Livro: Um Amor Perigoso - Brenda Joyce Página 3
Autor - Fonte: Brenda Joyce
...
or parte do tempo na cama dela.
Ele teria gostado de ficar mais, mas tinha que ocupar-se de sua fazenda. Na despedida, Raiza o olhou com lágrimas nos olhos e sussurrou: «Gadje ganjense». Edmund não a entendeu, mas acreditou que estava apaixonada por ele e não estava seguro de não amá-la a sua vez. Embora isso não importasse, pois eram de dois mundos totalmente diferentes e não esperava voltar a vê-la nunca.
Um ano mais tarde conheceu Catherine, uma mulher tão distinta de Raiza como a noite do dia. Sobrinha do reitor de sua propriedade era uma mulher honesta, recatada e muito doce. Uma mulher que jamais teria podido dançar grosseiramente com música cigana sob a lua cheia, mas a ele isso não importava. Apaixonou-se por ela, casaram-se e ela se converteu em sua amiga mais querida. Ainda sentia sua falta.
Tinha intenção de voltar a casar-se, é obvio, porque confiava em ter mais herdeiros. Mas não podia pôr em perigo a fazenda. Tinha aprendido de primeira mão a caprichosa e incerta que era a vida e por isso tinha decidido procurar seu filho bastardo.
Edmund ouviu ruído de cavalos que chegavam ao caminho de pedra do exterior e correu à porta, consciente de que John o seguia.
Quando abriu, viu o policial, de constituição forte, descendo da carruagem, um carro de um só cavalo. As condenadas cortinas do veículo estavam corridas.
—Encontraste-o? —quase gritou Edmund, consciente de seu desespero— Encontraste meu filho?
Smith era um homem grande, ao que obviamente não gostava de barbear-se diariamente. Cuspiu uma fibra de tabaco e sorriu.
—Sim, senhor, mas não me agradeça ainda.
Tinha encontrado o menino.
John se situou a seu lado.
—Não confio nada na moça cigana — murmurou.
—Dá-me igual o que você pense — replicou Edmund com os olhos cravados na carruagem.
Smith se aproximou do carro e abriu a porta. Colocou o braço e Edmund viu um menino magro com cal
...
as marrons remendadas e uma camisa solta suja. Smith o puxou e o jogou ao chão.
—Venha conhecer seu pai, moço.
Edmund viu horrorizado que o menino tinha os pulsos atados com uma corda.
—Desamarre-o.
Então viu a corrente e o grilhão no tornozelo.
O moço se soltou de Smith com a cara cheia de ódio e lhe cuspiu.
Smith limpou a saliva da bochecha e olhou Edmund.
—Necessita que o açoitem, mas é cigano, não? Está tão acostumado aos açoites como um cavalo mal.
Edmund o olhou ultrajado.
—Por que está preso e encadeado como um criminoso?
—Porque é traiçoeiro, por isso. Tentou escapar uma dúzia de vezes desde que o encontrei no norte e eu não gostaria de morrer apunhalado enquanto dormia — repôs Smith. Tomou o menino pelo ombro e o sacudiu— Seu pai — disse, assinalando Edmund.
Nos olhos do menino havia uma raiva assassina, mas guardou silêncio.
—Fala inglês tão bem como você e como eu — Smith cuspiu mais tabaco, dessa vez nos pés descalços do menino— Entende todas as palavras.
—Desamarre-o, maldito seja — Edmund se sentia impotente. Queria abraçar seu filho e lhe pedir perdão, mas o moço parecia tão perigoso como afirmava Smith. Parecia odiar o policial… e a ele— Filho, bem-vindo a Woodland. Sou seu pai.
Uns olhos cinza o olharam com frieza e condescendência. Era os olhos de um homem mais velho, um homem do mundo, não de um menino.
—Ela o entregou sem protestar muito — disse Smith.
Edmund não podia afastar a vista de seu filho.
—Deu-lhe minha carta?
—Os ciganos não sabem ler, mas lhe dei a carta.
Tinha entendido Raiza que era melhor para seu filho que ele o educasse? Como inglês, lhe abririam muitas oportunidades. E tinha direito à fazenda, o título e todos os privilégios que isso suportava.
—Mas chorou como uma moribunda — prosseguiu Smith, enquanto soltava o grilhão— Eu não ...
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Comentários:
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Maria: Ainda vou le-lo..
LUCIMEIRE: Adorei... mulher de fibra... lutou pelo o que queria até o fim.
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