Livro: Imagem de Mulher - Robyn Donald
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... Robyn Donald Copyright: Robyn Donald Título original: ”The Gates of Rangitatau" Publicado originalmente em 1983 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: Sílvia Maria Moreira Ralisch Copyright para a língua portuguesa: 1985, Abril S.A. Cultural Digitalização: Dores Cunha Revisão: Fátima Tomás CAPÍTULO I Como a maioria das modelos, Chris era de uma beleza clássica. E o que a tornava ainda mais atraente era a pele clara, que contrastava com o tom azul-escuro dos olhos. Além de tudo, seu corpo possuía linhas perfeitas. Os costureiros sempre a escolhiam para desfilar, pois sabiam que os vestidos cairiam perfeitamente naquele corpo escultural. - Sabe o que isso significa? - Chris perguntou à amiga. - Que o que penso é perfeitamente dispensável. A única coisa que notam em mim são as roupas. Não estão preocupados se tenho algo interessante para dizer ou não. - Ora, deixe de ser cínica - repreendeu-a Sarah. - Você sabe que não é assim. Eu adoraria ter esses olhos grandes e cabelos negros tão brilhantes. - Você sabe muito bem que meu cabelo não é dessa cor, e sim loiro! Oh, meu Deus, por que tantos artifícios? Sarah sabia que a, amiga tinha razão. Quantas vezes não usara os truques de maquilagem que Chris lhe ensinara? Mesmo assim era preciso animar um pouco a outra, que se sentia deprimida. - Você está ótima hoje. E até mais bonita agora, sem pintura alguma, do que toda produzida, quando vai fotografar. Aposto que se mudar o tom do cabelo continuará bonita como sempre. - Você não sabe como faz bem ouvir isso! Mas não estou muito preocupada comigo e sim com você, que está prestes a casar. Como é que se sente às portas da igreja? - Morrendo de medo! - Sarah mentia para disfarçar a alegria. - Chris, não estou nem conseguindo dormir direito. Quando penso que falta só uma semana para Ian e eu nos unirmos para sempre, sinto um friozinho no estômago. - Friozinho, Sarah? Tenho certeza de que Ian se ...

ncarregará de esquentar esse ”friozinho”. - As duas riram do comentário malicioso. - Vocês merecem ser felizes. Aposto que não há ninguém em Brisbane, Ou melhor, em toda a Austrália, que viva uma paixão tão intensa quanto a sua. - Ei, está se esquecendo do seu amor por Greg Bardsley? - Oh, não! - Você vai encontrá-lo hoje? - vou, sim. - Chris amarrou um lencinho no pescoço, ajeitou o cabelo e olhou para Sarah, esperando aprovação. - Estou bem? - Linda! Apesar da expressão fria, Chris era muito sensível. Principalmente agora, que estava realmente apaixonada por Greg. Sarah tinha certeza de que a amiga seria tão feliz quanto ela. ”E por que não?”, pensou ao se despedir. ”Está certo que ele vem de uma família muito tradicional, mas não há melhor esposa para um executivo bem-sucedido do que uma mulher sofisticada e bem relacionada.” Ela saberia manobrar qualquer um para poder ajudá-lo. Perdida em pensamentos, Sarah nem notou que Chris já se afastava num táxi e que o telefone tocava insistentemente. Fechou a porta correndo e foi atender. Era Ian. Enquanto isso, Chris entrava num restaurante, perto dali. - O sr. Bardsley já chegou, srta. Evans - anunciou o porteiro. Sim, ali estava ele. Era um pouco mais alto que Chris e de uma beleza marcante. Ela sentiu uma forte emoção quando Greg a tomou pelo braço para conduzi-la até a mesa de costume. Na primeira vez em que se encontraram, ali mesmo, ela cometera o erro de beijá-lo no rosto. Muito educado, Greg explicou que aquela maneira de cumprimentar não era muito comum nos meios que ambos frequentariam dali para a frente. A princípio Chris ficou sentida, mas, com o tempo, aprendeu a aceitá-lo. Perante estranhos, Greg fazia questão de ser o mais formal possível. Bem diferente de quando estavam a sós. As lembranças daquela tarde vieram-lhe à mente. O mesmo homem sério e compenetrado que estava diante dela agora havia se transformado no mais ardente dos amantes. O ...

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