Livro: Resgate da Paixão
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... Elizabeth Oldfield CAPITULO I Karis sentia-se completamente perdida: estava em dúvida se devia ou não procurar Claude. Tinha certeza de que se tratava da pessoa mais indicada para ajudá-la. Calmo, ele nunca perdia o controle da situação e conhecia Bangkok como ninguém. No entanto, o orgulho a impedia de fazê-lo. Afinal, eles haviam terminado um romance há seis meses. Correu os dedos pelos cabelos loiros e sedosos e olhou mais uma vez para o telefone. Se ligasse para Claude, qual seria a reação dele? Sem dúvida, não iria dar pulos de alegria. Afinal, pelo que tinha ouvido dizer, ele já estava com uma linda jovem tailandesa, recuperando-se muito bem do romance fracassado que tiveram. Mas, e daí? Também já não estava plenamente recupera¬da? Determinada, Karis atravessou a sala de estar com passos firmes. Uma indecisão daquelas era coisa de adolescente, e não de uma mulher de vinte e quatro anos. Discou o número lentamente, imaginando o que iria dizer. Mas não teve tempo, pois o telefone foi atendido ao primeiro toque. — Claude Mauroy. O tom de voz dele era tenso e impaciente. Era óbvio que estava ao lado do aparelho, esperando ansiosamente por um telefonema. De quem seria? Provavelmente da tailandesa. — Sou eu — murmurou, sem jeito —, Karis. — Karis? Que Karis? Ela se empertigou, indignada, os olhos azuis falseando de ódio. Como ele se atrevia a perguntar tal coisa? Quantas mulheres conhecia com um nome tão incomum? Claude era mesmo impossível! E dizer que ele jurara ser capaz de reconhecer sua voz em qualquer circunstância! — Karis Buchana — murmurou entre dentes. — Desculpe, mas estou telefonando por causa de Leon. Ficamos de jantar fora esta noite, mas ele não voltou para casa. — E o que espera que eu faça? Não vai querer que eu o substitua, vai? Já não sou mais seu companheiro. Tê-lo de volta era a última coisa que ela queria. E Claude sabia disso. Como então podia sei tão cínico? Certamente ...

referia pensar que ela havia passado os seis últimos meses chorando por sua causa. Era bastante arrogante para isso. Talvez imaginasse que ela estivesse inventando um pretexto para revê-lo. Karis achou melhor ir direto ao assunto. — Tudo o que quero é. — Não sabia que você estava na Tailândia. Quando chegou a Bangkok? — ele cortou, divertido. — Há três dias. — Ah. Cansou de "malhar" e resolveu tirar férias? Mais uma vez aquilo! Durante todo o tempo em que ha¬viam estado juntos, a academia de ginástica aeróbica de Ka¬ris sempre fora o grande ponto de atrito entre os dois. — Sim, pode-se dizer que sim — respondeu ela. — Mas, voltando ao que interessa: estou preocupada com Leon. Ele disse que estaria de volta às sete, no máximo, pois havia reservado uma mesa no restaurante para as oito. Já são quase dez horas, e ele ainda não deu sinal de vida. Claude não pôde conter um suspiro de irritação. — Permita que eu lhe esclareça alguns fatos da vida local, minha querida. Bangkok pode muito bem ser chamada de "Cidade dos Anjos", mas isso não impede que seu trânsito seja infernal. Seu padrasto provavelmente está preso em algum engarrafamento. — Às dez horas da noite? — É possível. Pode também ter acontecido algum acidente. Não com ele, mas você sabe como é. Uma batida no centro da cidade é capaz de atrapalhar o trânsito por horas. E a polícia daqui é bem lenta. Pode levar muito tempo para liberar o tráfego. — Acha que eu devo ligar para a polícia? — Absurdo! Leon deveria estar em casa às sete. Acha que a polícia sairia atrás de alguém que desapareceu apenas há três horas? — Mas, e se. — Não se preocupe. Não aconteceu nada com ele. Se há alguém que sabe se arranjar em Bangkok, esse alguém é Leon. — Você não compreende. Ele não. — Desculpe, Karis, mas preciso desligar agora. Estou esperando um telefonema a qualquer instante. Até logo. O telefone emudeceu. Onde estava o tão ...

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