Livro: O Barco das Ilusões Perdidas - Kay Thorpe
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... Kay Thorpe Ed. Colecionador – 23 Kay Thorpe - Barco ilusões perdidas (Sabrina 33) Um incidente colocou Tracy a bordo daquele navio comandado por um homem que não sabia os caminhos do amor. Digitalização e Revisão: Alice Maria Querida leitora, Este mês escolhemos a autora Kay Thorpe, que escreveu inúmeros romances, um melhor do que o outro! Espero que você goste da nossa seleção e que ao ler ou reler estas histórias você relembre de paixões e momentos inesquecíveis. Fernanda Cardoso – Editora Copyright © 1972 by Kay Thorpe Originalmente publicado em 1972 pela Mills & Boon, Londres, Inglaterra, uma divisão da Harlequin Enterprises Limited. Título original: “Not Wanted on Voyage” Tradução: Vera Lídice Reyes Publicado originalmente em língua portuguesa em 1979 pela Editora Nova Cultural Ltda. Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada através de contrato com a Harlequin Enterprises Limited, Toronto, Canadá. Silhouette, Silhouette Desire e colofão são marcas registradas da Harlequin Enterprises B. V. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Editora e Publisher: Janice Florido Editora: Fernanda Cardoso Revisor: Eliel Silveira Cunha Editoras de Arte: Ana Suely S. Dobón, Mônica Maldonado Paginação: Dany Editora Ltda. EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Rua Paes Leme, 524 – 10º andar CEP 05424-010 - São Paulo - SP Copyright para a língua portuguesa: 2002 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Impressão e Acabamento R. R. Donnelley América Latina Tel.: (55-11) 4166-3500 CAPÍTULO I O navio estava ancorado bem no fim do cais. As luzes, através da neblina, indicavam sua localização. Já haviam terminado de carregá-lo havia muito tempo. Os guindastes estavam nas docas, imóveis e lúgubres, como garras ...

e aço ferindo a noite. Tracy parou ao pé da prancha de embarque, aconchegando-se no calor confortante de seu casaco. Os olhos percorreram o casco do navio, que mal se distinguia na névoa, procurando a proa para ler o nome. De onde estava era impossível ver o nomecompleto. Tudo o que conseguiu decifrar foi Star pintado com letras brancas. Entretanto isso já era o bastante para confirmar. Era o Atlantic Star, vapor cargueiro, que partiria pela manhã para as Antilhas e América do Sul. Ela faria parte da tripulação. É verdade que se houvesse outros pretendentes ao cargo ela não teria conseguido vencer o convencionalismo tão facilmente. Mas não aparecera ninguém, e em desespero de causa deram-lhe o posto. E aí estava ela. Oficial-médica de bordo durante os próximos três meses da viagem de ida e volta. Tempo suficiente para pôr em ordemo pensamento e aprender a controlar suas emoções, pensou Tracycom um suspiro. Por estranha coincidência, fazia exatamente três meses que ela conhecera Derek. Três meses a contar do dia em que pela primeira vez entrara no setor de cirurgia de Glenfatl Road e se apaixonara pelo homem esguio e de rosto sério para o qual iria trabalhar. Não percebeu logo no início o que lhe acontecia, só bem mais tarde é que descobriu, quando tomou consciência de que estava com ciúme e inveja de Dorothy, que tinha direito de ficar com eleenquanto ela não tinha. Mesmo assim não conseguia se decidir a deixá-lo. Até o dia em que surpreendeu nos olhos dele um reflexo de suas próprias emoções e caiu em si. Desesperada, então, para fugir de uma situação que se tornaria insustentável para os dois, agarrou-se à solução que, sem querer, um de seuspacienteshavia oferecido. Esse paciente tinha um filho que trabalhava nos escritórios da companhia que era dona do Atlantic Star. Derek não tentara dissuadi-la quando anunciou a intenção de abandonar a clínica. Ele sabia tão bem quanto ela que essa era a única coisaa f ...

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