Livro: Segredos de Um Coração
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... Chris Botech Elizabete havia sido seqüestrada e estava sendo mantida em um cativeiro, numa pequena casa de um sítio isolado, já por três dias. Não sabia a razão de estar naquele lugar, pois não tinha bens nem inimigos. Estava sendo muito bem tratada e o homem que a vigiava, que se identificou simplesmente como Fernando, apenas lhe revelou que estava fazendo um favor a um amigo. Em todos os momentos em que estiveram juntos, Fernando foi impecavelmente educado e cortês. Estava claro que era um seqüestro atípico e Elizabete acreditava que a qualquer instante ganharia a liberdade. Até que em um determinado momento em que estava só, Elizabete escutou passos vindos de trás da porta. Depois, ouviu o ruído de chaves na fechadura - aliviada, pensou que iria ser solta, finalmente, mas para sua surpresa, quem entrou foi Eric. Eric era o rapaz que ela rejeitara há dois anos. O seqüestro fora o meio desesperado que ele encontrou para voltar a ficar frente a frente com Elizabete. Eric não estava ali para libertá-la e sim para exigir que ela o aceitasse novamente em sua vida. Digitalização: Silvia Revisão: Cynthia Prezada leitora: O destino é caprichoso e às vezes escreve por linhas bem tortas. Se ao depararmos com as situações adversas, as armadilhas que o destino nos prepara, nós nos esquivarmos sem ao menos questionar se determinada situação não pode se reverter a nosso favor, é possível que agindo assim estejamos desprezando as melhores oportunidades de nossas vidas. Boa leitura. Chris Botech Segredos de um Coração COLEÇÃO DOCES MOMENTOS Capa: Alexandre Jabran Capítulo 1 UM SEQÜESTRO Uma jovem, chamada Elizabete, se vê presa em uma casa estranha, em um local desconhecido. Havia sido seqüestrada mas tentava manter a calma. Não tinha a menor idéia por que a haviam escolhido para ser seqüestrada, uma vez que não tinha bens nem inimigos. Eli ...

abete contemplava o entardecer, tudo que se ouvia a sua volta era o som de um riacho que seguia seu rumo e pássaros que cantavam ao longe. Olhou para o homem que se aproximava dela com um andar calmo. — Hora de entrar — ele disse ao se aproximar. — Por que você me mantém presa aqui nesses três dias? - ela perguntou, esgotada de tanto fazer a mesma pergunta ao estranho. Mais de mil vezes ela se perguntou por que a atacaram e a levaram, se não era rica nem tinha inimigos. Sua vida era comum. Será que não erraram de pessoa? Ela relembrou como fora abordada por um carro escuro com três homens encapuzados, quando voltava para casa tarde da noite. Eles fizeram com que ela perdesse os sentidos e lá estava ela presa desde então. Andou pela pequena casa, não podia perder a calma, mesmo assim estava em pânico. Será que a soltariam? Ou iria morrer se não conseguissem o que queriam? Cansada, foi para o quarto e deitou na cama, adormecendo sem comer nada. Acordou na manhã seguinte e foi ao banheiro, olhou sua imagem no pequeno espelho, parecia que estava doente, as olheiras rodeavam seus olhos, os cabelos longos estavam em desalinho. Elizabete lavou o rosto, penteou os cabelos e foi para a cozinha. Fernando a esperava com a mesa posta com o café da manhã. Sorriu ao vê-la. — Não tocou no jantar — ele foi logo falando, sem lhe desejar bom-dia. — Não estava com fome — ela respondeu calma. — Você vai acabar fraca desse jeito, moça — ele brincou. — Fernando, podemos conversar? — Podemos sim, o que quer saber? — Tem certeza que vocês não erraram de pessoa? — Claro que não erramos! Você não é Elizabete Duarte? — Sim. Mas não tenho dinheiro e não tenho inimigos, por qual motivo eu estou aqui? — Não posso dizer, nem poderia deixá-la sair! Fernando terminou de falar e já ia embora. — Por favor, deixa eu ir, minha mãe deve estar preocupada, a polícia deve estar atrás de mim, você sabe que vai ser preso, ...

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