Livro: Nunca diga Não
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... Claudia Jameson Você não é meu tipo, disse o milionário Adam Francis quando encontrou Jane pela primeira vez. No entanto, começou a dar em cima dela de todas as maneiras. E não era na¬da fácil para Jane resistir à tentação: Adam era o homem mais atraente que ela já tinha conhecido. Um sentimento selvagem, sur¬preendente e incontrolável tomou conta de seu coração. Era a paixão! Mas Jane lutava como podia contra aquela febre que parecia não ter cura. Não queria se arriscar a sofrer por amor como no passado. E havia também o problema de seu pai. Adam, porém, era persistente e a levava à loucura com seus cari-nhos. Jane conseguiria resistir? Digitalização: Joyce Revisão: Bruna Cardoso CAPÍTULO I Providenciar tudo que fosse necessário para o conforto e o bem-estar do milionário. Jane suspirou, preparou a máquina de escrever e recomeçou a datilografar. Tinha extrema agilidade nisso; seus dedos tocavam as teclas com uma rapidez admirável. Porém, o carro da maldita máquina disparou, provocando um barulho agudo. Profundamente irritada, teve vontade de largar tudo e ir correndo para casa, embora soubesse que nem lá encontraria sossego. Seu pai piorava a cada dia. A doença ia tomando conta dele de forma implacável. Naturalmente o velho não cedia e vivia afirmando que estava bem, mas Jane o via definhando, emagrecendo e sofrendo. O coração dela se apertava à lembrança do pai que tanto amava. Telefonou para a companhia que consertava máquinas de escrever, mas não havia um só técnico à disposição. Como não bastassem todos os problemas, ainda tinha que agüentar aquilo! Tanto trabalho a fazer e a droga da máquina quebrada! No escritório não havia outra disponível. Assim, Jane achou melhor alugar uma, o que não foi difícil. Em menos de uma hora tudo estava novamente sob controle. — Boa tarde, Jane. Você está outra vez trabalhando na hora do almoço? — Estou um pouco atrasada. Preciso apronta ...

este relatório até o final da tarde e estou começando agora. — O Dr. John Brinkman é um homem de sorte por ter uma secretária dedicada como você. Pelo menos ele lhe dá valor — Paul\\\' Meekins era sempre gentil, cordial. Na verdade, ainda se sentia atraído por ela, intrigado e até mesmo preocupado, apesar de já ter descoberto o grande mistério que a envolvia. Agora sabia alguma coisa da vida de Jane, pelo menos da vida afetiva: ele a havia visto com o namorado, se é que se pode chamar assim. A discrição, no entanto, fazia com que Paul não tocasse no assunto. Era como um acordo, um segredo só deles. Jane sempre fora muito reservada e não admitia que ninguém se intrometesse em sua vida. Os colegas de trabalho nem desconfiavam que aquela mocinha de cabelos pretos, olhos verdes e corpo esguio tinha um coração sensível, uma vida no momento confusa e uma série infindável de preocupações. Paul Meekins continuava parado na porta da sala. Era um rapaz atraente e muito simpático. Sempre que podia, vinha visitar Jane. Trabalhava duramente, com empenho e dedicação, desde que saíra da faculdade. Embora um tanto tímido, não se cansava de flertar com ela. Convidara-a para sair pelo menos umas cinco vezes em duas semanas e nas cinco vezes levara um não como resposta. Tamanha fora a insistência dele que Jane achara melhor dizer que estava envolvida com outro homem. Depois disso Paul a havia surpreendido com o namorado e nunca mais fizera convites, embora sempre lhe dirigisse elogios e palavras gentis. — Preciso falar com o seu chefe por dez minutos — disse ele, entrando na pequena sala. — Impossível. Ele está viajando. — Oh, não! — Talvez eu possa ajudá-lo. Ele vai telefonar no fim do expediente e posso transferir a ligação para você. — Estou saindo para uma reunião com o pessoal da American Goods e creio que não voltarei a tempo. — Tem alguma coisa a discutir com o chefe? — Queria que ele desse uma olhada n ...

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