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Verão em Istambul

Livro: Verão em Istambul

Autor - Fonte: Anne Hampson

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... Depois da morte do noivo, Jeanette fez uma promessa: nunca mais voltaria a amar. Não queria passar outra vez por todo aquele sofrimento, que transformou seu coração em pedra e sua vida num vazio sem fim. A convi¬te do irmão, que trabalhava no consulado da Turquia, refugiou-se com sua dor na paisa¬gem milenar de Istambul, esperando que isso lhe trouxesse paz. Mais uma vez, porém, foi derrotada pela força do amor. Sem saber co¬mo, apaixonou-se por Craig Fleming, um ho¬mem que só tinha olhos para Diane, a bela e sofrida mulher por quem esperava há tantos anos. E Jeanette era novamente forçada a fu¬gir, dessa vez de si mesma, do amor que sen¬tia por Craig, da impossibilidade de ser feliz. Verão em Istambul Anne Hampson “Beyond the sweet waters” CAPITULO I Jeanette deixou-se ficar junto à janela de seu quarto, contemplando os montes asiáticos que se recortavam além do estreito, contornando o mar. O cenário familiar parecia pegar fogo à medida que os raios fulgurantes do pôr-do-sol resplandeciam magnificamente nas águas calmas do Bósforo. As primeiras luzes tremulas\' das lanternas dos pescadores começaram a surgir, bem como as das pequenas vilas ao longo da costa. Franziu a testa ao ouvir as vozes que vinham do jardim, e seu devaneio foi substituído por um estranho sentimento de impaciência. Craig Fleming viera jantar com eles. Ele e seu irmão, Mark estavam conversando lá embaixo. Havia se passado um mês desde que se encontrara pela primeira vez com Craig. Ele veio visitá-los quando ela chegou, mas seus cumprimentos foram bastante formais. Jeanette logo se deu conta de que ele tinha vindo ali somente por cortesia ao amigo Mark, e não pelo desejo de conhecê-la. A avó de Craig pertencia à antiga aristocracia que se estabelecera em Istambul há muitos anos, e ele tinha herdado um ar majestoso e superior, que contrastava radicalmente com a falta de segurança que ela mesma transmitia. Jeanette foi até a penteadeira e ...
panhou uma escova. Deteve-se em frente ao espelho, contemplando-se por alguns momentos. Havia sido avisada por Mark de que receberia inúmeros convites para jantares, bailes e várias recepções do consulado. Por isso, antes de viajar para a Turquia, gastou boa parte das economias no seu guarda-roupa. O vestido azul-escuro, bordado de dourado e prata, foi uma de suas compras mais caras, mas ela sabia que ele lhe caía extremamente bem, acentuando suas formas esguias e elegantes. Combinava com seus olhos e com seus cabelos. Começou a escová-los, devagar. Eles eram lisos e bonitos, cortados na altura dos ombros. Como sempre, estava se atrasando o mais que podia para o encontro com Craig. Por fim, deixou a escova na penteadeira e desceu a escada que conduzia ao jardim. As árvores estavam cheias de lâmpadas coloridas, que iluminavam o jardim de maneira discreta e envolvente. Tony, que dividia a casa com Mark, juntara-se a eles. Todos estavam sentados em volta de uma pequena mesa desmontável, e Mark servia os drinques. Jeanette deteve-se por um momento na sombra, sem ouvir a conversa ou o barulho monótono dos barcos dos pescadores, pois sua atenção estava fixa na figura de Craig. Ele estava recostado confortavelmente na cadeira, e havia arrogância até na forma despreocupada com que estalava os dedos. Seu rosto estava voltado para ela, porém ele não a via. Era um belo rosto, sem dúvida, mas orgulhoso. Demasiado orgulhoso. Os cabelos escuros, as sobrancelhas arqueadas, o maxilar largo, determinado. Tudo isso contribuía para que sua expressão fosse de poder e força, impressão que a tinha perturbado desde a primeira vez em que o vira. A presença de Craig fazia com que o passado se tornasse distante e irreal, e ela se ressentia por isso. Em casa, seus pensamentos sempre haviam se mantido leais a Ned. Ned, que amava a natação, e que se fora de repente. A dor antiga tornou a apertar seu coração, à medida que ela relembrava o breve e feliz relacion ...

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Comentários:
esther: Muito "mi, mi,mi.é não acontece nada de interessante,não gostei,entediante, sem paixões sem romance.RUIM..
Mary Santos : O romance é lindamente maravilhoso amei,mais a mãe dele é uma peste.
ivonete: Típico romance turco... homens mando~es.. e mulheres obedientes, muito embora não fosse turcos, e sim Ingleses até onde compreendi..., Gostei muito, a história é muito boa, e o final tbm ....
Jo: Bom, sem grandes expectativas..
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