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Inesquecível Amor

Livro: Inesquecível Amor Página 2

Autor - Fonte: Evelyn A. Crowe

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... calça jeans. Desceu a escada, já com a lanterna acesa, e procurou pelo quarto principal. Atravessou-o, seguindo direto ao armário de toalhas do banheiro. Dedos envolvidos por luvas de couro afastaram as pilhas de tecido felpudo e pressionaram um botão disfarçado. Um dispositivo automático fez surgir o complicado painel do alarme eletrônico. Ao iluminar o quadro de controle, descobriu, surpresa, que o sistema estava desligado. Ficou imóvel por alguns segundos, tentando absorver a súbita sensação de insegurança. Deu de ombros. Talvez os Stone tivessem esquecido de ligar o alarme antes de partir para a Europa. Era estranho, porque o mecanismo fora instalado há pouco tempo. Será que teriam desligado o sistema ao tentar ligá-lo? Bem, pouco importava descobrir a explicação para aquilo agora. O que interessava no momento era colocar as mãos no cofre do andar térreo. Assim, o vulto negro seguiu pela escada circular e encontrou facilmente o caminho para a biblioteca. A lanterna mostrava-lhe como evitar os móveis e chegar à parede oposta. Um raio tímido de luar foi suficiente para que divisasse o quadro enorme que cobria o cofre. Rapidamente, correu os dedos pelas bordas até localizar o mecanismo que liberava a pesada tela. Sem ruído, conseguiu deslocar a pintura, como se abrisse um gigantesco livro. Sheila Masterson acariciou a superfície reluzente do cofre, os olhos castanhos em êxtase por ter conseguido atingir seu objetivo de acordo com os planos. Sorrindo, começou a girar os botões à procura do segredo, mas ficou paralisada ao sentir um objeto frio como aço ser encostado em sua nuca. Retesou o corpo e ouviu uma voz masculina, com leve sotaque francês: — Faça um movimento e será um homem morto! Kane Stone foi retirado abruptamente de um pesadelo. Embora o ruído o lançasse em estado de alerta, seu subconsciente ainda se lamentava pela morte de um homem a quem respeitava mais que o próprio pai. Respirou fundo e permaneceu imóve ...
, com medo de fechar os olhos e rever o pavoroso atropelamento. Mais uma vez sentiu-se impotente, sustentando aquele corpo frágil e envelhecido. No entanto, o cansaço venceu e Kane fechou os olhos. Antes que o sono o dominasse, perguntou-se pela centésima vez por que voltara à casa do pai. As lembranças o atormentavam desde que atravessara o umbral da porta. Olhara para a escadaria circular e o passado se mostrara tão vivido que fora obrigado a virar-se de costas. Incapaz de enfrentar aqueles fantasmas, decidira passar a noite no sofá da sala. Mesmo ali, seu sono não era tranqüilo. Há muito ele odiava aquela casa e seu proprietário. No início com a paixão de um jovem e agora com a energia de um homem maduro. A explosão ocorrera vinte e cinco anos antes. Nessa época, com apenas doze anos, Kane jurara nunca mais voltar ali. E fora fiel ao juramento. até agora. Novamente ele ouviu um ruído, desta vez mais próximo. Ergueu-se, num gesto brusco demais para seus músculos cansados. Reprimiu um gemido de dor enquanto se colocava em posição mais confortável, de maneira a ter boa visão da sala, por sobre o encosto do sofá. Um reduzido ponto de luz movia-se na escuridão, e chegou tão perto que ele poderia ter atingido o intruso. Seu punho se fechou para esboçar uma reação, mas ao final Kane optou pela prudência. Deixou que o vulto continuasse seu caminho até a biblioteca, e o seguiu. — Faça um movimento e será um homem morto! As palavras ecoaram forte nos ouvidos de Sheila. Já uma vez ela encarara de frente o cano de uma arma e não gostaria de repetir a experiência. Encolheu-se quando a pressão em sua nuca aumentou. Depois encheu os pulmões para readquirir um mínimo de calma. — Já disse: não se mova. Apenas erga os braços, devagar. O gesto de levantar os braços e encostá-los na parede fria pareceu durar horas. Pela janela, passou rapidamente a claridade de um longínquo relâmpago. O vento continuava a uivar e pesadas go ...

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Comentários:
Tânia : Amei miro bom este livro .
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