Livro: Um homem sem alma
Warning: Undefined array key "p" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 148

... Peppertree Lane Linden Grierson Copyright: LINDEN GRIERSON Título original: \\"PEPPERTREE LANE\\\' Publicado originalmente em 1975 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra. Tradução: DIANE BREGMAN Copyright para a língua portuguesa em 1979 ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL — SÃO PAULO Composto e impresso nas Oficinas da ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL Caixa Postal 2372 — São Paulo Foto da capa: APLA Sabrina n° 88 Digitalização: Nelma Revisão: Nelma Jean ficou muito grata ao velho tio Gerald. Embora ela, sua mãe e seu irmão pequeno fossem praticamente estranhos para ele, tio Gerald os acolheu com prazer em sua fazenda no interior da Austrália. A casa era velha, e o dinheiro, curto, mas eles se adaptaram perfeitamente à tranqüilidade e aos prazeres da nova vida. O único problema era enfrentar a má vontade de Rob, o capataz da fazenda. Jean o achava muito atraente, mas ele parecia detestar a presença das mulheres na casa. E fazia tudo para transformar a vida de Jean num inferno. Por que Rob não se casava de uma vez com sua namorada e deixava Jean em paz? CAPITULO I O jovem que desceu devagar da camioneta não olhou para o portão de madeira, ao abri-lo. Nem pareceu ouvir seu rangido alto, de protesto, quando este se fechou atrás de si. Aproximou-se da varanda, jogando com precisão infalível seu chapéu de abas largas sobre uma cadeira baixa de vime e resmungou uma saudação qualquer ao velho que o olhava interrogativamente, balançando-se na cadeira ao lado. — Você os vendeu? — perguntou rapidamente o velho. — Sim. — Bom preço? — Claro. Como sempre, você calculou bem. Um dia desses ainda vai ficar milionário, Pop. O futuro milionário bufou. — Eram bons carneiros — disse, como se isso explicasse tudo. E, olhando pensativamente na direção dos estábulos, acrescentou: — E temos muitos mais. O jovem riu, mostrando duas fileiras de dentes brancos ...

perfeitos. — Mas ainda não é preciso desfazer-se deles, não? O cheque de hoje manterá os cobradores afastados por muitos meses ainda. A curta conversa os satisfez por longo tempo. O homem mais velho continuou a olhar fixamente para suas terras, relaxado após um dia duro de trabalho. O mais jovem esticou a mão, puxou um cacho de uvas verdes e, ainda sentado no chão de madeira da varanda, mordeu-o com prazer. Em silêncio, virou a cabeça para olhar com afeição seu companheiro e viu um homem beirando os sessenta anos, com seus cabelos grisalhos e espessas sobrancelhas cinzentas que salientavam um par de olhos bondosos, azuis. A maioria das pessoas no distrito considerava Gerald Delaney um velho maldoso e sovina. Ele pechinchava, examinava todas as suas contas com cuidado e recusava-se a pagar um centavo por algo que não houvesse comprado. Se ele não era sovina, comentavam, por que não fazia algo pela sua velha fazenda que parecia estar caindo aos pedaços? Por que insistia em andar pela região naquela velha camioneta ou naquele velho carro sustentado por pedaços de arame? Outros olhavam para a última aquisição no grande galpão das máquinas e se admiravam, porque lá estavam os tratores e desempalhadeiras de cereais, os arados e outras máquinas da fazenda, todos limpos e pintados, recebendo os cuidados de um homem vindo de Sidnei especialmente para esse trabalho. Outros ainda, que sabiam mais, mas não se atreviam a comentar, pensavam nos cheques que salvaram tantas pessoas da ruína. Só o gerente do banco sabia ao certo o que acontecia. E ele gostava muito do homem que ajudava os necessitados com tanta boa vontade, mas recusava-se teimosamente a ser mencionado ou reconhecido como benfeitor público. Algumas vezes, quando assinava os cheques que trariam conforto a alguma pessoa merecedora, Gerald Delaney, mais conhecido por Pop, olhava fixamente através do quarto, para o sol. Ele só tinha Rob, o filho da única mulher que amou em sua juve ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: