Livro: O Poço dos Desejos
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... CAPÍTULO I Não teria sido tão desconfortável sem as algemas. Jack não tinha dúvidas de que elas haviam sido postas apenas para impressioná-lo. — Então, de verdade, quem mandou vocês fazerem isso? — Jack se muniu de seu melhor sorriso ao se dirigir aos dois policiais no banco da frente. — Quero dizer, só pode ser uma brincadeira, certo? — Sam, você disse a esse palhaço que ele tinha o direito de permanecer em silêncio? — um deles resmungou. — Claro que sim. — Humm. Não parece, não é? — Não. — Vamos falar a sério. — Seu terno Armam começava a amassar. Por que estaria sendo preso? Nada daquilo fazia sentido. — Você passou das contas. Foi seu último golpe. — É tudo besteira. Desisti de trapacear os cidadãos de Hillcrest faz tempo. Eu me recuperei, e vocês sabem disso. — Certo. Agora só faz isso com os chefões do crime organizado, não é? Jack deu de ombros e tentou não parecer muito humilde. Era verdade, ele ganhara um bom dinheiro lesando algumas pessoas no mundo do crime. Não que elas fossem falir por causa disso. — As pessoas precisam ganhar a vida — declarou, sem admitir coisa alguma. — Não é daqueles que querem sujar as mãos, não é? Os policiais trocaram um olhar; o carro foi diminuindo a velocidade e parou. Voltaram-se então para ele. Estavam em um lugar deserto. Não havia uma casa em qualquer direção. Jack sabia porque tinha crescido naquele lugar. A fazenda de sua avó, agora abandonada, ficava por ali. Ele não voltara para lá desde que a avô morrera, e o governo tomara a propriedade em troca dos impostos atrasados. Sua querida avó. Costumava dizer que havia um verdadeiro poço dos desejos por ali. Um conto de fadas para dar esperança a um garoto solitário, tinha sido isso. Ninguém consegue o que quer apenas fazendo um desejo ou trabalhando até cair de cansaço. E preciso usar a cabeça, tirar proveito daqueles que têm o dinheiro e o poder. — O qu ...

é isso? — Jack perguntou, tentando não parecer nervoso. — Vão dar uma de durões comigo agora? Devo torcer para que alguém apareça com uma câmera de vídeo? O policial chamado Sam sorriu. — Nós sabemos dos seus negócios. Aquele pântano que você vendeu para Projeto Revisoras 6 Enfeitiçados 03 – O Poço dos Desejos – Maggie Shayne – Bianca Místico 877 Arturo, as ações falsificadas. Poderíamos acusá-lo e colocá-lo atrás das grades. Jack deu de ombros novamente. — Não posso imaginar que um juiz ou júri queira me punir por lesar um sujeito como Arturo. Não que eu esteja dizendo que lesei. — Como eu disse, poderíamos acusá-lo, mas não necessariamente faremos isso. Jack ficou alerta. Estavam querendo alguma coisa dele. Por isso, a encenação da prisão e das algemas. — Podemos ajudar um ao outro — o policial continuou. — Você nos ajuda a resolver um pequeno problema, e nós. podemos ver o que fazer por você. — Querem um acordo comigo. Mas não sei o que eu tenho que possa interessar a vocês. — Ora, vamos lá, Jack. Sabe exatamente o que queremos. Estamos tentando pegar Arturo há meses, mas ele escapa sempre. — Você pode nos dar uns nomes — o outro policial acrescentou. — Datas e lugares também. Onde ele vai estar e com quem se encontrará. — Oh, sim, claro. E vou ter a minha cabeça estourada uma hora depois. Não, obrigado. Acho que prefiro arriscar minhas chances com o juiz. Nesse caso, até cadeia é melhor do que provocar Arturo. Acham que sou louco? — Na verdade, talvez não seja uma opção. O pessoal de Arturo sabe que pegamos você, e eles acreditam que vai abrir a boca. Jack ficou em silêncio por um momento. Se os homens do chefão o tinham visto ser preso, as coisas ficariam feias para ele. — Droga! — Você coopera conosco, e nós o manteremos sob proteção até que Arturo esteja atrás das grades. Não precisaremos levar você até a delegacia para algumas ...

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