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Volta ao passado

Livro: Volta ao passado

Autor - Fonte: Anne Mather

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... Proud Harvest Anne Mather CAPÍTULO I — Mas ele é filho de Charles? — a sra. Matthews perguntou no mesmo tom afetuoso que usava quando falava com o neto. — Isso também deve ser importante para você. Lilian terminou de tomar o café, antes de responder. Dava para perceber que estava bastante irritada. — O que é, mamãe? Está apavorada com a ideia de tomar conta de seu neto? — Eu não! — respondeu a sra. Matthews, ofendida. — Só acho que ele também é filho de Charles e não sei porque não pode passar parte das férias com o pai. — Você não sabe! — Lilian retrucou. Seus olhos refjetiam a raiva que sentia. — E eu? Minha opinião não conta? — Claro que sim; foi só uma sugestão e pensei que fosse reagir mais racionalmente. Não esperava tanta emoção. As pessoas devem ser práticas, acima de tudo. Se o mundo todo pensasse como você, minha filha, não sei o que seria. A sra. Matthews se levantou da mesa onde tinham tomado o café da manha e foi pegar um cigarro. Acendeu-o com um pesado isqueiro de prata que ficava ao lado da caixa de cigarros, sobre a lareira, e virou-se de novo para a filha. — Não pretendo começar uma discussão com você, Lilian. Mas achei que, conhecendo o meu ponto de vista, você ia admitir que tenho razão. — Continuo achando exatamente o contrário, mamãe! — Lilian também se levantou da mesa, visivelmente irritada. Estava atrasada. Já passava das nove e ainda tinha que atravessar toda a cidade para chegar ao trabalho às nove e meia. Sabia que não daria tempo, mas, se tivesse sorte, chegaria antes de Lance, e ele nem perceberia que havia se atrasado. — Você não deve se exaltar, mamãe, não é bom para a sua saúde. — E por que você iria se preocupar com a minha saúde? — resmungou a sra. Matthews. — Ninguém se preocupa comigo! Lilian, que já estava indo para a porta, parou e perguntou: — Que quer dizer com isto? Não está doente, está? — E alguém se importaria, ...
e eu estivesse? — Ora, mamãe! — Lilian olhou para o relógio. — Agora não tenho tempo. Mas falaremos disto mais tarde. — É o que eu digo sempre, Lilian. Você nunca tem tempo para nada, nem para ninguém. Até seu filho parece ser um problema. — Mamãe! — Lilian já estava perdendo a paciência. Pegou a bolsa, pendurou-a no ombro e se dirigiu de novo à mãe. — Volto mais ou menos às cinco e meia. A sra. Matthews concordou com a cabeça e não disse nada. Lilian ainda hesitou, mas acabou saindo. No hall, ficou andando de um lado para o outro, até que finalmente um dos elevadores parou. Quando passou pela portaria, mal respondeu ao "bom-dia" do porteiro. Estava apressada, irritada e não queria falar com ninguém. O porteiro estranhou a atitude de Lilian, sempre tão amável, sempre tendo uma palavra amiga para dizer. Ela não era como a sra. Matthews, que agia como uma rainha só porque o marido tinha sido brigadeiro. Parecia não perceber que o marido estava morto há muito tempo, e que agora ela era uma mulher como outra qualquer. Só tinha pena da sra. Matthews quando a via tomando conta do neto, um garoto irrequieto. Lilian foi para a garagem pegar seu carro. Estava tão preocupada com seus próprios problemas, que quase bateu num Jaguar, estacionado do lado oposto. Respirou fundo, para se refazer do susto, e finalmente saiu. Que maneira de começar a semana; tudo parecia estar dando errado! Logo, estava no meio do tráfego intenso da segunda-feira de manhã! Apesar do movimento, não conseguia parar de pensar nas coisas que tinha para resolver. Será que esperava demais de sua mãe? Mas como poderia trabalhar, se ela não a ajudasse? Não podia pagar uma babá para o filho, nem mesmo nas férias! As mensalidades da escola de Jeremy eram pesadas, mesmo com a ajuda que Charles lhe dava. Claro que se tivesse mandado o filho para uma escola normal, sobraria mais dinheiro. Tinha escolhido, porém, um internato para poder ter tempo livre ...

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Comentários:
Paula: Gostei muito! 20/07/2018.
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