Livro: Uma Prova de Amor - Anne Mather Página 2

... a certeza, as pessoas a quem havia perguntado tinham pensado que ela fosse alguma vigarista. Isso era lógico. Alguém que o conhecesse e que ele quisesse ver saberia onde encontrá-lo. Mas ela não tinha coragem de usar seu outro nome. Não tinha a intenção de dar a ele a vantagem de saber de antemão que ela se encontrava em Nassau. Talvez essa atitude fosse tola e orgulhosa, mas não podia agir de outra forma. E assim, depois de gastar horas e horas no departamento de turismo, lendo listas de hotéis e clubes noturnos, ela chegara a esse lugar. Anos atrás, ele havia dito que a ponta de Santo Augusto seria um lugar maravilhoso para um clube noturno e, apesar de na ocasião não ter se interessado em adquiri-la, era uma coisa que podia ter feito depois. Depois de mais algumas investigações descobrira a quem pertencia, Seu próximo passo era ver o gerente. Apagou o cigarro na concha que servia de cinzeiro e engoliu o resto da bebida. Parecia óbvio que uma pequena desordem em alguma mesa de jogo não seria motivo suficiente para que o gerente do clube aparecesse. Franziu a testa. Não havia outro jeito. Teria que ir até seu escritório e perguntar pelo homem que estava procurando. Seria agora ou nunca. Poderia não ter outra oportunidade. Custava dinheiro ficar ali bebendo refrigerantes e o garçom já estava olhando para ela de um jeito estranho. Talvez ele pensasse que ela fosse uma garota chamariz ou até mesmo uma ladra. E se fosse não faltariam oportunidades ali no cassino. Os brincos que a moça da mesa ao lado estava usando deveriam valer cerca de cinco mil libras e o colar que combinava com eles umas dez vezes mais. Raquel baixou os olhos para a única jóia que usava - um bracelete de ouro. Era simples mas pelo menos verdadeiro. Fora a única jóia que conservara. Seu vestido, entretanto, não podia se comparar a nenhum dos usados pelas outras mulheres. Não era um modelo de Paris e tampouco bordado com pedras preciosas, mas sua simplicidade chama ...

a a atenção no meio de tantas plumas! Seus cabelos castanhos eram suaves, ondulados e brilhantes e ela parecia jovem demais para estar em um lugar como aquele. Um homem que a estava observando por trás de uma treliça coberta de trepadeiras acenou com a cabeça para o garçom que tinha chamado sua atenção para a moça e caminhou em direção a sua mesa. Chegando a seu lado, disse em voz baixa: - Está esperando alguém, senhora? Raquel olhou-o com impaciência. Tomado de súbito espanto, ele puxou a outra cadeira e sentou-se quase sem dar a perceber. - Raquel! - exclamou. - O que está fazendo aqui? Raquel cruzou e descruzou as mãos. Até que enfim um rosto conhecido, pensou aliviada, mas ainda com uma sensação de desapontamento pois agora ele ficaria sabendo de sua presença quer ela quisesse ou não. - Alo, Ramon - disse, conseguindo sorrir. Como vai? - Estou ótimo, ótimo! - Ramon Sánchez estava impaciente. Eu perguntei o que estava fazendo aqui? André sabe que você chegou? Deu um soco na palma da mão. - É claro que não sabe, senão eu também saberia! Raquel esperou que ele se acalmasse e sacudiu os ombros lentamente. - Seu irmão não sabe de tudo, Ramon. Ramon inclinou-se para a frente. - É claro que não, mas ele voltou apenas ontem de Nova Iorque. Quanto tempo faz que está aqui? Raquel conseguiu manter-se calma. - Você quer saber há quanto tempo estou ou quanto tempo ainda vou ficar? - perguntou. - Ramon mordeu o lábio. - Ambos. Raquel sorriu. - Ramon, você é o mesmo impulsivo de sempre. Diga-me, você está de passagem ou trabalha aqui? - O cassino está sob minha responsabilidade - replicou Ramon com relutância. - Estou aqui quase todas as noites. vou ser franco, o garçom reparou em você e a estava vigiando. Raquel deu uma risadinha. - Uma pessoa suspeita, não é? - É mais ou menos isso - Ramon admitiu. - Mas deve entender que isso é necessário. Temos que tomar todo o cuidado. - É isso mesmo - concordou ela seca ...

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