Livro: Mágico Retorno
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... Catherine George Dream of Midsummer Um amor inesperado ou puro interesse? Natalie nem queria saber o motivo pelo qual Edward a havia trocado por uma milionária. O golpe foi duro demais e ela resolveu passar uns dias no interior da Inglaterra, junto da mãe, para curar as feridas daquele amor frustrado. Mal sabia que o destino iria pegá-la de surpresa outra vez. Lá encontrou Nicholas Marlowe, o antigo namorado. Ela não queria se envolver tão rápido com outro homem, mas as sementes do passado não se perderam e acabaram transformando o amor da adolescência numa grande paixão adulta. As resistências de Natalie foram sendo vencidas pelo charme envolvente de Nick, até que Edward resolveu aparecer de novo. e colocar em todas as certezas uma ponta cortante de dúvida. CAPÍTULO I Natalie estava atrasada. Aflita, apressou o passo, indiferente às pessoas no saguão do aeroporto de Heàthrow, em Londres. Todos davam passagem à garota que praticamente corria no meio da mul¬tidão, e olhares de admiração se voltavam para ela. O avião chegaria no terminal três e era para lá que se dirigia, os cabelos ruivos caindo sobre os ombros e combinando com a comprida echarpe que usava. O vestido claro, discreto, acentuava as linhas esguias da jovem alta e bonita. Os grandes olhos castanhos de Natalie se iluminaram quando ela afinal o viu. Ele parecia estar impa¬ciente e Natalie acenou para que a enxergasse. Edward Herricks era inconfundível, mesmo àquela distância. O cabelo penteado, o terno discreto, a gravata de tom escuro, o rosto que não mostrava sinais de cansaço do longo vôo de sete horas do qual acabava de chegar. Natalie sorriu ao se aproximar. — Edward! Ele se virou e a fitou, um sorriso nos olhos, cinzentos, ignorando tantos outros homens que o olhavam certamente com inveja: uma linda mulher se aproximava dele, de braços abertos numa saudação afetuosa. Edward a beijou no rosto e a tomou pela mão. — Ola, N ...

talie. Como está? — Estou bem, querido. Desculpe o atraso. — Os dois seguiam em direcão à saída. — O trânsito estava horrível e eu também pensei que você fosse demorar mais para passar pela alfândega. — Eles não me pararam, eu só tinha bagagem de mão. Onde está o carro? — No estacionamento aqui perto. Está quente lá fora. . . mas isso não deve ser nada para você, depois dessa temporada no deserto! Como é Quatar? Gostou? Como fez para se arrumar com o calor c. . — Ei, uma coisa de cada vez! — Edward interrompeu. Agora já caminhavam pelo estacionamento. — É um lugar interessante apesar de não passar de uma extensão de deserto avançado na díreção do golfo árabe. — Quer dirigir, Edward? — Natalie lhe ofereceu as chaves quan¬do chegaram ao carro. — Não, obrigado. Acho que preciso de algum tempo para me acostumar outra vez com a direção do lado direito. Logo depois tomavam o túnel que conduzia para fora do aero¬porto, rumo ao centro de Londres. Natalie guiava com habilidade e Edward parecia grato em poder se recostar no banco do automóvel. — E então, muitas atividades sociais em Quatar? — Sim, as pessoas eram simpáticas. — A voz de Edward ganhava um tom meio consternado. — Claro que tentaram me entreter. Não há nada para fazer além de jantares ou visitas. Os estrangeiros po¬dem consumir bebidas alcoólicas, dentro de uma quota mensal. Mas não existem bares ou coisas do tipo. — E você nadou bastante? — Nadei, sim. Quando a temperatura chega aos quarenta graus, mesmo um mergulho na água morna do mar é refrescante. Para dizer a verdade, eu acabei gostando do clima quente! Mas é impressio¬nante. . . os quatarís adoram jogar futebol naquele calor todo. Existe um time famoso que tem uma torcida fanática. Edward parecia afinal se entusiasmar em falar da viagem, e ia descrevendo lugares e situações para Natalie. Agora já chegavam aos arredores de Chiswick. — Edward, você está p ...

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