Livro: Sete anos de Feitiço Página 2

... rada de lon¬ga data, Karen Morelli. — Vamos para o Yancys co¬mer um hambúrguer? — Não, Karen e eu estamos pensando em ir direto para casa. Ela quer fazer compras amanhã de manhã, e vamos ter de acordar cedo. — Nick revirou os olhos, deixando seu amigo saber o quanto estava an¬sioso por aquilo. — Eu comeria um hambúrguer — disse Beth rapi¬damente, aproveitando a oportunidade para poder fi¬car sozinha com Connor. Ele demorou um minuto, mas finalmente respon¬deu: — Tudo bem. — Ele lançou um olhar para Nicho-las. — Deixo ela em casa depois de comermos. — Ótimo. Quando chegaram ao estacionamento lotado, Nick e Karen foram até o carro dele, enquanto Beth foi com Connor até sua caminhonete. O ar frio da noite congelava seus dedos, mesmo dentro das luvas, e fa¬zia seu rosto formigar. — Brr. Está um frio danado esta noite. — É. — Connor abriu a porta do motorista e de¬pois inclinou o corpo para abrir a do carona. — Entra que vou ligar o aquecedor. Beth entrou no carro rapidamente e colocou o cin¬to de segurança, posicionando as mãos nas saídas de ar quente. Os carros moviam-se como formigas em direção à saída do estacionamento da escola, todos os veículos se espremendo para sair. Connor ligou o rá¬dio e sintonizou em uma música de Martina McBride, tentando preencher o silêncio da cabine da cami¬nhonete e abafar os gritos e as buzinas que vinham dos carros ao redor. — O Yancys vai estar lotado — ressaltou Beth, sa¬bendo que quase todo mundo ia para lá depois dos jogos para comemorar a vitória ou para comiserar-se da perda de uma partida bem jogada. Connor lançou-lhe um olhar de esguelha. — Pensei que você estivesse com fome. Ela sacudiu os ombros, encostando-se no banco! agora que não estava mais com frio. — Quer ir a algum outro lugar? Respirando fundo, ela disse, — O que você acha do Ponto da paquera? Ele respondeu com uma risada, seguida de um olhar arregalado, que lhe dizia clarame ...

te que ele achava que ela tinha ficado caduca. — Você não pode estar falando sério. — Por que não? Eu sei por que as pessoas geral¬mente vão para lá, mas o lugar é lindo e provavel¬mente não vai ter adolescente nenhum esta noite. Vão estar ocupados demais comemorando no Yancys. — O que o seu irmão diria se descobrisse que eu levei a irmãzinha dele para o Ponto da paquera? Ela cerrou os dentes quando ele mencionou a pala¬vra "irmãzinha". Aquilo era uma coisa que ouvia com freqüência demais para sua paz de espírito. Ela queria dizer a Connor que não se importava com o que seu irmão pensaria — era adulta agora e a vida era dela. Mas sabia como Connor se sentia em relação a Nick e a seus pais, e que nunca faria algo que pensava que achariam inaceitável, especialmente ela estando envolvida. — Não vamos lá com um objetivo ilícito — ela disse. — Só pensei que talvez fosse legal visitar o Ponto à noite. Para sua surpresa, ele deu um risinho: — Acho que você está certa. Você quer comprar hambúrguer para levarmos? — Claro. Eles seguiram o cortejo de faróis pela cidade até o Yancys, mas foram para o drive-thru em vez de en¬trarem como a maioria dos clientes de depois do jogo. Mesmo assim, ficaram esperando na fila de car¬ros por um bom tempo. Assim que o pedido ficou pronto, Connor passou os sacos e bebidas para ela enquanto pagava, depois fechou sua janela e posicionou o carro de volta à rua, na direção contrária à maioria da população da cida¬de. O cheiro de batatas fritas e hambúrgueres pairava pelo carro, e Beth não conseguiu resistir, abrindo um dos sacos e pegando uma batata. Connor virou o rosto em sua direção, pegando-a no ato. — Não é justo — resmungou ele. — Também es¬tou com fome, sabia? Com uma risada, Beth pegou mais uma batata do saco e colocou na boca de Connor. Ele abriu a boca e mordeu, encostando-a na ponta dos dedos dela para pegar a batata inteira. Um arrepio atingiu ...

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