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O Cowboy da Meia-noite

Livro: O Cowboy da Meia-noite Página 2

Autor - Fonte: Anne Major

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... nho. Uma lua vermelho-sangue pairava sobre o rancho. Um círculo escarlate brilhante a envolvia. Ela olhou para o astro, esperando que ele se transformasse em um crânio, e observou-a até ela desaparecer por detrás de uma nuvem negra. Ela não se sentiu melhor quando um bando de coiotes começou a uivar. Então, ouviu o grito lúgubre do homem por detrás da faixa de zimbros. - Quem está aí? - gritou ela. As cigarras interromperam sua serenata. Mil olhos pareciam observá-la da parede silenciosa de árvores sombrias. Um medo violento drenou o sangue de seu rosto. Ela se sentiu um alvo. Com um grito mudo, voltou correndo para a sala de estar com suas pinturas florais e mobília estofada. Batendo à porta, ligou todas as luzes e ficou olhando com o olhar perdido o sofá cheio de compras recentes de um mercado de pulgas: óculos espelhados, conjuntos de toalhas, roupas de crianças e brinquedos, tudo precisando ser organizado. Respirando pesadamente, trancou a porta com três voltas e se encostou nela. Talvez não fosse um crânio humano flutuando acima da casa, mas uma coisa era certa: ela nunca vira nada como aquela lua vermelho-sangue circulada por um anel de fogo. Nunca, em todos os seus 66 anos. E aquele grito de socorro. E o riso, aquele riso terrível e desumano vindo das árvores. Alguém estava lá fora. Alguém com assassinato no coração. Rosita podia traçar sua linha de sangue até as civilizações pré-históricas no México. Ela sabia, no íntimo, que aquela lua era um sinal. Os Fortune estavam em apuros, de novo. Ela trabalhara para eles por muito tempo. Ruben dizia que por tempo demais. Queria que ela se aposentasse para cuidar dele. - Vamos nos mudar, não para muito longe, mas para um lugar só nosso. Ruben sempre quis possuir sua própria terra, mas ela amava Ryan Fortune e sua bondosa mulher, Lily, como se fossem de sua própria família. Ela não podia deixá-los. Agora não! Não, quando sabia que eles precisavam dela mais do ...
ue nunca. Na manhã seguinte, ela tentaria avisá-los, enquanto estivesse fazendo ovos com bacon, tamales e frijoles. Eles implicavam com ela porque fazia frijoles em todas as refeições. Eles provavelmente também ririam dela por avisá-los. Ryan e Lily se amavam desde a infância, mas precisaram esperar a vida inteira para descobrir esse amor. Eles queriam ser felizes, e ela também desejava isso para eles. Por que, então, seu coração pesava com o pensamento de que estavam condenados? Oh, Deus! Talvez quando o sol estivesse alto no céu, no dia seguinte, ela fosse capaz de rir de seus medos e acreditar que tudo ficaria bem. Ela cerrou os punhos. - Eu preciso contar a eles de qualquer jeito! Farei isso assim que chegar à casa do rancho! Quando finalmente parou de tremer, passou muito tempo até ela se sentir suficientemente tranqüilizada para desligar algumas luzes. Mas ainda estava nervosa demais para voltar para a cama ou para selecionar suas compras do mercado de pulgas; enroscou-se então em sua poltrona favorita e se agarrou aos braços dela como se sua vida dependesse daquilo. A noite parecia não acabar. Se somente ela pudesse acordar Ruben e contar-lhe sobre o crânio e o grito. Mas ele pensaria apenas que ela era tola. Diria-lhe que seus medos eram infundados e mandaria que fosse para a cama. Ele pensava que sabia de tudo porque era homem. - Ya verás. Você verá, viejo. Verá quando alguém morrer - sussurrou ela, abraçando-se, enquanto as formas sombrias da mobília alta da sala de estar se transformavam em cobras, pumas e crocodilos. Alguém iria morrer! Logo. E logo, quando eles chegassem ao Rancho Duas Coroas, tudo voltaria a ficar bem, e ele poderia concentrar em seu plano de acertar as contas com Ryan Fortune. O homem ao volante lutou para não perder a calma. Ele estava irritado com seu passageiro e com a arma automática com silenciador que escondera sob o tapete do carro, e que parecia um nó sob seu calcanhar esquerdo. E ...

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