pois o olhar dele percebeu o movimento. — Estou chocada, como qualquer um ficaria. — Discordo. Muitas mulheres desejariam ver um homem que um dia foi parte de suas vidas, mas pare¬ce não ser o seu caso. Ela suplicava com os olhos para que ele parasse, mas ele não atendeu, e sua boca rígida se contorceu em um sorriso cruel. — Acredito que o passado sempre vem à tona de várias formas, mas você tem apenas a si mesma para culpar, querida. Se não tivesse mantido tantos segre¬dos detestáveis, poderia dormir mais facilmente. — Ele permitiu que seus olhos parassem na ligeira protuberância dos seios dela e o forte desejo se misturou à lembrança da traição. Ele endureceu os lábios. — Apesar de não conseguir imaginar nenhum homem fazendo com que durma bem à noite. — Talvez ele. O idiota e tolo que a protegeu e respeitou. Que a tra¬tou com tanto carinho como se ela fosse uma peça de porcelana. E então viu quando ela tornou-se vulnerável diante de seus olhos. Mas ele não era mais bobo. aquele dia se fora. e não voltaria mais. Sienna queria pedir que ele não a fitasse daquela forma, mas sabia que se o fizesse o efeito seria o con¬trário. Ele não era homem que cumprisse ordens e seu olhar emitia chamas de perigo. Ela engoliu em seco, com medo de fazer a pergunta e de conhecer a respos¬ta. Até que falou a si mesma que aquilo não passava de uma terrível coincidência, tinha que ser. Seria? De repente, ela não teve certeza. Será que tudo acontecera por acaso? — O que está fazendo aqui, Hashim? Ele pensou em como ela pronunciava seu nome fa¬cilmente. Em como ela mal percebia a honra concedida, quando a maioria das mulheres baixaria os olhos em deferência! Mesmo as mulheres sofisticadas de sua vida, e havia várias, sempre reverenciavam ligei¬ramente seu poder e sua po ...

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