Livro: Uma paixão para sempre Página 2

... o. — E como é que ele era? — insistiu Karen. — Ora. sra. White. não tenho tempo para fazer este tipo de observação, A senhora com certeza sabe qual é a aparência de seu marido. — Não tenho marido e não sou a sra. White. A sra. White é minha mãe. O pai de Tony e eu não somos casados. — Karen notou que a secretária ficou chocada. — O sr. Mackindall sabe disso. Ele ainda se encontra aqui? — Não. Hoje ele saiu cedo. Foi por isso que deixou comigo o recado para a senhora. — E a senhora não se lembra de como era o homem que se anunciou como pai de Tony. — disse Karen, em tom acusador. —- Gostaria que fizesse um esforço para se lembrar. Para mim é muito importante saber que Tony encontra-se com seu pai e que não partiu na companhia de um estranho. A sra. Craig arregalou os olhos e ficou boquiaberta. — Meu Deus! — murmurou. — A senhora acha que. Oh. não! O sr. Mackindall jamais haveria de permitir que alguém fizesse uma coisa dessas e se certificaria de que o homem era realmente pai de Tony. — Ele era alto? Mais alto do que eu? — Era. sim, com toda certeza. — E tinha cabelos pretos e compridos, despenteados? — Hum. tinha cabelos pretos, sim, mas bem cuidados. Agora me lembro de que ele tinha a pele queimada de sol, como se tivesse trabalhado muito ao ar livre. — Pois então era Val — disse Karen, sem saber se sentia alívio ou ansiedade diante da notícia de que Tony estava com Valentino Knight. — É o pai de Tony — explicou rapidamente, ao notar a curiosidade estampada no olhar da sra. Craig. — A senhora deve estar achando que sou louca. Desculpe-me por tê-la incomodado. Não esperava que ele viesse hoje. Refiro-me ao pai de Tony. Hoje em dia a gente ouve histórias horripilantes, de crianças raptadas por estranhos, que algumas vezes exigem dinheiro e até mesmo chegam a. matá-las. — Não foi nada. Compreendo perfeitamente — disse a sra. Craig, sorrindo, o que para ela devia representar um e ...

forço imenso. — Espero que encontre os dois em casa. à sua espera. — Muito obrigada. Boa tarde e bom fim de semana. Karen saiu da escola o mais rapidamente possível, e ao se ver na calçada correu em direção ao carro. Dentro estava quente e abafado e ela baixou, novamente, o vidro da janela. Seguiu pela avenida e ao chegar ao fim dobrou à direita, seguindo a rua à beira do lago. Seu coração batia furiosamente e sua garganta estava seca. Agora não duvidava que era mesmo Val quem tinha ido buscar Tony na escola. O homem descrito pela sra. Craig só podia ser ele. Mas por que viera procurar o menino? O que queria? Devia ter avisado Karen de sua vinda. Devia ter comunicado que queria ver Tony. Como sabia em que escola o garoto estava matriculado? Havia somente uma resposta para essas indagações: Val devia ter passado em sua casa e a mãe de Karen o informara. Virou à esquerda e seguiu pela avenida onde morava. As folhas das árvores tinham um reflexo alaranjado à luz do sol. Os gramados apresentavam-se aveludados e verdejantes,, e os canteiros de flores exibiam todas as cores do outono: laranja, escarlate, púrpura, bronze. As residências eram todas pintadas de branco, mas cada uma delas tinha uma fachada diferente. Ainda assim se pareciam umas com as outras. As vidraças refletiam o sol. as portas de entrada eram muito coloridas e todas tinham garagem para dois carros. Havia um carro parado no número 1720, onde Karen morava com sua mãe. Pamela White. Ao vê-lo, Karen sentiu um certo alívio, na esperança de que Tony tivesse sido trazido por seu pai. Mas assim que estacionou, reconheceu imediatamente o automóvel: pertencia à sua irmã mais velha, Íris, e suas sobrinhas Babs e Tina brincavam na casa ao lado, com as filhas da vizinha. Tony não se encontrava com elas. — Mamãe? Íris? Onde é que vocês estão? — chamou Karen assim que entrou no hall. — No quintal!— respondeu Íris. Num dia tão agradável como aquele, o que mais ...

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