Livro: A Princesa Secreta
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Autor - Fonte: Wolf Hall
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...
E o cão terá seu dia.
William Shakespeare
Hamlet
Wolf Hall
Northumberland, Inglaterra
Outubro de 1487
É uma mocinha de pernas compridas - observou sir Giles Cavendish, con¬de de Thornbury. - Parece um potro de primavera.
O tutor da menina, sir Edward Brampton, forçou um sorriso, embora a avaliação do conde quando a sua querida Alícia nas¬ceu o fizesse temer pelo futuro dela. Em voz alta, replicou:
_De fato, e num belo dia terá se tornado uma beldade. Já notou que ela herdou a estatura do pai. Pois possui também a legendária beleza da família.
Sem dúvida, Alícia era a cara de seu real progenitor, ainda que não gozasse da proteção de um nascimento legítimo. Um arrepio frio percorria a espinha de sir Edward à simples idéia do que aconteceria com a protegida se os espiões de Henry Tudor descobrissem sua existência. O primeiro primo dela, o pobre débil conde de Warwick, já definhava na Torre ao prazer do novo rei.
O conde desviou o olhar da criança de cabelos dourados que se divertia com um jogo de cama de gato no fundo do salão.
_A mocinha sabe dos pais? - inquiriu. Sir Edward moveu a cabeça negativamente.
_Não, pensa que a família eram pequenos agricultores que morreram da praga quando ela era bebê. - Abriu um largo sorriso. - Acredita que minha esposa e eu sejamos o ourives de York e sua esposa. Achei mais seguro esconder- lhe a verdade até que atinja a maioridade., ou se case. – Permitiu à última palavra pairar no ar entre eles.
Sir Giles bebeu cerveja da caneca de estanho.
_Por que escolheu minha família? - questionou. - Não seria melhor para a menina casar- se dentro de sua própria classe e perder- se no azáfama de York?
Sir Edward franziu o cenho.
_Foi precisamente por esse motivo que vim ao senhor. Ela nasceu mais elevada do que qualquer comerciante de York. Embora o pai levantasse saias da França às fronteiras esco¬cesas, foi também nosso último rei Edward, que Deus tenha sua alma. - Fez um r
...
pido sinal da cruz.
Sir Giles o imitou.
_Amém. - Olhou para sir Edward, ao mesmo tempo que tamborilava com os dedos o tampo da mesa de tábuas largas. - Contou- me uma história interessante, lorde Brampton. Gos¬tei principalmente da parte em que o rei Edward o chamou a sua barraca antes da batalha de Bosworth e confiou- lhe o re¬bento do irmão. - Inclinou-se para a frente na cadeira. - Mas que prova tem?
Sir Edward reteve o fôlego. Os minutos seguintes selariam o destino de Alicia.
_Conhecia bem o rei Edward? - indagou, remexendo a fivela na gasta bolsa de couro em seu colo.
_Sim, tanto quanto à minha própria esposa de memória abençoada. - O velho conde riu. - Minha senhora jurava que eu preferia a companhia de Edward à dela. As vezes, eu preferia mesmo, pois a mulher era uma resmungona. - Com um suspiro, tomou outro gole de cerveja. - Agora que partiu para o merecido descanso, sinto sua falta. Agora, o que me diz, meu senhor?
Sir Edward tirou um saquinho de veludo azul da bolsa.
_Por acaso reconhece isto? - Tinha um broche na palma da mão.
Sir Giles arregalou os olhos diante do esplêndido rubi oval incrustado em ouro, com uma grande pérola em forma de lá¬grima pendente.
_Sim, e é uma alegria revê-lo. Era o adereço favorito de Sua Graça para enfeitar o barrete. Exibe- o num retrato que escondi.
_Um dote adequado a sua última filha. - Sentindo que estava próximo do objetivo, sir Edward baixou a voz. - O rei Richard deu-me uma bolsa de moedas de ouro para acompanhar o broche. Não queria que Alícia se unisse ao marido como indigente.
O conde olhou- o feio.
_A jóia basta, embora as moedas possam aliviar minha carga de impostos. Que os Tudor e seus comparsas apodreçam no in¬ferno! Vão esmagar o país com seus malditos impostos. Mal con¬sigo fechar as contas. Meus arrendatários já estão sem recursos.
_Eu sei, tem sido igualmente difícil para ourives honestos, meu senhor. - Sir Edward ergueu o broche. A luz do fogo na lareira ...
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Comentários:
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Bruna: Mais que perfeito é maravilhoso.
jo: gostei muito..
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