Warning: Undefined global variable $_SESSION in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 18

Warning: Trying to access array offset on value of type null in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 18

Warning: Undefined array key "exibir" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 24

Warning: Undefined array key "membro" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 19

Warning: Undefined array key "ver" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 23

Warning: Undefined variable $testa_titulo in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 65
Viagem ao Parnaso
You are using an outdated browser. For a faster, safer browsing experience, upgrade for free today.
<br />
<b>Warning</b>:  Undefined variable $legenda in <b>/home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php</b> on line <b>144</b><br />
Viagem ao Parnaso

Livro: Viagem ao Parnaso Página 2

Autor - Fonte: Artur Azevedo

Anterior 2 / 27 Próxima
... eram esses que te levavam a aconselhar-me a que te não pedisse? LAURA - Pois nunca tos disse? GILBERTO - Nunca. LAURA - Papai tem a mania de fazer versos, sem que, para isso, houvesse sido fadado pela natureza. - Não fala noutra coisa: é poesia para cá, poesia para acolá! Tem até um criado que faz versos, e mesmo os improvisa! GILBERTO - O Albino? LAURA - O Albino. Não sabes que é obrigado a não falar senão em verso? GILBERTO - Deveras? LAURA - Foi essa uma das condições da sua admissão nesta casa. GILBERTO - Por isso é que o outro dia, estando teu pai sentado a tomar fresco no Passeio Público, o Albino aproximou-se dele, e disse-lhe: "Meu amo, está posta a mesa Vá para casa jantar; A menina com certeza Não pode mais esperar." LAURA - Vê tu que desaforo! O metro e a rima obrigam-no a pregar mentira: "A menina com certeza Não pode mais esperar!" Não imaginas que comédia! Papai, quando quer fazer versos, bate. na testa, olha para o teto, conta sílabas nos dedos, faz trinta mil caretas, e não consegue nada. Afinal chama pelo Albino e. GILBERTO - É original! LAURA - Mas vamos ao que importa. Acho que papai não será capaz de dar-me em casamento a um homem que não seja poeta. Todos os dias ele me diz: "Minha filha a prosa é terrena e vil, a poesia é celeste e nobre!" Não te engraces de algum marreco que não conheça as nove filhas de Apolo! GILBERTO (Resolutamente.) - Ora! hoje mesmo venho pedir-te em casamento. Teu pai, provavelmente, pergunta se sou poeta. Nada mais simples: dir-lhe-ei que sim. LAURA - E depois? GILBERTO - Depois, não me custará ter também, como ele, o meu alter-ego. Depois que estivermos casados, dir-lhe-ei a verdade, e ele nada poderá fazer. LAURA - Bravo! És um rapaz decidido. GILBERTO - Virei hoje mesmo. LAURA - Não te acanhes. Apresenta-te com todo desembaraço! GILBERTO - Tranqüiliza-te! (Ouve-se Melo tossir.) [LAURA] - Aí vem papai. Foge! GILBERTO - Ora! no melhor da fe ...
ta! (Beija-a e salta pela janela. Melo entra a ler um papel.) LAURA (Consigo, enquanto Melo desce ao proscênio.) - Ora! O Gilberto podia ter ficado. Papai, quando está com a Musa, não dá pela presença de ninguém. CENA II LAURA e MELO MELO (A ler.) - Em seu carro doirado o dino Febo Vem dando ao horizonte rubra cor. (Pensa e repete pausadamente.) Vem dando ao horizonte rubra. LAURA - Como passou a noite, papai? MELO (Sem lhe dar ouvido.) - Vem dando ao horizonte rubra cor. LAURA (À parte.) - É sempre assim! (Alto.) Papai, como passou a noite? MELO (Sem desviar os olhos do papel.) - Adeus. Em seu carro doirado o dino Febo. (Sem olhar para Laura.) Ó menina? LAURA - Papai? MELO - Dás-me uma rima para Febo? LAURA - Cego. MELO - Cega estás tu, minha tonta. (Lê.) Em seu carro doirado o dino Febo Vem dando ao horizonte rubra cor. (Declamando.) Não fica bom. Este dino Febo é o diabo (Pensando.) Em seu carro doirado o Febo dino. Febo dino ainda é pior que dino Febo. Parece que se trata de alguém que se chama Febodino. Em seu carro doirado Febodino. Já não sei a quantas ando. (Chamando.) Ó Albino. (Limpa o suor e continua.) Em seu doirado carro Febo. Febo. Copla Oh! que inferno! Fico tonto! Tenho as fontes a estalar! Pois já pronto ou quase pronto Isto aqui devia estar! Virgem Santa! perco o juízo! Doido a musa me há de pôr! Nunca faço um improviso Sem três dias de labor! (Entra Albino.) CENA III MELO, LAURA e ALBINO MELO - Ah! vem cá, meu rapaz, tira-me deste embaraço. Quero dizer em verso a coisa mais natural deste mundo. quando é em prosa. Amanhã faz anos o Comendador Lopes, que é meu compadre. É meu costume felicitá-lo todos os anos com um improviso, e hoje, mais do que nos outros anos, vem a propósito a versalhada, porque ele está na diretoria de três bancos e de seis companhias, é tesoureiro de uma loteria, e já anda de carro próprio. O Comendador faz quarenta anos amanhã. Principiei a ...

Anterior 3 / 27 Próxima

Warning: Undefined global variable $_POST in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 252
Comentários:

Warning: Undefined global variable $_POST in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 258

Warning: Trying to access array offset on value of type null in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 258
Deixe aqui seu comentário sobre este livro:
Nome:
Comentário: