Livro: O último solteiro - Deborah Simmons
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... Deborah Simmons SÉRIE REGÊNCIA – VOL. 4 Clássicos Históricos – Especial nº 75 Publicado originalmente em: 1998 Título original: The last rogue Copyright para a língua portuguesa: 1999 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Digitalização: Palas Atenéia Revisão: Marcilene Chaves Raleigh nunca apostaria em encontrar uma virgem em sua cama… Mas quando acordou, ao lado de Jane Trowbridge, soube que todas as fichas que apostara numa vida de solteiro tinham sido perdidas. Agora, em vez de uma parceira no amor, tinha conseguido uma adversária de luta. Jane nunca se imaginara como esposa, legalmente unida a alguém pelos laços do matrimônio. Porém, o destino, por ironia, a ligara a um visconde narcisista, endeusado pela sociedade. Será que um homem que apenas perseguia o prazer poderia encontrar alegria em persegui-la? E poderia ela reprimir seus pudores virginais e deixar que ele… UM — A h! Um grito estridente, seguido pelo barulho de coisas caindo e se quebrando, ressoou no quarto. Deverell Fairfax, visconde de Raleigh, virou-se na cama, a cabeça latejando. "O que é isso?!", pensou. Os empregados tinham ordens de não acordá-lo antes do meio-dia. Entreabriu um olho e viu uma fresta de luz que lhe pareceu o sol da manhã filtrando-se por cortinas amarelas. A pálpebra pesada caiu, fechando-se para a claridade, e Raleigh tentou mergulhar de novo no sono, mas o latejar de suas têmporas aumentou. No corredor, parecia estar acontecendo uma tropelia. — Droga! Quem estará aí? Ou melhor, que lugar é este? Saindo da letargia, Raleigh descobriu que o ambiente não era o de sua casa, em Londres. Deitando-se de costas, pestanejou, as imagens começando a entrar em foco. O dossel, de onde pendiam o cortinado de seda azul e açafrão, era-lhe um tanto familiar. O cheiro de rosas fê-lo pensar que se encontrava num quarto de mulher. Não conseguia se lembrar… Levou a mão à testa dolorida, puxando pela memóri ...

. Recordava-se de ter recebido uma intimação para comparecer à residência de seu pai e, para afogar o desprazer, tomara uma garrafa de bebida. Ou duas. Ou três. "Deus do céu, devo ter ficado fora do ar!" Estava se sentindo sozinho, com saudade dos amigos, agora todos casados, e resolvera visitar um deles, em vez de passar uma noite enfadonha junto dos pais. Tinha saído numa carruagem, sem o criado pessoal ou outro servo. Será que tomara uma carraspana? Raleigh gemeu. Esticou o braço, procurando, pela cama, por sinal de alguma companhia que pudesse tê-lo entretido. Sua mão tocou algo macio, e ele relanceou o olhar para o lado, mas tudo o que viu foi uma forma voluptuosa coberta pelo lençol. Será que tinha extenuado a pobre mulher durante a noite, para que ela dormisse tão profundamente? Ou estaria também sofrendo os terríveis efeitos da bebedeira, como ele? Com um suspiro, ergueu-se sobre um dos cotovelos para dar uma olhada melhor na companheira, mas, nesse instante, um berro esganiçado atravessou o aposento, seguido por outro, horrível, que ressoou em seu crânio como um martelo. — Meu Deus! Raleigh, o que significa isso?! — Misericórdia! Jane! Reconhecendo a voz feminina, assim como o dono do vozeirão, Raleigh estremeceu. Pelo jeito, se encontrava em Casterleigh, condado de Sussex, na casa do conde de Wycliffe e de sua esposa, Charlotte. E, para saber a causa de tanto escândalo, Raleigh teve apenas de observar de soslaio a garota a seu lado, que, enfim, se levantara. Ela estava de costas, exibindo uma longa trança grossa, que não tinha a mais vaga semelhança com a de sua amante. Uma sensação sufocante desceu sobre Raleigh, ao vê-la tatear o criado-mudo, encontrar o que procurava e voltar-se para encará-lo. Sentada no colchão ao lado dele, com um par de óculos no nariz e uma expressão ultrajada no rosto, estava a irmã mais nova de Charlotte. Com um gemido, Raleigh caiu sobre os travesseiros, apalermado. "Alguém pode m ...

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