Livro: Algemas do passado Página 2

... que teriam tomado com a maior alegria o lugar de James. Todos a queriam bem. É verdade que ninguém sabia muita coisa a respeito de James, pois a própria Catrina o conhecia havia pouco tempo, mas os dois jovens formavam um casal tão bonito que as 6 pessoas sorriam para eles com benevolência, dispostas a considerar aquele casamento como uma história com um final muito feliz e não como algo que tivesse se iniciando problematicamente. Não que Catrina visse quaisquer dificuldades relacionadas com o começo de sua nova vida. Ela encarava tudo com imensa excitação e muita esperança, e com a firme determinação de fazer o que esti¬vesse a seu alcance para tornar seu casamento um grande sucesso. Nada a respeito da cerimónia apresentava problemas para ela, se bem fosse verdade que seus pais estavam fazendo quase tudo que dizia respeito ao assunto. Catrina tornava-se mais e mais feliz a cada dia que passava, — Mas que trabalho incrível dá perder uma filha — disse sua mãe, voltando das compras a tempo de tomar uma xícara de chá mais do que oportuna. — Não me lembro de ter ocorrido toda esta confusão quando nos casamos —, disse seu marido, servindo-lhe o chá. — Pois eu me lembro que foi um estrondo. — Coragem, querido — disse Catrina —, daqui a uma semana está tudo acabado e você ficará em paz. Irá se livrar de mini. Ele sentiu uma pontada de dor, ao pensar nisto. Não queria ficar livre dela. Ela e a esposa eram os dois seres mais preciosos e amados que ele tinha na vida; e porque este pensamento lhe trouxesse arre¬pendimento no que dizia respeito a Rosemary, sorriu afetuosamente para sua segunda filha, sentada silenciosamente a seu lado, e disse: — Pois eu não contaria muito com a paz. Logo estaremos fazendo a mesma coisa para Rosemary. — Não se preocupe — disse Rosemary. —- Nenhum homem ainda me passou pela cabeça. — A frase era seca. Frequentemente surgia uma ponta de irritação, de aborrecimento ou de constr ...

ngimento na voz de Rosemary. Era uma pessoa arredia e não era muito fácil aproximar-se dela. — Também não passara pela cabeça de Catrina, há quatro iiieses — disse a senhora Tempest —, e agora, olhe só para ela! — Rosemary, você precisa nos dar uma chance — disse seu pai. Ela o olhou sem responder, sabendo muito bem que ele estava ten¬tando fazê-la sentir que ela não estava excluída de seu afeto. —- Fui ver o senhor Strong no hotel — disse a senhora Tempest, —, e a sala de baile, tão linda, será perfeita para a recepção. E tam¬bém fui procurar a senhora Abbey para falar das flores, não só para a sala de baile, como também para a igreja. O vestido de Catrina está pronto, e os vestidos das damas de companhia ficam prontos na quar- ta-feira. . . — A conversa girou em torno do dia em que Catrina se tornaria a mulher de James. Todos estavam entregues aos prepara¬tivos com o maior entusiasmo. Até mesmo Rosemary, que já se via muito bonita em seu vestido de dama de honra, e que pensava que uma vez Catrina saísse de casa e morasse em Londres, não seria mais colocada em segundo plano por sua irmã tão radiante e solicitada. Um carro dobrou a esquina e parou diante da casa. — James — disse Catrina, ficando ainda mais feliz ao se deparar com o carro vermelho. Em uma fração de segundo ela levantou-se da cadeira e foi até o hall, a fim de abrir a porta e dar-lhe as boas vindas. E!e ficou todo sorridente ao ver que ela o esperava; entrou no soltou a pasta no tapete e ambos caíram um no braço do outro. Foi com muita relutância que se separaram e foram para a de estar. Imediatamente ele foi incorporado ao círculo da família, ouvindo as últimas novidades relativas ao casamento, quem tinha mandado o quê, no que dizia respeito aos presentes, quantas pessoas estariam presentes à recepção e coisas que tais. Ele se interessava por cada assunto, pois durante anos ele não tivera paradeiro e agora prepa¬rava-se para ...

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