Livro: Uma Paixão Perigosa Página 5

... to e insistia para que dormissem em seu quarto. Quando tinha alguém da família como hóspede ela ficava muito feliz e os levava ao cinema, shows e ao teatro. Era um grande prazer para Laura vê-los se divertir embora soubesse que depois de alguns dias, ficavam loucos para voltar para a cidadezinha onde sempre haviam vivido. Laura também sentia saudade de onde nascera. No fundo ela era uma mulher do campo. E tinha sido por causa disso que resolvera comprar um chalé: pelo menos nos finais de semana poderia voltar às suas origens. Seria maravilhoso acordar com os cantos dos pássaros e depois poder sair para passear no mato. Quando ela e Patrick haviam ficado noivos, Laura lhe contara sobre a vontade de comprar uma casa no campo. Patrick, de imediato, tinha adorado tal possibilidade pois, como artista ele trabalhava em casa. Depois de discutirem muito a respeito de onde morar quando casados, Patrick decidiu que venderia a casa onde residia e iria para a casa que comprariam no campo. Laura, por sua vez, decidiu que ficaria com o apartamento. Para ela seria muito mais conveniente morar durante a semana em York. Quem estranhou muito essa decisão foram as amigas de Laura, a maioria casada com homens extremamente conservadores. Por sorte Patrick não tinha nada de conservador, muito pelo contrário. Patrick era seu companheiro e não seu dono. Além de inteligente, Patrick era um homem bonito, charmoso e de um coração imenso. Patrick era tão agradável que até aquele dia, Laura nunca encontrara uma pessoa, homem ou mulher, que não gostasse dele. De repente Laura percebeu que se não se apressasse, se atrasaria para o encontro com o dono da imobiliária. Correu para a frente do espelho e escovou o cabelo. A imagem que via refletida era de uma mulher muito bonita, com uma pele perfeita mas os olhos. os olhos, apesar de verdes e brilhantes, pareciam não pertencer a uma pessoa feliz. E Laura sabia o porquê dos seus olhos não refletirem felicidade. Como pr ...

fissional tinha conseguido muito mais do que um dia almejara, mas como mulher. Patrick era tudo o que jamais imaginara em um homem, mas ela não o amava. Não como Patrick a amava. — Será que não estou querendo complicar as coisas? Num casal tem sempre alguém que ama mais. Ou não? — ela se perguntou. — Será que tenho que me sentir exatamente como ele? Não sei. Deve existir algo errado muito errado comigo. Deveria desejar Patrick do jeito que ele me deseja. Quando Laura e Patrick faziam amor, ela sentia-se bem sentia-se protegida, mas nunca, em um nenhum momento, havia perdido o controle, ou enlouquecera de paixão. Diziam que quando duas pessoas se amavam de verdade, isso sempre acontecia. Esse era um dos aspectos da relação que tinha com ele que a deixava mais preocupada. E Patrick se preocupava muito com isso também. Laura sentia-se péssima por saber que, de uma maneira ou de outra, o estava magoando. Patrick a amava. Mas seria o amor dele suficiente para segurar um casamento, uma vida inteirinha? — Talvez você esteja se preocupando com nada, Laura — ela voltou a falar com o espelho. — Talvez seja exatamente isso o que acontece com os outros casais. Quem sabe se tudo não muda depois do casamento? O telefone tocou. Absorta que estava, Laura levou um susto e correu para atendê-lo. — Alô. — Laura? — Sim, sou eu. E você, Barry? O que aconteceu? — Estamos com problemas. As garotas trabalham aqui no Castelo Howard até à onze e meia e depois teriam que ir acabar as fotografias aí em York. — Sim, e daí? — Acontece que o carro quebrou e não dá para voltar. —Coloque as garotas num táxi. Preciso dessas fotografias. — Os táxis estão todos ocupados. Não se esqueça que hoje é sábado. — E o fotógrafo? Por que vocês não podem pegar uma carona com o fotógrafo? — Com um carro daquele tamanho, Laura? Não dá. Lá dentro mal cabe ele com o equipamento fotográfico. — E você? Por que você não traz as ...

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