Livro: Inocência Perdida - Andrea Blake
Autor - Fonte: Andrea Blake
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THE NIGHT OF THE HURRICANE
Andrea Blake
Até os dezoito anos, Julie levou uma vida solitária e maravilhosa com seu pai — um artista —, numa pequena ilha no mar do Caribe. E teria sido feliz ali para sempre se o pai não tivesse chegado de uma viagem com Gisela — uma loira deslumbrante que acabara de se tornar sua segunda esposa. Ambiciosa, Gisela não de morou a convencê-lo a vender a ilha. Julie sentiu-se desorientada, perdida. Em sua solidão, voltou-se para Simon Tiernan, o possível comprador da ilha. Ele era o único homem que ela conhecia além de seu pai, e Simon começava a exercer sobre ela um estranho fascínio. Poderia Simon ajudá-la, anulando a influência maligna de Gisela?
Disponibilização do livro: Rejane
Digitalização: Joyce
Revisão: Bruna Cardoso
Copyright: ANDREA BLAKE
Título original: "THE NIGHT OF THE HURRICANEI
Publicado originalmente em 1973 pela
Mills & Boon Ltd. Londres. Inglaterra.
Tradução: JUAREZ JOSÉ VIARO
Copyright para a língua portuguesa: 1979
ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL — SÃO PAULO
Composto e impresso nas Oficinas da
ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL
Caixa Postal 2372 — São Paulo
Foto da capa: TRANSWORLD
CAPÍTULO I
O dia começou como qualquer outro.
Julie acordou por volta das sete horas, espreguiçou-se e pulou da cama com a vitalidade de seus dezenove anos.
No seu pijama de popeline azulado não parecia ter mais que quinze anos. Com movimentos rápidos e vigorosos escovou os cabelos lisos e castanhos e prendeu-os em dois cachos com elásticos. Depois despiu o pijama amarrotado e atirou-o sobre uma cadeira.
No armário havia uma saia florida de linha — a única que tinha. O restante de seu guarda-roupa consistia de blusas e shorts, e vários biquínis feitos em casa. Como sempre nadava e se bronzeava sem roupa alguma, sua pele jovem e macia tinha um colorido uniforme da cabeça aos pés. Tinha um
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batom que o pai trouxera de St. Vincent no aniversário de seus dezoito anos. Mas nunca tinha usado outro cosmético além desse. Seu nariz era salpicado de sardas; um furinho no queixo quadrado e infantil, e pálpebras sempre rosadas, pela prolongada imersão na água do mar. Nunca se preocupava com a aparência nem se olhava no espelho satisfeita ou descontente. Tinha mais o que fazer com seu tempo.
Essa manhã, como sempre fazia, pegou algumas bananas da fruteira sobre a mesa da varanda e comeu-as no caminho para a praia. Nadou e brincou durante uma hora na água cor de esmeralda, secou-se na areia branca de corais e depois voltou ao bangalô para tomar o café da manhã. A mesa estava posta: um abacate, um ovo cozido e um grande copo de leite de cabra.
Estava terminando o leite quando Gisela chegou do quarto. Usava um penhoar negro de náilon e uma touca franzida cobrindo os bobs. Seu rosto estava coberto com um de seus cremes. Se o marido estivesse em casa ela teria se maquilado e arrumado o cabelo antes de aparecer. Mas Jonathan estava fora.
— Bom dia, Gisela — Julie procurou ser amigável. Mas seu sorriso era forçado. Não havia gostado da madrasta desde o primeiro olhar. Dez meses de convivência não a tinham feito mudar de opinião.
Gisela afundou-se numa cadeira e cruzou as lindas pernas.
— Diga a tia Lou para apressar meu café. Não dormi bem e estou sentindo dor de cabeça.
— Oh, eu sinto muito. Você tomou uma aspirina?
— Claro, que pergunta mais idiota.
Julie, ficou vermelha e mordeu o lábio. — Vou trazer seu café — disse humildemente e correu para a cozinha.
Havia apenas duas habitações na pequena ilha chamada Solitaire. Uma delas era o bangalô de três cómodos construído por Jonathan Temple. Á outra era uma choupana de sapé ocupada por tia Lou e seus filhos,
Ela era uma nativa das Antilhas, gorda e alegre, mãe de onze crianças, cinco das quais ainda viviam com ela. Cozinhava e trabalhava para os Temples, e seu ...
Comentários:
Ju : Gostei....
Adriana: Muito lindo!.
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