Livro: Separação
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... Not Far Enough Margaret Pargeter Resumo: O casamento de Laura com Jarvis Parradine não foi muito além da lua-de-mel. O que não era de espantar, porque ele nunca lhe disse sequer uma palavra de amor. E não foi sô isso: Laura o pegou nos braços de outra mulher! Então, arrasada, abandonou Jarvis, fugindo para as longínquas Ilhas Maurício, no Oceano Índico. Queria esquecer Londres e apagar para sempre as tristes lembranças de seu casamento fracassado. Durante quatro anos Jarvis fez de tudo para encontrar Laura. Até conseguir. Agora, além de lutar contra a atração que ainda sentia pelo marido, Laura precisava desesperadamente esconder dele o grande segredo de sua vida. Título: Separação Autor: Margaret Pargeter Título original: Not far enough Gênero: Romance - Sabrina nº 254 Digitalização e correção: Valéria Estado da Obra: Corrigida Revisão e Diagramação: Renata Almeida Este Livro faz parte de um projeto sem fins lucrativos e de fã para fãs. A comercialização deste produto é estritamente proibida. Capítulo I O homem estava imóvel, no convés do enorme iate ancorado em plena baía. Chamava-se Jarvis Parradine e encontrava-se ali, na mesma posição, pela segunda manhã consecutiva. A paisagem era sem dúvida idílica, mas incomodava-o a curiosidade da tripulação. Mesmo porque todos conheciam seu temperamento irrequieto. A menos que estivesse trabalhando, ele raramente ficava parado num mesmo lugar por mais de vinte e quatro horas. Com o olhar fixo naquela distante ilha que parecia uma jóia incrustada no Oceano Índico, Jarvis protegia os olhos do reflexo matinal na água. A mocinha passeava pela praia, outra vez. Ele reconheceu que se tratava da mesma pessoa por causa do vestido, mas também pela maneira como seus cabelos longos esvoaçavam ao vento. Somente uma mulher no mundo tinha aqueles cabelos e aquelas curvas no pescoço e nos ombros. Com um suspiro profundo, ele apanhou seu binóculo alem ...

�o, cujas lentes eram as mais potentes do mundo. No dia anterior, Jarvis se recusara a usar o binóculo para, assim, acabar com aquela mórbida incerteza. Sentia-se como uma criança que tem medo de abrir o presente, receosa de não encontrar o que esperava. Passara o resto do dia pensando coisas duras e cruéis, ansioso por alguma forma de vingança. Uma sensação de amargura e ansiedade mantivera-o desperto durante quase toda a noite, de modo que ele já estava pronto, no convés, logo que amanheceu. Isso, aliás, era compreensível: há muito tempo, Jarvis desistira de procurá-la e, de repente encontrava-se novamente diante de uma possibilidade. Nem por isso sentia-se aliviado. Se aquela, de fato, fosse Laura, podia-se ver claramente que ela sofria. Agora, através do binóculo, podia examinar melhor a solitária figura. Laura parecia tão próxima que poderia estar ali, bem defronte dele. Jarvis empalideceu. Seu rosto tomou-se, repentinamente, um rosto de pedra. Tirou o binóculo dos olhos. Chamou um ajudante e, juntos, baixaram um barco ao mar. Aquela hora da manhã, o oceano estava azul cristalino e a brisa soprava de maneira delicada. A moça olhava distraidamente, sem prestar muita atenção. Apesar da beleza das Ilhas Maurício e do clima bastante agradável, ela não tinha energia para apreciar a paisagem. Sentia-se inexplicávelmente cansada. Por que, após um período de relativa tranquilidade, sua vida parecia outra vez atribulada? Seus olhos azuis tornaram-se melancólicos, quando ela começou a pensar nos problemas que a atormentavam. Cobriu o rosto com as mãos e suspirou, procurando impedir que as lembranças a assaltassem. Não tinha sido fácil abandonar Jarvis e vir para esse lugar. Penosamente e com dificuldade, aprendera a conviver com a idéia de que jamais veria seu marido de novo. E, para tanto, era importante a ajuda de sua amiga Harriet. Quando havia chegado à ilha, estava doente e quase louca, incapaz de pensar com clareza. Log ...

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