Livro: Noivos por um dia Página 2

... quecer. Agora, pela primeira vez, seja uma boa menina e faça aquilo que lhe dizem! Quando ela respondeu com uma torrente indignada de insultos, Jon repetiu que tinha trabalho a fazer e desligou o telefone. — O que foi isso? — indagou Brad, seu sócio, que entrara no escritório a tempo de ouvi-lo bater o telefone. Jon suspirou e apanhou uma caneta com ar pensativo. — Bem, se não me engano acho que acabo de recusar a oportunidade de ficar noivo de uma loira muitíssimo atraente, com os olhos azuis mais bonitos que você já viu, e completamente biruta. — Quando Brad o encarou com um ar confuso, Jon explicou: — Jessica Delaney. — Ah, começo a entender. Mesmo assim, meu amigo, tem certeza de que não vem tomando muito sol? Jon balançou a cabeça e salientou que era setembro e não havia muito sol fazia uma semana. A muitos quilômetros dali, do outro lado de Thunder Bay, numa casa não muito longe do Parque Centennial, Jessica Delaney, a garota em questão, bateu o telefone e resmungou: — Droga. Aquele rato não vai me ajudar. Um adolescente, loiro e sardento, que acabara de chegar da escola, desviou o olhar da revista de carros quando a irmã, os olhos azuis dardejando, entrou na sala batendo os pés e se jogou numa poltrona. — Que rato? — Jon Stuart. — O brilho no olhar de Jessica se intensificou quando ela continuou, pesarosa: — Ele teria sido o noivo perfeito. Você sabe, cabelo castanho-claro, olhos cinzentos, pernas longas. e até mesmo é contador. — Jessica Delaney, você enlouqueceu de vez? — O irmão começou a se levantar da poltrona. — Oh, Nick. Claro que não. Eu só queria que ele fosse meu noivo por uma noite. Nick sentou-se outra vez, intrigado, e Jessica se levantou intranquila e foi até a janela. — Por quê? — ele quis saber. — Bem — Jessica começou, sem olhar para o irmão —, quando parei de trabalhar como professora porque queria escrever um livro pensei em apenas ficar em casa e escrev ...

�-lo. Mas estou descobrindo que sinto falta do contato com outras pessoas, sem falar no dinheiro. — Certo. Então se candidatou ao emprego de recepcionista no Hotel Whitefish, na estrada. Não precisa de um noivo para isso, Jess. — Mas a questão é essa, Nick. Preciso. — Jessica se virou para encará-lo. — Na verdade preciso de um marido. mas, como não tenho, disse ao sr. Sanegra, o proprietário, que ia me casar logo. E que não íamos sair em viagem de lua-de-mel porque meu futuro marido era contador, e queríamos guardar dinheiro. Achei que ele não gostaria se pensasse que eu poderia pedir uma licença tão cedo. — Jess, de que está falando? Por que você precisaria de um marido? — Nick soltou a revista no chão e se inclinou na direção dela. Jessica riu com pesar, sentou-se outra vez na poltrona, e ele acrescentou com um sorriso: — Se todas as ex-professoras são malucas como você, não é de estranhar que nossas escolas estejam tão confusas. — Você fala como papai. Não sou maluca e, como sabe muito bem, fiz um ótimo trabalho com as crianças. Elas sempre parecem gostar de mim. — Jessica ergueu o nariz e assumiu um ar altivo. — Faz sentido. Acham que você é uma delas. Mas, se não explicar sobre o que está falando, Jess, acho que eu vou acabar ficando maluco. — O caso é: quando fui ao Whitefish hoje de manhã, encontrei minha amiga Brenda na porta e ela disse que eu provavelmente não conseguiria o emprego porque o sr. Sanegra não gosta de mulheres solteiras. Brenda é a recepcionista que está saindo para ter um filho. — Eu sei, você já me disse — Nick observou, impaciente. — Sim claro que disse mas, como os carros costumam ser a única coisa que prende sua atenção por mais de dois minutos, pensei que talvez tivesse esquecido. De qualquer maneira, Brenda disse que o sr. Sanegra decidiu que quer uma mulher casada para o emprego. Aparentemente, antes de contratá-la, ele teve um bando de recepcionistas qu ...

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