Livro: Seduzida e abandonada
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... ANNE MATHER. BORN OUT OF LOVE. Género: romance Digitalização: dores Cunha. Correcção: Edith Suli. Estado da Obra: Corrigida. numeração de página: rodapé Esta obra foi digitalizada sem fins comerciais e destinada unicamente à leitura de pessoas portadoras de deficiência visual. Por força da lei de direitos de autor, este ficheiro não pode ser distribuído para outros fins, no todo ou em parte, ainda que gratuitamente. CAPÍTULO I Charlotte olhou desanimada o ônibus que os levaria da pequena cidade de San Cristobal para Avocado Cay. Ela não sabia que aquele tipo de ônibus existia fora dos museus. A capota era alta, as rodas com aros grossos e os bancos de madeira. Será que estava pintado de várias cores para disfarçar que era uma velharia? - Olha, mãe! Que ônibus incrível! Robert nunca tinha esses repentes e Charlotte virou-se resignada para seu filho de onze anos. - Está certo que é incrível, mas gostaria de saber se os breques funcionam. - Vamos, mamãe, é claro que funcionam. - Robert era otimista. - Estes velhos cilindros foram feitos para durar. - E duram mesmo. - disse a mãe. Antes de seguir a figura magricela de Robert subindo os degraus, ela sorriu agradecendo o antilhano de pele escura que havia tirado suas malas da lancha e colocado no bagageiro do veículo que os levaria ao seu destino. Apesar de alto para sua idade e com um apetite que não envergonharia um levantador de peso, Robert era muito magro. Felizmente havia poucos passageiros e assim poderiam viajar com conforto. Charlotte, aliviada, sentou-se ao lado do filho. Estava tudo bem. O ônibus era pequeno e desconfortável e, embora todas as janelas estivessem abertas, o ar estava parado e úmido. Através das janelas, eles viam o cais e a lancha, que os tinha trazido de Tortola, balançando no ancoradouro. As pedras do cais estavam esbranquiçadas pelo sol poente, batendo na costa marítima densamente arborizada. Ao longe a água era azul-tu ...

quesa, sombreada de azul mais escuro. Charlotte tinha que admitir que em San Cristobal poderia faltar qualquer coisa, menos cores. Os prédios eram pintados de branco, cobertos com trepadeiras floridas que ofuscavam a vista sem a proteção de óculos escuros. Charlotte procurou na bolsa os óculos que havia comprado em St. Thomas. Uma caminhonete vinha correndo pela rua estreita em direção ao porto, levantando uma nuvem de poeira. Percebendo que estava ficando tensa, tentou relaxar. Não havia motivo para ficar nervosa e, além do mais, era muito tarde para isso. Agora estavam ali e, desde que a sra. Febergé aceitasse seus serviços, ali ficariam. Apesar de tudo, era impossível vencer a amargura que se abatera sobre ela desde a morte de Matthew. Se não fosse isso nunca teria pensado em se empregar num lugar tão afastado, apenas para evitar o convívio com os parentes de Martthew. Para eles estava mais do que certo que Matthew deveria deixar a casa e as propriedades para a família, isto é sua verdadeira família, e não para Charlotte, que aos sete anos de idade ele havia levado para casa e com quem havia se casado dez anos mais tarde. Casaram-se porque Charlotte havia se apaixonado por outro homem do qual ficara grávida. Este homem a abandonou e Matthew resolveu assumir a paternidade, embora tivesse chegado a odiar a criança. Charlotte estremeceu e olhou com desespero para seu filho. Era esta a maneira de Matthew vingar-se, deixando-a sem mesmo um teto podendo recorrer apenas à sua pouca experiência no treinamento em escolas maternais? Será que deixara de nutrir qualquer sentimento por ela? Teria permitido que seu irmão e a cunhada o influenciassem a tal ponto? Charlotte sempre soube que Malcolm e Elizabeth não gostavam dela. Achavam que Matthew estava louco quando se dispôs a se responsabilizar por ela. Quando Charlotte descobriu que estava grávida, eles simplesmente confirmaram a opinião que tinham sobre ela. Mas não foi assim. Agora lame ...

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