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Entrevista de amor

Livro: Entrevista de amor Página 3

Autor - Fonte: Amanda Quick

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... iário e olhou ao Graystone aos olhos. À luz lhe titilem da vela, o rosto do Graystone pareceu mais sombrio que nunca. Não era um homem arrumado, mas do momento em que o tinha apresentado seu tio, a começo da temporada, sentou-se atraída por ele. Naqueles distantes olhos cinzas havia algo que a fazia desejar aproximar-se, embora tinha a certeza de que ao conde não lhe agradava. Compreendia que a atração devia dever-se à curiosidade feminina. Tinha a sensação de que no profundo desse homem havia uma porta fechada que lhe teria gostado de abrir, embora não sabia por que. Em realidade não era seu tipo. Mas bem o considerava aborrecido, mas também tinha algo misterioso e inquietante. O espesso cabelo escuro do conde estava rajado de cinza. Embora tinha ao redor de trinta e cinco anos, parecia contar quarenta, não por traços de brandura, a não ser justamente o contrário. Trasuntaba certa dureza que falava de experiência e conhecimento. Compreendeu que, como estudioso dos clássicos, traslucía uma aparência estranha, e isso constituía também parte do enigma. Embelezado com roupa de descanso, a largura dos ombros do Graystone, as linhas esbeltas e robustas do corpo não se deviam à destreza de nenhum alfaiate. Tinha uma contundente elegância de animal de rapina que provocava curiosas sensações nas costas de Augusta. Nunca tinha conhecido a um homem que lhe fizesse sentir o que Graystone. Não compreendia por que a atraía: tinham temperamentos e maneiras opostos. De todas formas, estava segura de que suas sensações caíam no vazio. O estremecimento sensual, o tremor de excitação que vibrava dentro de Augusta quando lhe aproximava o conde, os sentimentos de ansiedade e desejo que a embargavam quando lhe falava, não encontravam ressonância alguma, nem a convicção íntima da moça de que tivesse experiente perdas, quão mesmo ela e de que necessitasse amor e alegria para aliviar as espessas sombras que rodeavam seus olhos. sabia-se que Gr ...
ystone procurava namorada, mas Augusta compreendia que não consideraria nunca a uma mulher capaz de desequilibrar uma vida tão perfeitamente organizada. Não, sem dúvida procurava uma mulher diferente. Augusta tinha ouvido falar do tipo de esposa que exigia o conde. Tendo em conta que era um sujeito metódico, teria estabelecido pautas elevadas. Qualquer mulher que aspirasse a figurar em sua preparada teria que ser um paradigma de virtudes femininas: de mente e temperamento sérios, de maneiras e conduta dignos, e não ter sido roçada sequer por comentários maliciosos. Em total, a esposa do Graystone teria que ser um exemplo de decoro. «Precisamente uma mulher que não se atrevesse a bisbilhotar no escritório do anfitrião em plena noite.» -Imagino -murmurou o conde observando o pequeno caderno que sustentava Augusta- que quanto menos se comente será melhor. Suponho que a proprietária desse diário será uma amiga íntima. Augusta suspirou; já não tinha nada que perder. Era inútil clamar inocência. Graystone sabia mais do conveniente sobre sua pequena aventura noturna. -Sim, milord, assim é. -Augusta elevou o queixo-. Meu amiga cometeu o estúpido engano de transcrever em seu diário assuntos do coração, e quando descobriu que o homem em questão não correspondia esses sentimentos, lamentou-o. -É Enfield esse homem? A boca de Augusta se apertou em um gesto amargo. -A resposta é evidente. O diário se achava em seu escritório, verdade? Talvez lorde Enfield seja recebido nos salões mais importantes graças a seu título e a suas heróicas ações de guerra, mas no que respeita às mulheres, é um sujeito desprezível. A meu amiga roubaram o diário ao pouco de lhe dizer ao Enfield que já não o amava. Supomos que subornaram a uma donzela. -Supomos? -repetiu Graystone em tom suave. Augusta ignorou a velada pergunta. Não estava disposta a contar-lhe tudo. Em particular, não lhe revelaria como tinha conseguido acudir aquele fim de seman ...

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Comentários:
marylu: Ótimo!!!!.
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