Livro: Testamento de amor Página 4

... do Michael Margot Sinclair apresentou num tom indulgente. Logan sorriu e estendeu a mão. - Como estás, Caryn? -Olá. A voz dele soava-lhe estranha e um calor intenso aquecia-lhe o sangue nas veias. Normalmente, não corava, mas também não costumava apaixonar-se à primeira vista. Logan era devastador; não havia outra palavra melhor para descrevê-lo! Podia não ser bonito como o seu actor de cinema preferido, mas era definitivamente, e andas na universidade? - perguntou ele. Margot riu-se. - Oh, não querido! A Caryn ainda está na escola, em vias de terminar o secundário, se não me engano. - No próximo mês - confirmou ela, relutante, não desperdiçando uma oportunidade de poder sobressair aos olhos daquele homem. - E certamente vai concluir o ano com nota máxima em todas as disciplinas - opinou Michael Sinclair, colocando um braço nos ombros dela. - Não é verdade, meu anjo? - Espero que sim - murmurou ela. - Boa sorte - desejou Logan com um sorriso fascinante. Assim que o casal mais velho se afastou, Caryn tentou fingir desinteresse. 12 - Ele e a tua irmã são namorados? - Ainda não, mas tenho a certeza de que esse é o objectivo de Margot. E ela consegue sempre o que quer. Caryn não duvidava disso. Senhora de uma beleza morena e estonteante, Margot Sinclair podia conquistar todos os homens que desejasse. Logan devia ter cerca de trinta anos e era considerado um dos melhores partidos da região. A sua família possuía uma fazenda a alguns quilómetros a sul, na costa, e os Bannister eram conhecidos pela sua impressionante riqueza. Logan representava na perfeição o papel de filho pródigo, quer pelas roupas de bom corte e elegantes, quer pelas maneiras impecáveis. Já o vira antes, mas só à distância, quando ele passava pela praia, a cavalgar num dos seus belos animais, o que fazia todos os dias. Agora que já lhe tinha sido apresentada, nada a impedia de cumprimentá-lo na próxima vez que o visse. Talvez ele parasse para um ...

conversa rápida, embora não conseguisse imaginar que tipo de assunto podiam discutir. Que importância tinha isso? Nenhuma, desde que pudesse estar perto dele novamente. Até àquele momento, Michael dava ares de maturidade e sofisticação, com apenas dezanove anos e a frequentar o primeiro semestre da universidade. No mês passado, sentira-se lisonjeada com as suas atenções no baile da Primavera e, desde então, aceitava os convites que ele lhe fazia para saírem todos os fins-de-semana, mas nunca houve um interesse verdadeiramente romântico da parte dela. Os beijos que trocavam eram agradáveis, mas os de Logan seriam 13 certamente o paraíso! Ele era um homem e não um rapazola! Na tarde seguinte, Caryn apressou-se para estar na praia por volta das seis e meia e sentiu o coração a palpitar cada vez mais depressa, quando o viu a aproximar-se. Logan parou, assim que a viu, sorrindo com sincera satisfação. - Já te tinha visto aqui antes, mas não sabia que eras namorada do Michael - disse. - E não sou. Somos apenas bons amigos - corrigiu ela. - Na tua idade, que mais poderiam ser? - Logan riu-se, agitando as rédeas-Até um dia destes, Caryn. E assim foi o princípio. Passado pouco tempo, Logan já descia do cavalo para caminhar ao lado dela, enquanto conversavam sobre os assuntos mais surpreendentes. Caryn vivia para esses momentos. Contrariamente aos seus pais, Logan tratava-a como adulta, e com ele sentia-se mulher. Afinal, as emoções que ele lhe despertava iam muito além de uma paixão adolescente. A desconfiança de que ele podia corresponder a esses mesmos sentimentos começou a aparecer gradualmente, causada por um certo brilho nos olhos e por uma ligeira oscilação no tom de voz. Margot Sinclair era linda, mas será que tinha conhecimentos tão profundos em literatura e arte quanto ela? Será que conseguia fazê-lo rir com as suas piadas como Caryn conseguia? Por causa de Logan, deu consigo a ler Romeu eJulieta e identificou-se c ...

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