Livro: Ami O Menino Das Estrelas Página 3
Autor - Fonte: Enrique Barrios
...
ele era de outro planeta. Parecia amigável e inofensivo.
-Por que você diz que os terrícolas são malvados? –perguntei. Ele continuou olhando para o céu e
disse:
-Que belo é ver-se o firmamento daqui da Terra. Esta atmosfera lhe dá um brilho. uma cor.
Não estava me respondendo outra vez. Novamente me aborreci; além disso eu não gosto que pensem
que eu sou malvado, não sou mesmo, ao contrário: queria ser explorador quando fosse grande e caçar
gente malvada nos momentos livres.
-Lá nas Plêiades, há uma civilização maravilhosa.
-Não somos todos malvados aqui.
-Veja essa estrela. ela era assim há um milhão de anos. já não existe.
-Eu disse que não somos todos malvados aqui. Por que você disse que todos os terrícolas são
malvados? Ein?
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-Não foi isso o que eu disse –respondeu sem deixar de olhar ao céu; seu olhar brilhava- É um
milagre.
-Você disse!
Como levantei a voz, consegui tirá-lo dos seus sonhos; estava igual a uma prima minha quando fica
olhando a foto de seu cantor preferido; ela está louquinha por ele.
Olhou-me com atenção; não parecia estar zangado comigo.
-Quis dizer que os terrícolas não são tão bons como os habitantes de outros mundos do espaço.
-Esta vendo? Você está dizendo que somos os mais malvados de Universo.
Ele riu de novo e me acariciou os cabelos.
-Também não foi isso o que eu quis dizer.
Aí eu não gostei nada. Puxei a cabeça para trás. Se tem algo que eu não gosto é de que me tratem
como um bobo, porque sou um dos primeiros da minha turma, além disso vou fazer DEZ ANOS.
-Se este planeta é tão ruim, o que é que você está fazendo aqui?
-Você já reparou como a lua se reflete no mar?
Ele continuava a me ignorar e a mudar de assunto.
-Você disse para reparar no reflexo da lua?
-Talvez. Você já percebeu que nós estamos flutuando no universo?
Quando ele disse isso, achei que tinha entendido a verdade: esse menino estava
...
louco. Claro!
Pensava que era um extraterrestre, por isso dizia coisas tão estranhas. Eu quis voltar para casa, de novo
me sentia mal, mas agora, por ter acreditado em suas histórias fantásticas. Ele estava caçoando de
mim. extraterrestre. e eu acreditei!. Senti vergonha, raiva de mim mesmo e dele. Tive vontade de darlhe
um murro no nariz.
-Por quê? O meu nariz é muito feio?
Fiquei paralisado. Tive medo. Ele tinha lido o meu pensamento! Olhei para ele. Sorria vitorioso. Não
quis me render, preferi pensar que isso foi por pura casualidade, uma coincidência entre o que eu pensei
e o que ele disse. Não demonstrei surpresa, quem sabe era verdade, mas eu tinha que comprovar.
talvez estivesse diante de um ser de outro mundo, um extraterrestre que podia ler o pensamento.
Decidi colocá-lo à prova.
-Que estou pensando agora? –disse isso e fiquei pensando num bolo de aniversário.
-Não são suficientes as provas que você já tem? –perguntou. Mas eu não estava disposto a ceder nem
um milímetro.
-Que provas?
Esticou as pernas e apoiou os cotovelos nas pedras.
-Veja, Pedrinho, existem outros tipos de realidades, outros mundos mais sutis, com portas sutis para
inteligências sutis.
-Que significa sutis?
-Com quantas velinhas?. –disse sorrindo.
Foi como um soco no estômago. Tive vontade de chorar, senti-me tonto e fraco. Pedi que me
desculpasse, mas ele não se incomodou por aquilo, não prestou atenção e deu risada.
Decidi não duvidar mais dele.
Capítulo 2
Pedrinho voador
-Venha, fique na minha casa –ofereci, pois já era tarde.
-Melhor não incluirmos adultos na nossa amizade –disse, franzindo o nariz enquanto sorria.
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-Mas eu tenho que ir.
-Sua avó dorme profundamente, não vai sentir sua falta se a gente conversar um pouco.
De novo senti surpresa e admiração. Como é que ele sabia da minha avó?. Lembrei que ele era um
extraterrestre.
-Você pode ver a vovó?
-Da minha na ...
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Comentários:
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