Livro: O castelo da tentação
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... Return to rapture Margaret Hudson Koehler Super Sabrina nº 29 Mônica sabia que voltar à Escócia era perigoso. Mas tinha que enfrentar todos os riscos para descobrir por que Ian MacGregor — aquele fascinante conde por quem havia se apaixonado um ano atrás — desapareceu de repente. E quando se reencontraram, depois de tanto tempo, o desejo ainda ardia entre eles. Porém um mistério sombrio endurecia o coração de Ian: ele não queria se aproximar de Mônica! Que segredo cruel impedia que o amor continuasse a trilhar o doce caminho das carícias? Que problema podia ser tão grave? Aquela paixão profunda estava arrastando Mônica para o abismo do desespero. Digitalização e revisão: Nell Título original: “Return To Rapture” Copyright: © by Margaret Hudson Koehler Publicado originalmente em 1983 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá Tradução: Cristina Dinamarco Copyright para a língua portuguesa: 1984 Abril S.A. Cultural - São Paulo Esta obra foi integralmente composta e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. CAPÍTULO I — Senhoras e senhores, sua atenção por favor. Aterrissaremos em Prestwick em vinte minutos — dizia o comandante do avião, com acentuado sotaque britânico. — Devo também informá-los de que o clima que nos aguarda é tipicamente escocês, ou seja, garoa e vento. Portanto, preparem suas capas de chuva. A gorda Sra. Ewing abriu o zíper de sua maleta e dela tirou um velho e amassado gorro de veludo. — Estou preparada para qualquer tempo — disse, colocando-o. Depois virou-se para o marido, sentado a seu lado: — Você não esqueceu as suas galochas, não é, Percy? — Claro que não. Estão numa das malas. Só poderei achá-las depois que liberarem a bagagem. — Você devia tê-las colocado na minha maleta. A Sra. Ewing era o tipo de pessoa que queria tomar conta de tudo e de todos. Com um insuperável ar maternal, perguntou a Mônica se havia traz ...

do a capa. — Trouxe tudo de que preciso para me defender do clima úmido da Escócia — respondeu Mônica, forçando um sorriso. Não se sentia disposta a aturar os carinhos extremados e a preocupação exacerbada da Sra. Ewing. A velhota sem dúvida era bem-intencionada, mas, desde que deixaram o aeroporto Logan, de Boston, vinha se portando como mãe de Mônica, o que a irritava profundamente. A Sra. Ewing estava sentada na poltrona ao lado da janela. Seu marido, de feições grosseiras e quase sempre calado, na do meio, e Mônica na do corredor. Mônica não conseguira fechar os olhos durante toda a viagem. Uma desagradável combinação de excitamento e apreensão afastara o sono. Não conseguia relaxar os músculos tensos nem corresponder à amabilidade da senhora, e isso poderia se transformar num grande problema; afinal, tanto a Sra. Ewing quanto os demais passageiros haviam pagado uma boa soma para receber a atenção dela. Mônica fora contratada pela Companhia Tapetes Mágicos para alegrar o vôo e orientar e ajudar os passageiros no que fosse necessário. Assim, era preciso esquecer os próprios problemas e agir como uma profissional. Mas parecia-lhe impossível ignorar as recordações e o verdadeiro motivo da viagem. Por mais que tentasse afastar o pensamento do passado, as lembranças e a saudade lhe invadiam o coração e a mente, num misto de angústia, sofrimento e intranqüilidade. “Eu não deveria ter voltado para a Escócia. Como sou idiota! Sei o que vou encontrar aqui: mágoa, tristeza e lágrimas.” Sentiu vontade de correr até a cabine de comando e pedir que o avião desse meia-volta e retornasse para Boston. Nem sabia por que aceitara o convite para ser guia de turismo. Mas nem tivera tempo para pensar a respeito. Além disso, conduzir um grupo de velhos americanos até a Escócia pareceu um trabalho tão agradável, tão simples, que ela não teve como recusar. Mas foi seu coração que influenciou a decisão. Escócia! Um ...

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