Livro: Depois de Tantos Anos
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... Annette Broadrick CRIA NOVELAS COM CORAÇÃO Editado pelo HARLEQUIN IBÉRICA, S.A Hermosilla, 21 28001 Madrid © 1996 Annette Broadrick. Todos os direitos reservados. DEPOIS DE TANTOS ANOS, N° 635 - 21.8.96 Título original: Megan\'s Marriage. Publicada originalmente pelo Silhouette Books, Nova Iorque. Capítulo Um —pode-se saber o que está fazendo? A inesperada voz sobressaltou ao Megan Ou\'Brien, fazendo-a girar-se com brutalidade. Para evitar cair pelas escadas, teve que aferrar-se ao sinal de multiplicação do moinho que estava reparando. A seus pés havia um jipe velho e desvencilhado. O forte vento das montanhas texanas tinha silenciado sua chegada. De outra maneira, Megan teria sabido que já não estava sozinha no rancho. Entretanto, nada tivesse podido prepará-la para a surpresa de ver o homem que a olhava do pé da escada com o chapéu inclinado para a nuca e os braços em jarras. Travis Kane não era a pessoa mais apropriada para contemplá-la em uma posição tão precária, restaurando a velha relíquia que proporcionava água ao gado desse setor do rancho Circle B. Olhou ao Travis com desesperança, perguntando-se o que lhe teria levado a fazer uma visita tão inesperada. —Acaso quer morrer jovem? O tom arrogante e autoritário com o que a falou irritou ao Megan. Que direito tinha a entremeter-se em seus assuntos? Respirando profundamente, apoiou a frente contra uma barra de madeira e tratou de conter a ira. As desgraças se aconteceram nas últimas semanas e não ficava energia para enfrentar-se a uma mais. Estava aturdida e esgotada. Ao descobrir que o moinho estava quebrado e não havia água no abrevadero se perguntou que nova calamidade podia lhe acontecer e só então o descobria: Travis Kane se apresentava ante ela. Megan não podia pensar em major desgraça que receber uma visita do vizinho que se dedicou a fazê-la desgraçada durante toda sua infância. Olhou a peça rota e confirmou que teria que conse ...

uir o dinheiro para comprar uma nova. Era impossível repará-la e o gado necessitava a água desesperadamente. Encolhendo-se de ombros com desânimo, começou a baixar as escadas lentamente, aproximando-se do homem que a tinha amargurado durante tanto tempo. —Não te ocorre uma maneira melhor de te romper o pescoço? —exclamou, tomando-a pela cintura e ajudando-a a baixar os últimos degraus. Assim que tocou o chão, Megan o apartou e se enfrentou a ele. Desde essa posição tinha que olhar para cima para ver o rosto do homem que conhecia desde fazia vinte e quatro anos. Seus pais eram donos do terreno lhe limitem ao dos Ou\'Brien. A presença do Travis era a gota que enchia o copo de um espantoso dia, o último de um ano horrível. Fazia dois anos que não se viam e Megan tivesse preferido que passassem outros vinte. —O que faz aqui? O que quer? —gritou-lhe, tirando o chapéu de palha para passá-los dedos pelo curto cabelo loiro. Apesar da fresca brisa de abril, o calor de Telhas o fazia suar e uma gota se deslizou pelo vale que formavam seus miúdos seios. Voltou a ficar o chapéu e manteve o olhar do Travis, à espera de uma resposta. Não podia perder o tempo com aquele homem. Travis sorrio levemente sem poder ocultar sua irritação. colocou-se o chapéu de maneira que a asa escureceu seus magníficos olhos azul escuro sem por isso apagar o brilho sarcástico de seu olhar. —Muito obrigado pela bem-vinda, carinho —disse, observando suas calças de peitilho e a camiseta rasgada—. Me enternece a alegria que te dá lombriga depois de tanto tempo —se apoiou contra o moinho antes de continuar—. É que não pode demonstrar um pouco de afeto para um velho amigo e vizinho? Megan se tirou as luvas de trabalho e os meteu no bolso traseiro da calça. —Travis, sempre foi um pesado e duvido que tenha trocado da última vez que te vi. Travis deixou de sorrir. —Acreditava que foi o suficientemente preparada como para não subir a essa esca ...

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