Livro: Romance de primavera
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... Friday\'s Child Stephanie Wyatt Millie nunca se sentira tão viva e feliz. Jay aceitara o convite. Assistira a seu concerto. E ela se superou. A música fluía do instrumento com o calor e a intensidade de seu coração apaixonado. Mas logo a apreensão veio ensombrecer aquele interlúdio. Jay era um homem imprevisível. Seus olhos pareciam querer fulminar com uma frieza mortal quem ousasse interferir em seus planos. E Millie ousara. Desafiara-o a beijar seus lábios doces e esquecê-los. Digitalização: Valéria Revisão: Crysty Título original: Friday\'s Child Copyrigth: Stephanie Wyatt Publicado originalmente em 1989 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: Nara Chuffi de Barros Copyright para a língua portuguesa: 1989 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2000 3 andar — CEP 01452 — São Paulo — SP — Brasil Caixa Postal 2372 Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda Impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. CAPÍTULO I Martha Barks não gostava que deixassem aberta a porta de sua cozinha. Ia fechá-la quando viu Millie Grey: a garota com os ca¬belos loiros alvoroçados pelo vento conseguiu transformar seu aborrecimento num sorriso de boas-vindas. Millie exercia esse po¬der sobre as pessoas. Comparada aos irmãos mais velhos ela não era necessariamente bonita, mas o rosto delicado mostrava tanta vivacidade que chamava a atenção de todos; seus olhos castanhos refletiam alegria e entusiasmo contagiantes. — Oi, Martha — a garota cumprimentou-a, enquanto tirava o xale. — Está tudo bem? Tia Georgie me ligou, e vim logo saber o que está acontecendo. Martha era governanta de Wenlow Hall há trinta e cinco anos, desde que lady Georgina Jayston chegara lá como esposa de sir David. — Oi, Millie, não era preciso se preocupar. Helen me disse que Georgie teve uma noite agitada e que está em pé desde que ama¬nheceu, andando pela casa. — Sua boca se contra ...

u, e ela conti¬nuou, num tom de reprovação: — Não é a atitude que se esperava. Sir David faleceu há tão pouco tempo! Alguém poderia pensar. — Cada um reage contra a dor a seu modo, Martha — inter¬rompeu Millie calmamente. — E tia Georgie nunca foi de se la¬mentar ou ficar chorando pelos cantos. Depois de relutar um pouco, a governanta se viu forçada a con-cordar: — Não, realmente ela nunca foi assim. Ela observava a garota livrar-se das galochas. Tão pequena, tal¬vez um metro e meio de altura, ao passo que os irmãos eram mui¬to mais altos. Porém não se podia esquecer que eram irmãos apenas no nome, sem consangüinidade. Os lábios de Millie se abriram num sorriso. — Seja o que for que tia Georgie esteja planejando, deve ser uma boa idéia, ao menos lhe desperta novos interesses. — Sim, querida, eu sei. Mas pelo tipo de relacionamento que eles mantinham. — Martha interrompeu a frase e, mudando o tom de voz, voltou a falar: — E você, quando vai deixar de se preocupar com os proble¬mas dos outros e encontrar alguém só para você? — Acho que o tipo de homem que estou procurando já saiu de moda — respondeu Millie, e mudou de assunto. — Tem algu¬ma idéia de onde possam estar Helen e tia Georgie? A boca de Martha se contraiu novamente. — Bem, não devem estar no sótão, o elevador não vai até lá. Millie riu, e dirigiu-se para a frente da casa, tão familiar para ela com seus enormes corredores e numerosos quartos. Subindo a curva escada de mármore, ficou aliviada quando viu Helen sor¬rindo da porta da suíte principal. — Pelo que ouvi de Martha, pensei que tivesse de correr atrás de vocês durante horas antes de encontrá-las. Helen deu uma gargalhada: — E teria mesmo, se eu não ameaçasse desligar o motor da cadeira. — Millie, querida. Que bom que você veio! Sou mesmo uma bruxa tirando você de casa numa manhã tão fria! A voz atraiu a garota até a cadeira de rodas elétrica colocada a ...

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