Livro: Traídos pelo Amor
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... Betrayed Judith McWilliams Clássicos Históricos 52 Se Eleanor não tomasse cuidado, o duque descobriria logo todos os seus segredos! Forçada a se fingir de pobre em uma Grã-Bretanha assolada pela guerra, a americana Eleanor Wallace jurou fidelidade ao seu país. Mas a encenação se tornou perigosa, pois se apaixonou pelo duque de Ryland, homem que jamais a perdoaria por sua falsidade. James Wolfe, duque de Ryland, buscava uma vida de sinceridade — algo raro na frívola e pretensiosa Londres até a chegada de Eleanor. Essa linda plebéia o intrigava e ele queria desvendar seus segredos. Mas ela os guardava tão bem quanto seu próprio coração. PRÓLOGO Boston — Outono de 1813. — Eleanor, tenho novidades importantes! — A voz presunçosa e zombeteira de Connal Gunn invadiu a sala íntima de Eleanor antes de sua aparição física. — Desculpe, srta. Wallace. — A jovem criada Betty cercou-se de Connal e, com sua figura franzina, posicionou-se de forma protetora à frente de Eleanor. — Informei o sr. Gunn de que a senhorita não receberia mais ninguém esta noite. — E eu disse a ela que não estava se referindo a mim. — Ele olhou para a criada, que se aproximou mais um pouco de Eleanor. Eleanor pousou o tricô que fingia estar tecendo e forçou-se a sorrir. — Está tudo bem, Betty. Receberei o sr. Gunn. Pode ir. — Sim, srta. Wallace. — Betty contornou a visita e saiu apressada da sala. — Francamente, minha querida. — Connal pousou o chapéu sobre a mesa de mogno —, devia ter repreendido a criada por essa insolência. — Betty não foi insolente. Estava apenas seguindo minhas instruções, Connal — argumentou Eleanor. — Bem, informe a ela que, daqui para a frente, ordens assim não se aplicam a mim. Eleanor não retrucou, simplesmente se resignou, conforme vinha agindo com respeito a Connal, ultimamente, e sorriu. Ele tinha boas intenções, disse a si mesma, tentando acreditar nisso, apenas ...

se expressava de um jeito indelicado. E tinha um péssimo senso de horário para visitas sociais. Olhou para o relógio sobre a lareira ao se anunciarem as nove horas. Não estava muito disposta a servir de público para o que quer que Connal tivesse a lhe participar. De qualquer forma, que fazer com o restinho de noite? O mesmo que fizera nos últimos três meses, ou seja, amaldiçoando o destino impiedoso? Nutrindo a autopiedade? Além disso, Connal sempre fora bem-vindo àquela casa. — Ora, sr. Gunn. — Sarah Peabody fingiu surpresa ao entrar na sala. — Que surpresa encontrá-lo aqui tão tarde — acrescentou, com um sorriso inocente. Eleanor se divertiu, pondo de lado a tristeza que invadia seus pensamentos. Sem dúvida, a criada Betty contara a Sarah sobre a visita de Connal, enviando-a para proteger sua reputação. Mas Betty bem podia ter feito isso só para aborrecer Connal, já que não simpatizava com ele. Não a condenava. Afinal, era difícil gostar de alguém que nos tratasse como se não fôssemos mais importantes que a mobília. — Boa noite, Sarah. Como vê, o sr. Gunn veio nos fazer uma visitinha rápida — comentou, esperando que o visitante captasse a mensagem. Já sentia a leve pressão na têmpora prenunciando uma forte dor de cabeça. — Isto não é uma visita social — esclarecer Connal. — Quero falar com você, em particular. — Lançou um olhar desgostoso para a outra mulher. — Acho, minha querida, que, considerando nosso relacionamento, podemos dispensar a presença de sua dama de companhia. Eleanor ia se opor, mas então pensou melhor. Pelo que conhecia de Connal nesses dois últimos anos, seria mais vantajoso satisfazer-lhe o pedido. Assim que lhe contasse as tais novidades, ele a deixaria em paz. Involuntariamente, pressionou os dedos brancos e finos nas têmporas, numa tentativa de aplacar a dor que aumentava. — Estarei na sala de leitura, se precisar de mim — informou a dama de companhia, deixando a porta ab ...

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