Livro: Resgate Fatal
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... THE HUNGRY HEART MARGARET WAY Mergulhada num sono agitado, Liane sonhava que os braços poderosos de Julian erguiam-na da cama para aconchegá-la junto ao peito. "Eu preciso de você, Liane. Quero amá-la, agora!“ Ela sorriu num aceite mudo, mas só quando lábios muito reais tocaram os seus sofreu o choque da realidade. Então, não era um sonho. Julian Wilde, seu ex-marido, invadira seu quarto e a envolvia em sedução! Liane teria de lutar se não quisesse cair em uma nova armadilha! DIGITALIZAÇÃO: MARTA OLIVEIRA REVISÃO: CRIS BAILEY FORMATAÇÃO: ALÊ M. © 1988 Margaret Way Originalmente publicado pela Silhouette Books, divisão da Harlequin Enterprises Limited © 1990 para a língua portuguesa EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. CAPÍTULO I O intercomunicador soou como inúmeras vezes acontecia durante o dia, mas dessa vez Liane sentiu um frio no estômago, pressa¬giando algo ruim. — Quer vir um instante ao meu escritório, por favor? — chamou-a sir Eric Mossleigh, seu chefe. Novamente um arrepio de pânico. A voz do chefe traía um sen¬timento desagradável que confirmou seus maus pressentimentos. Imediatamente lembrou-se de Julian e do pequeno Jonathan. A idéia de algum acidente envolvendo a criança roubou-lhe o fôle¬go. O riso alegre e inocente de Jonathan, seu enteado, a quem ha¬via aprendido a amar como a um verdadeiro filho, voltou-lhe à mente, permeado pelas imagens do verão feliz que passaram em Cape Elizabeth, a linda casa de praia. Tinham vivido como uma verdadeira família ali. Nervosa, Liane dirigiu-se à sala do importante empresário. Enquanto aguardava a presença da secretária, sir Eric parecia estar pouco à vontade em seu luxuoso escritório. Sentia-se frus¬trado pela notícia que teria de dar a Liane Chantrill, por quem nu¬tria não apenas consideração e respeito profissional, mas também um profundo amor. Desde que a vira pela primeira vez, apesar de seus cinqüenta anos, sentira-se ...

paixonado como um colegial, nem ao menos considerando o fato de ela ser noiva de seu pior inimigo, Julian Wilde, homem de gênio difícil, sedento de vingança. Liane entrou no escritório e sir Eric convidou-a a sentar-se. Dei¬xava transparecer a angústia na face pálida e na voz trêmula. — Há algo errado, não é? Diga-me, por favor. — Fique calma, querida. Gower acaba de me trazer uma notí¬cia, ainda não confirmada, mas, por mais que eu deteste preocupá-la, acho que tem o direito de saber. — É Julian, não é? Aconteceu alguma coisa com ele. Profundamente contrariado ao ver o semblante dela tão apreensivo, sir Eric segurou-lhe a mão e disse num tom triste: — Eu já devia imaginar que você pensaria nesse homem antes de tudo. Não é Wilde, minha cara, é o filho dele. — Jonathan? — Liane viu confirmado seu maior temor. — Pedi a Gower que confirmasse a notícia junto ao próprio co¬missário de polícia. O que se sabe até agora é que alguém tomou o lugar do motorista de Wilde. O menino foi apanhado na escola no horário de sempre, mas não chegou em casa. A governanta deu o alarme. — Ele explodiu, então, em acusações: — Você sabe co-mo Wilde gosta de exibir seu alto padrão de vida, não é? Nessas circunstâncias um seqüestro não chega a ser surpreendente. Liane sentiu-se ferida com o tom de acusação de sir Eric. — Não diga isso! Ninguém no mundo poderia cuidar melhor daquele menino do que Julian. Ele nunca permitiria que algo de mau acontecesse ao filho. Jonathan é tudo para ele. — É comovente a sua lealdade para com esse homem, querida, especialmente depois da maneira indigna como ele a traiu. — Es¬sas palavras vinham carregadas de ciúme. — Mas, se você insiste em defendê-lo, paciência! De qualquer forma, a demonstração de opulência em que Wilde vive não ajuda muito. Sempre existem pes¬soas maldosas que desejam tirar uma fatia do bem-estar alheio. Wilde refez muito rapidamente e riqueza ...

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