Livro: A Teia do Destino
Warning: Undefined array key "p" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 148

... (Lady of the Upper Kingdom) Merline Lovelace Clássicos Históricos Nº 117 Digitalização: Ale M. Revisão: Cynthia M. Copyright © 1996 by Merline Lovelace Publicado originalmente em 1996 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá. Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada por acordo com a Harlequin Enterprises B.V. Todos os personagens desta obra, salvo os históricos, são fictícios. Qualquer outra semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Título original: Lady of the Upper Kingdom Tradução: Cecília Florence Rizzo EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Rua Paes Leme, 524 - 10Q andar CEP 05424-010 - São Paulo - Brasil Copyright para a língua portuguesa: 1997 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Fotocomposição: Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e acabamento: Gráfica Círculo. CAPÍTULO I Egito Antigo, a.C. Ele viu primeiro a moça. Tão graciosa e veloz como um cabrito montês, ela corria ao longo da base dos penhascos vermelhos nos limites do deserto. O vento grudava sua túnica curta de linho ao corpo, modelando cada curva. Philip levantou a mão a fim de parar a cavalaria que, atrás dele, marchava a pé para poupar as montarias, caso tivessem de travar batalha. A satisfação estampou-se em seu semblante ao observar a moça. A menos de uma semana nessa terra antiga do Nilo, a maneira de as mulheres se vestirem o chocava. E excitava. Afinal, ele era homem. As damas, exibindo perucas elaboradas e túnicas de linho transparente que, ao lado de seus senhores, tinham ido recepcionar o exército de Alexandre, haviam prendido o olhar dos macedônios tanto quanto as escravas de busto nu e apenas fieiras de contas à volta dos quadris. Mas nenhuma delas havia surpreendido Philip com a força desta moça seminua. Sem dúvida, ela era de uma graciosidade ímpar. Apesar da distância, po ...

ia ver os seios eretos, o pescoço longo e as pernas esguias. Uma trança de cabelos negros, tão grossa quando o pulso de um homem, balançava-se a suas costas enquanto ela corria pela terra vermelha. A satisfação sentida por Philip, ao admirá-la, dava uma sensação bem mais agradável do que a dor no ombro onde ele sofrera um ferimento em Issus. Nessa batalha, uma espada persa tinha atravessado sua couraça e, por pouco, não lhe tirara o braço. Viu-se dominado pelo prazer e sentiu a ereção. Estava há tempo demais empenhado em batalhas e marchas, reconheceu. Nem se lembrava mais da última vez em que relaxara nos braços de uma mulher. Por isso, a visão da moça o excitava tanto. Por que estaria ela correndo?, indagou-se. Ao vê-la virar a cabeça para trás, teve a resposta. O núbio, ao lado de Philip, ficou tenso. — Um caracol, senhor! Um lince do deserto a persegue! — Estou vendo. Philip conhecia bem tal predador. Apenas da metade do tamanho de um leão, ele possuía o dobro da ferocidade, pois caçava sozinho e não em grupos. Geralmente, atacava animais pequenos, mas se fosse provocado ou estivesse faminto, conseguia dominar um homem. Um daquele tamanho, poderia, facilmente, pular sobre as costas da moça e estraçalhar-lhe o pescoço. Com a agilidade resultante da longa prática e usando o braço bom, Philip agarrou a crina do cavalo e montou. Em seguida, apanhou a lança de seu pajem de armas e instigou o garanhão em um galope desenfreado. Enquanto o resto da tropa apressava-se em segui-lo, o comandante percorria o trecho de terra endurecida pelo sol inclemente do Egito. Ao ouvir o tropel do cavalo, a moça virou a cabeça para trás. O movimento súbito a fez perder o equilíbrio e cair. Philip praguejou e apressou mais a montaria. Gritando e brandindo a lança para distrair a fera, ele venceu a distância. O animal, entretanto, virou-se para a direção oposta da moça caída e rumou para o penhasco. Philip, a galope, passou pel ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: