Livro: Amor Esquecido Página 3

... om ele, quando vocês já estavam dormindo. — Eu e Velvet precisamos de nosso sono de beleza. Nós não temos a sua energia. Mas não fuja do assunto — Carly insistiu. — Vai ou não me levar ao Ocean World? — Não tenho a mínima vontade de ver um bando de delfins fazendo gracinhas. — Pois eu tenho. E se não tomar cuidado comigo vou empurrá-lo para os tubarões! — Muito bem — concordou Paul, vencido, sorrindo para a moça. — Quer vir conosco, Velvet? — Obrigada, quero voltar ao hotel e fazer um telefonema internacional para falar com meu filho, depois pretendo nadar. — Não se atrase para o jantar — recomendou Paul. — Sete e meia, no apartamento de cobertura. — Estarei lá. — E bem linda, tenho certeza que Daniels apreciará. Ela sorriu, achando graça na preocupação de Paul, querendo agradar seu patrocinador. — Escolherei o vestido mais sexy que puder — prometeu. — Aquele preto não, pelo amor de Deus! — protestou ele. — Não quero que a leve para a cama, quero somente que veja a beleza das modelos que eu trouxe. — Entendido — ela respondeu, aflita para ficar livre e poder fazer logo a ligação, antes que fosse tarde demais. Sua roupa esportiva era perfeitamente aceitável naquele tipo de hotel à beira-mar. Mas, embora fosse uma modelo, e segura de si mesma, sentia-se um pouco constrangida naquele biquíni sumário, que a transparência da saída mal escondia. Mas enquanto atravessava o saguão de cabeça erguida e com ar seguro, atraindo os olhares dos hóspedes, ela era uma belíssima loira, de pele muito clara, alta, com expressivos olhos castanhos. — Velvet! Velvet! Espere! Ela se voltou ao escutar uma voz grave, chamando seu nome. Um homem alto, com quase um metro e noventa estava se aproximando rapidamente. Era excepcionalmente belo, com cabelos negros e olhos azuis-claros, quase cinzentos, o nariz reto, o maxilar firme. Tinha ombros largos e fortes. Sem sombra de dúvida, um dos homens mais at ...

aentes e bonitos que já vira. O que havia de estranho na situação é que ele estava agindo como se a conhecesse e, embora ela gostasse da idéia, sabia que nunca o tinha visto antes. Ninguém esqueceria de um homem daqueles! — Velvet! — exclamou ele, segurando a mão dela nas suas, observando-lhe o rosto com aqueles olhos azuis, como se quisesse decorar seus traços. — Meu Deus! — ele murmurou, muito pálido e parecendo profundamente emocionado. — É mesmo você! Ela sorriu para ele, friamente, enquanto tentava libertar a mão sem fazer escândalo. Era muito comum ser perseguida, mas não como aquele homem estava fazendo. — Sim, sou eu — respondeu, apressada. — Agora se me der licença? — Meu Deus, Velvet, você não imagina como me sinto, tendo você outra vez aqui! — Será que poderia ter a gentileza de me deixar ir embora? — pediu, já começando a perceber que algo estava errado. Ele afrouxou um pouco a pressão das mãos, mas não a soltou. — Velvet. Agora Velvet estava começando a se irritar, sentindo que estava atraindo a atenção de todos os rostos. — Já concordamos que este é o meu nome — disse num tom frio, percebendo que não se conseguiria livrar facilmente. Era comum que aparecessem homens dizendo que a conheciam. Em sua profissão, era inevitável; viam sua foto nas revistas e na mesma hora acreditavam que isto lhes dava o direito de terem uma maior intimidade com ela. Não que este homem não fosse uma pessoa interessante para se co¬nhecer, bem ao contrário. Mas ela estava ali para trabalhar e, quanto mais depressa o trabalho terminasse, mais rápido poderia voltar para junto do filho. Tony! Se não fizesse logo o telefonema, até Simon e Janice já teriam ido dormir! — Foi um prazer conhecê-lo, senhor. mas tenho de ir agora — conseguindo finalmente se soltar. — Se me der licença. Deu-lhe as costas, disposta a esquecer o incidente, mas uma mão grande e pesada a fez parar. — Velvet — os ...

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