Livro: Uma paixão para sempre
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... Between Pride and Passion Flora Kidd CAPÍTULO I O tráfego, naquela tarde de sexta-feira. estava congestionado. As três pistas da estrada estavam entupidas de caminhões, ônibus e automóveis, todos se dirigindo para oeste, o que forçava muitos motoristas a diminuírem a velocidade, pois a luz imensa do sol poente os cegava, ainda que usassem óculos escuros. Eram meados de outubro e ainda fazia calor. Karen White abaixou o vidro de seu pequeno carro, enquanto aguardava em um semáforo. Arrependeu-se imediatamente do que tinha feito, pois quase sufocou com a fumaça expelida por um caminhão que estava na pista ao lado. Finalmente o sinal verde acendeu e o carro que estava na frente de Karen prosseguiu, virando a esquerda. Ela o seguiu através das fileiras de automóveis. Logo dobraram à direita, novamente à esquerda e ela chegou finalmente ã larga avenida, toda arborizada, no subúrbio onde morava. Karen consultou o relógio. Eram três e vinte da tarde e logo a aula de Tony, seu filho de seis anos. terminaria. Ela esperava que o menino se lembrasse de que iria buscá-lo a fim de comprarem roupas de inverno e botas numa loja que estava fazendo liquidação. O prédio da escola tinha apenas um andar e era todo cinza, com as molduras das janelas pintadas de verde e branco. Karen estacionou o carro junto à calçada. Algumas crianças ainda estavam à espera de seus pais. Brincavam na avenida, perto das árvores, cujas folhas começavam a amarelar, e outras jogavam futebol no pátio da escola. Tony não estava em nenhum dos dois grupos e ela presumiu que o filho se encontrasse no interior do edifício. Karen era esguia e elegante. Naquela tarde usava uma saia justa, de tweed amarelo e marron. Suas pernas, longas e bem-feitas, eram valorizadas pelas sandálias de salto alto, e seus cabelos castanhos, espessos e ondulados, lançavam reflexos dourados. Karen abriu a pesada porta principal e entrou no vestíbulo, que estava vazio e silencioso. Não havia o m ...

nor sinal de Tony. De uma sala à direita vinha o barulho de uma máquina de escrever. Caminhou até lá e verificou que a porta estava ligeiramente aberta. Ela bateu e entrou. Uma mulher de cabelos grisalhos batia à máquina e parecia estar muito ocupada. Sobre a mesa havia um pequeno bloco de madeira, anunciando que ela era Phyllis Craig, secretária da escola. — Desculpe. Sou mãe de Tony White. Pedi a ele que me esperasse após as aulas. Sabe se ele ainda se encontra aqui? — Qual é a classe dele? — perguntou Phyllis Craig. Era muito pálida e havia uma expressão cansada em seu olhar. Tinha a aparência de quem não aguentava mais a escola, e não via a hora de ir embora. — É aluno da srta. Watson. — Ah. sim, agora me lembro. — A sra. Craig pegou uma caderneta e folheou as páginas. — O sr. Mackindall deixou um recado para a senhora. O pai de Tony veio à escola na hora do almoço e pediu permissão para levar o menino para ir comer com ele. O sr. Mackindall concordou, mas Tony não voltou mais. — O pai de Tony? — repetiu Karen, sem acreditar no que ouvia. Tinha a horrível sensação de que dedos gélidos agarravam seu coração e o apertavam, impedindo o sangue de circular por seu corpo. Oscilou ligeiramente e sentou-se na cadeira mais próxima. Havia uma expressão de angústia em seus olhos castanhos e ela inclinou-se para a frente. — A senhora o viu? Refiro-me ao homem que se dizia pai de Tony. — É claro que sim — replicou a sra. Craig. ligeiramente impaciente. Tirou um tubo da bolsa e colocou dois comprimidos na palma da mão. Pôs as pílulas na boca. pegou um copo cheio de água e bebeu. — Com licença. Estou com uma terrível dor de cabeça. O trabalho hoje foi demais e ainda tenho uma pilha de cartas para bater antes de sair. O que foi mesmo que a senhora disse? — Perguntei se a senhora viu o homem que se dizia pai de Tony. — Vi, sim. Todas as pessoas que entram na escola passam primeiro por este escritóri ...

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