Livro: Assim nasce um amor Página 3

... sem. Conhecendo Tucker, sabia que ele não estaria perto da cena do crime. Provavelmente estava correndo pelo bosque com o irmão de três anos, Corey, assustando qualquer animal que cruzasse seu caminho, Nos últimos seis meses, desde que tinham se mudado para lá, Tucker conseguira espantar todos os seres vivos naquele pedaço de terra. A peste negra havia provocado menos destruição que o filho de quatro anos. Jenni ficou de joelhos e empregou toda a força para terminar de tirar o cachorro de lá. Bojangles desistiu da luta e se arre¬messou para seus braços, fazendo com que caísse sentada e cobrindo-a com mais gel, folhas secas e terra. — Pare, Bojangles! Saia de cima de mim! Quando se virou para o lado para esquivar-se de uma lam¬bida, viu o homem sentado no degrau da varanda sorrindo para ela. Envergonhada, virou o rosto para esconder o rubor que o cobria. Bojangles finalmente avistou o homem e tentou lançar-se em sua direção, mas Jenni agarrou a coleira enquanto punha o outro braço sobre ele. — Não, Bo! Não pode! — Abraçou-se ao cão com força, e qualquer parte dela que estivesse limpa deixou de estar. — Não se preocupe. Ele late, mas não morde. — Já nos conhecemos. Jenni olhou para o homem vestido de marrom enquanto ele se levantava. Tinha mais de um metro e oitenta e um lindo sorriso. — Ah, você deve ser o entregador. Tucker e Corey estavam sempre falando sobre seu novo ami¬go, o entregador, mas, obviamente, nenhum deles, nem sua sogra, mencionara como ele era charmoso. — Meu nome é Cooper Armstrong. Coop para os amigos. Jenni se levantou, segurando com firmeza a coleira. — Você sabe por que Bojangles perdeu os pêlos e o que é essa coisa cor-de-rosa nele? — Reprimiu o riso. — Foi Tucker. Meu filho de quatro anos. — Ele fez isso com o cachorro? — Cooper parecia impres¬sionado. — Estava tentando transformá-lo em um dragão. — Um dragão cor-de-rosa? — Cooper riu. — Ele merece alguns pontos ...

ela imaginação. Uma mulher poderia se envolver naquela risada profunda e rouca e manter-se aquecida por todo o inverno!, pensou Jenni. — É gel de barbear. Tucker queria um dragão sem pêlos. — Um fantasma e um dragão? — Como sabe que Tucker é um fantasma? — Até a noite anterior, o filho queria ser um pirata, mas Felicity, a cunhada de dezessete anos, e seu namorado, Sam, tinham surgido com uma fileira de luzes que funcionava com baterias para colocar sob o tecido fino e transparente da fantasia de fantasma, e ele tinha mudado de idéia. — Ele era ou o fantasma ou o alienígena. — Coop tirou um biscoito para cachorro do bolso da calça e lançou-o para Bojangles. O animal quase arrancou o braço de Jenni ao pular para pegar a guloseima. — Que alienígena? E onde você os viu? — Jenni olhou ao redor, mas não avistou os garotos. Não estava muito preocupada. As crianças conheciam os limites. Fora uma das primeiras coisas que fizera ao se muda¬rem para lá. Comprara pela internet dois rolos gigantes de fita amarela, do tipo usado pela polícia para isolar a cena de um crime, e os amarrara nas árvores próximas da casa. Isso efetivamente delimitava a área do bosque onde os meninos estavam autorizados a brincar. Somente duas áreas na propriedade não estavam fechadas, a estrada e a margem da baía, onde não ha¬via árvores. As crianças estavam ameaçadas de jantar espinafre todas as noites durante um mês se chegassem perto de um desses lugares. — Um fantasma e acho que um alienígena atravessaram a estrada correndo. — Cooper pareceu hesitar por um momento antes de prosseguir. — Talvez fosse bom avisá-los para olhar para os dois lados antes de correr para o meio da rua. Jenni fechou os olhos e visualizou a cena. — Foi por pouco? — Não tão pouco, mas eu sei que há duas crianças que mo¬ram aqui. Estava dirigindo devagar. Outro motorista pode não fazer o mesmo. — Coop pegou as duas caixas e a prancheta. — Trê ...

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