Livro: Tudo por um beijo
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... Pacífico Sul, 1896 Uma selva de perigos. Eulalie Crace LaRue chega a uma luxuriante ilha do Pacífico, para encontrar o pai que não vê desde criança. Mas antes de realizar seu sonho de menina, ela é surpreendida no meio do fogo cruzado de uma violenta rebelião, e jogada nos braços de Sam Forester. Uma batalha de paixões. Na fuga pela selva, Sam não sabe como lidar com a jovem mimada cuja guarda lhe foi confiada. Sua prioridade sempre foi a sobrevivência, mas ele não consegue resistir aos encantos da sedutora Eulalie, nem negar a crescente atração entre eles. No entanto, embora viva enfrentando todo tipo de perigo, apaixonar-se é um risco que ele não está disposto a correr. Um amor indestrutível! Sem forças para lutar contra o desejo que consome a ambos, Eulalie se rende aos beijos sedutores de Sam. E quando ele dispensa seu afeto, ela se determina a lutar por ele e a provar que, no calor escaldante e perigos imprevisíveis daquela ilha paradisíaca, é possível encontrar o amor eterno! TÍTULO ORIGINAL: JUST A KISS AWAY Digitalização e Revisão: Marina Campos Capítulo I Luzon Island, Província Cavite. Julho de 1896 O facão passou rente à cabeça de Sam Forester. E ele precisava de todos os membros de mercenário, de preferência ainda presos ao corpo. Ao virar-se de súbito, deparou-se com um soldado da guerrilha a apenas um passo de distância, empunhando o longo facão e preparando-se para outro golpe. Sam o atacou primeiro. Sacudindo a mão dolorida, encarou o soldado estendido no chão. Em seguida, tomou o facão do homem desfalecido e minutos depois cortava os bambus da mata fechada, abrindo um caminho de fuga. Quando possível, corria com as folhas pontiagudas arranhando-lhe o rosto. Galhos secos estalavam conforme eram pisoteados às pressas. As heras batiam em seus ombros e cabeça. Além do som das plantas cortadas, era possível ouvir os soldados que o seguiam em uma corrida desenfreada. De repente ...

uma clareira surgiu. Não havia mais a selva para protegê-lo. Não tinha escapatória, era a chance de correr e abrir uma distância maior dos perseguidores. O sangue pulsava acelerado, fazendo-se ouvir como tambo¬res em seus ouvidos. Várias tendas de comércio hindu bloque¬avam o sol de fim de tarde. Mais adiante, mais floresta, que remetia a um mar verde de palmeiras frondosas e bambus. Do chão úmido subia uma névoa, como se a terra estives¬se prestes a abrir-se para o inferno. Um cheiro doce demais pesava o ar em uma invisível nuvem carregada, aumentando a cada passo dado. Sam agora enfrentava uma vegetação acirra¬da de pés de jasmim, que se entrelaçavam formando uma prisão de folhas. As plantas pareciam ter vontade própria, como se quisessem agarrá-lo para assim diminuir seu ritmo de fuga. Lutando em desespero, ele foi se esgueirando. Estava com pressa, muita pressa. Precisava fugir, os soldados se aproxima¬vam com rapidez. Era possível ouvir as botas pesadas correndo, e os sons dos facões abrindo picadas. Os sons das lâminas cortantes o fizeram lembrar-se de uma prisão fria. Um arrepio de medo percorreu-lhe o corpo, gelando seus ossos. As gotas de suor escorriam quentes pelo rosto moreno, encharcando o couro que cobria um dos olhos escuros de Sam, seguindo para a barba cerrada de dias sem fazer. A perspiração misturada com o ar úmido turvava sua visão. Com a manga da camisa, ele enxugou o rosto e o olho bom. O coração seguia batendo descompassado. Faltava muito pouco para chegar ao povoado. De repente, uma nova fragrância pairou no ar. Era o chei¬ro do perigo. Respirando fundo, Sam resgatou o restante de energia que ainda possuía para correr ainda mais. O gosto amargo da morte próxima inundava-lhe a boca seca. De repente as botas pesadas ficaram presas na lama, impedindo-o de se mover. — Droga! — blasfemou, puxando com força as pernas, não permitindo que o lodo o fizesse prisioneiro. Quanto mais se debatia, mais af ...

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